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Artigos-->Celso Daniel e o petistério público -- 18/03/2003 - 16:53 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O governador Joaquim Roriz, do Distrito Federal, está na alça de mira do PT de Lula-agora-não-lá-tão-laite assim. É o tal 3º turno em andamento, típica criação petista no DF, em que Lula-não-tão-laite quer defenestrar Roriz para entregar o pódio a Geraldo Magela - igualmente, como Roriz, Magela é suspeito de ter cometido maracutaias ligadas à grilagem de terras públicas do DF. Ou seja, se as acusações contra ambos têm fundamento, a escolha do eleitor brasiliense, nas últimas eleições, ficou entre o porco e o suíno.



O problema não é que se apure indícios de irregularidade de um governante. O que causa estranheza neste Governo central que em janeiro tomou o poder é proteger seus amiguinhos, ao mesmo tempo que persegue os políticos de oposição.



Que se investigue Roriz, Magela, seja lá quem for, mas que também não se deixe de investigar o Caso Celso Daniel, esquecido há muito pela mídia. Tudo indica que o assassinato do prefeito petista de Santo André foi uma autêntica queima de arquivo. Lembrar é preciso, sempre é preciso lembrar que acusações graves foram feitas contra José Dirceu, naquele caso, que seria o Caixa 2 da campanha de Lula-laite para presidente. Para que tal denúncia não caia por completo no esquecimento, transcrevo abaixo um texto de Ternuma sobre o prefeito petista assassinado, "Com a palavra, o Ministério Público".



Ou seria,hoje, "Petistério Público"?



-----------------



"COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO PÚBLICO (II)

(Produzido pelo TERNUMA Regional Brasília)



O Ministério Público, ao que parece, sinalizando com a isenção e a diligência que se espera dele, dá curso a um processo investigatório sobre o bárbaro episódio do assassinato do ex-Prefeito de Santo André, o Sr Celso Daniel.



Sobre o episódio, o Grupo TERNUMA produziu a matéria “Com a palavra o Ministério Público”, publicada em nosso site no início de março do corrente ano, dando eco a instigantes dúvidas acerca das motivações que levaram ao sangrento crime (em anexo).



Agora, com o depoimento abaixo, prestado na referida investigação pelo irmão do Prefeito assassinado, o assunto ganha outro vulto e confirma o mérito das preocupações levantadas pelo Grupo, que indicam ampla, geral e irrestrita apuração.



O depoimento fala por si e, sob o rótulo “Com a palavra o Ministério Público (II)”, constitui-se em nova e importante matéria para os que buscam a verdade dos fatos.



O depoimento:



Em 24 de maio de 2002, às 9:00 horas, compareceu no Gabinete da Promotoria de Justiça, localizado no Fórum de Santo André, 1º andar, sala 133, para prestar depoimento no procedimento investigatório nº 01/2002, o Doutor JOÃO FRANCISCO DANIEL, portador da Carteira de Identidade nº 3.175.737 - SSP/SP, filho de Bruno José Daniel e Maria Clélia Belletato Daniel, brasileiro, casado, médico, com clínica situada na rua Harmonia, 64, Rudge Ramos, SBC, na presença dos Drs. Roberto Wider Filho, 1º Promotor de Justiça, Amaro José Thomé Filho, 5º Promotor de Justiça, José Reinaldo Guimarães Carneiro, 8º Promotor de Justiça, Márcia Monassi Mougenot Bonfim, 9º Promotor de Justiça, que devidamente advertido das penas do falso testemunho, declarou:



O declarante sempre foi pessoa que privou da amizade pessoal com o falecido Prefeito Celso Daniel e, em razão destes fortes laços, acompanhou sua trajetória política e profissional, com destaque para as atuações na Câmara Federal, na Prefeitura Municipal de Santo André, aqui por três mandatos consecutivos e, também em atos da vida privada, tais como sua atuação como engenheiro, economista e professor universitário da Fundação Getúlio Vargas e da PUC-SP. Em razão deste relacionamento, tomou conhecimento dos problemas que envolveram os últimos meses da vida do Prefeito. Segundo soube, por intermédio da ex-mulher de Celso, Míriam Belchior, fato depois confirmado por Gilberto Carvalho, no Município de Santo André, as empresas que licitavam e eram contratadas pela Prefeitura acabavam por desviar recursos dos cofres Municipais para o Partido dos Trabalhadores, para utilização nas campanhas municipais e também nacional.



Gilberto, depois da morte do Prefeito, chegou a confidenciar ao declarante que por diversas vezes levava dinheiro, pessoalmente, de Santo André para as mãos do Deputado Federal e Presidente do Partido, José Dirceu, apontado como sendo o responsável pela arrecadação em todas as Prefeituras do Partido, centralizador direto desta atividade. Gilberto chegou a mencionar, também, que arrecadou e entregou para o Deputado José Dirceu a importância de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), em espécie, para a campanha municipal da cidade de São Paulo e também para futura campanha nacional do Partido dos Trabalhadores. Gilberto Carvalho afirmou, ainda, ao declarante que tinha conhecimento que, em Santo André, o esquema era capitaneado por Sérgio Gomes da Silva, Ronan Maria Pinto e Klinger Luiz de Oliveira Souza. Klinger, na condição de Secretário de Assuntos Municipais, acabou recebendo delegação do Prefeito Celso Daniel para cuidar de perto dos interesses da Prefeitura. Klinger, Sérgio e Ronan passaram a arrecadar dinheiro advindo diretamente da Prefeitura, por intermédio de contratos de prestação de serviços e de outros, compondo o numerário a ser remetido para a mencionada campanha nacional.



