O homem não ama a paz; ele deseja até o fundo da alma a guerra. Quando se dispõe a sair às ruas em protestos, está, não obstante, lutando em uma guerra entre o impulso de luta e a moral cristã que prega o pacifismo. Ele se sente impedido de expor seu desejo de luta, então usa o protesto como uma forma de lutar contra alguém e alguma coisa. Não é o instinto de pacifismo que habita o homem, é o instinto de guerrear. O cristianismo fez com que esse instinto fosse domesticado. E o homem ocidental tornou-se impotente, incapaz de se libertar das amarras da religião.
|