Além desta fonte de renda, os três, ainda, segundo Gilberto, obrigavam os empresários que contratavam com a Prefeitura ou eram titulares de concessões a fornecer periodicamente valores em dinheiro para a mesma finalidade. Gilberto afirmou que a ação de Sérgio era ostensiva e consistia em ameaçar os empresários, com arma de fogo colocada sobre a mesa, visando à doação das quantias em dinheiro. Sérgio comparecia pessoalmente nas empresas, ou chamava os interessados em seu próprio escritório e obrigava-os aos fornecimentos das quantias. Houve reuniões também na Associação dos Empresários de Transportes Coletivos. Míriam Belchior confirmou estes fatos ao declarante, esclarecendo que tinha conhecimento dos esquemas de desvio de dinheiro, transmitindo as suas preocupações diretamente para o Prefeito Celso Daniel, notadamente, quando soube que os recursos também estavam servindo para enriquecimento pessoal dos envolvidos, Sérgio, Ronan e Klinger.



Segundo Míriam afirmou, Celso Daniel também tinha conhecimento do esquema e tolerava-o, exclusivamente, porque a arrecadação destinava-se às campanhas políticas mencionadas. No entanto, quando tomou conhecimento que os recursos também era destinados ao enriquecimento pessoal da tríade, declarou para Míriam que iria tomar providências. Esta conversa entre Míriam e Celso Daniel ocorreu no mês de setembro de 2001. Míriam aduziu, outrossim, que o Prefeito Celso Daniel, por motivos que ela não sabia explicar, tinha completa confiança em Sérgio e Klinger, pessoas de seu relacionamento próximo. Chegava mesmo a defendê-los, com veemência, quando cobrado a respeito da conduta deles. A situação apenas se modificou, quando o Prefeito soube que o desvio também se dava para proveito próprio de seus amigos.

Se necessário, o declarante pode indicar outra testemunha, que presenciou as conversas mencionadas entre ele e Míriam e Gilberto. O declarante também tomou conhecimento de que o Prefeito, para negociar com Klinger, Sérgio e Ronan, poderia não renovar concessões de transporte de interesse do grupo, que venceria, em parte, no dia 13 de janeiro do corrente ano. Segundo soube o declarante, Luiz Alberto Ângelo Gabrilli foi um dos empresários que foi submetido à extorsão cometida por Sérgio e comparsas, sob ameaça, inclusive de perda da sua empresa de transportes, que, de fato, atualmente está sob intervenção da Prefeitura. Sobre este fato, o declarante chegou a conversar pessoalmente com o Prefeito Celso Daniel, ocasião em que soube que as coisas seriam resolvidas da melhor forma possível. O declarante soube, recentemente, que o Departamento de Resíduos Sólidos DRS, de Santo André, foi criado em 1999. O seu primeiro Diretor, Eng. William Grip, foi provavelmente destituído do seu cargo, em função de não concordar com o contrato assinado com a empresa ROTEDALI, de propriedade de Ronan. Várias irregularidades, como medições incoerentes foram realizadas, em cumprimento daquele contrato, permitindo-se, por exemplo, a passagem ou pesagem de 120 (cento e vinte) caminhões, pagando-se como se fossem 240 (duzentos e quarenta), fato que pode ser constatado no aterro sanitário da Cidade de São Jorge. Desde agosto ou setembro de 1999, assumiu a diretoria do referido Departamento a arquiteta Sheila Bailão, pessoa de plena confiança de Klinger, por ter sido sua ex-assessora.



O capital arrecadado nestas operações era empregado nas campanhas políticas de Klinger. Uma semana após a morte do Prefeito, segundo soube o declarante, Klinger e Mindrisz, diretor superintendente do Semasa, compareceram na referida autarquia e determinaram que os funcionários do Departamento de Resíduos deixassem suas salas, com o intuito de destruir ou ocultar provas e dados indicadores da irregularidade noticiada, para prejudicar ou inviabilizar futura ação do Ministério Público.



Sobre as medições irregulares, o engenheiro Humberto, responsável pelo aterro sanitário da ROTEDALI, poderá prestar esclarecimentos. Klinger também é suspeito de ter favorecido as empresas relacionadas a Ronan e ao esquema, tais como ROTEDALI, PROJEÇÃO, CONSLADEL, SINAL RONDA, entre outras, na troca de dinheiro para enriquecimento pessoal e partidário. Na Associação de Arquitetos e Engenheiros da Prefeitura Municipal de Santo André, Ajam Marques de Oliveira, Ari Sarzedas, Paulo Pires, André Nagi, entre outros, poderão prestar relevantes esclarecimentos sobre o esquema Santo André. Na Câmara dos Vereadores de Santo André, o Vereador Ricardo Alvarez, do PT, também poderá auxiliar as investigações. Klinger, ao que se sabe, é afilhado político do Deputado Federal José Dirceu.



A Prefeitura de Santo André era reconhecidamente a maior arrecadadora de dinheiro do Partido dos Trabalhadores, perdendo, atualmente, somente para a de São Paulo. As despesas do partido atualmente são gigantescas, basta ver, por exemplo, contrato milionário com o publicitário Duda Mendonça e, em razão desse fato, é imperativa a necessidade de arrecadação constante e vultosa de dinheiro, ao contrário das campanhas anteriores que se sustentavam e se mantinham com venda de camisetas, bonés, apitos, camisetas, contribuições de militantes e simpatizantes. O declarante não é e nunca foi vinculado qualquer partido político, não é político e tampouco tem interesses desta natureza, tendo procurado voluntariamente a Promotoria de Justiça de Santo André, no afã do esclarecimento da verdade.



Nada mais.



Assinam o documento o declarante, o 1º Promotor de Justiça, o 5º Promotor de Justiça, o 8º Promotor de Justiça e o 9º Promotor de Justiça.



Visite o site do TERNUMA (www.ternuma.com.br)."





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