O século XX é considerado a Era da Informação, da Cultura Globalizada, e dos Meios de Comunicação, pois o mundo se resume a uma pequena tela. Seja ela de computador ou de televisão. Sem sair de casa, tem-se contato com o mundo todo. E cada vez mais o indivíduo tende a se isolar, já que, com a tecnologia disponível hoje, ele pode, até fazer compras por telefone ou via Internet. As pessoas têm perdido o contato humano, até os namoros são virtuais na Era da Tecnologia. A tecnologia, nesse fim de século, veio para dominar o mercado.
A Era da Globalização, nada mais é do que a Era do Capitalismo exacerbado, da economia de mercado. Os Estados Unidos por serem um potência mundial, querem nesta tal de globalização, tomar conta do mundo, ou seja, ditando moda, dominação da língua, ideologia política, gostos musicais e cinematográficos, comportamento. Até os meios de comunicação não escapam disso, pois nada se cria, tudo se copia, assim como programas de TV, técnicas de jornalismo e estereótipos.
Em conseqüência disso, os países subdesenvolvidas sofrem mais com a dominação do que os desenvolvidos ou em desenvolvimento, pois quanto maior o número de analfabetos maior será a influência sofrida pelos meios.
Os meios de comunicação, hoje, trabalham de comum acordo temas baseados em dois princípios fundamentais: a autonomia da economia sobe a política e a cultura; a excelência dos meios de comunicação.
Desse modo, as pessoas começam a pensar que economia não tem nada a ver com política e esta com cultura, ficando anestesiadas, se enquadrando no pensamento globalizado, não entendendo as razoes de sua própria dependência nessas áreas. Hoje, então, o consumidor dos meios sente-se cidadão do mundo, muito mais que cidadão de seu país, entendendo-se como a desterritorialização do sujeito nos meios de comunicação. Se parar para pensar, para quê adianta tanta tecnologia se, no caso dos países latinos, a grande maioria da população não tem acesso a ela.
No caso do Brasil, por exemplo, tem-se um grande número de analfabetos, favelas nos grande centros como São Paulo e Rio de Janeiro, grande índice de violência, trabalho e mortalidade infantil. Então, tanta tecnologia a disposição desse povo, resolveria o quê, se as necessidades primordiais são SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO....
A base de uma sociedade bem estruturada é a educação, e um investimento sério dos Estados nesse setor, certamente traria um retorno no futuro. O Brasil, por exemplo, espalha aos quatro cantos do mundo que todas as crianças estão matriculadas na escola, mas será que freqüentam? E qual a qualidade do ensino que estas crianças estão recebendo? Ao traçar um paralelo entre as práticas educativas e comunicacionais, o pensador francês Pierre Furter, diz que “a Educação acabou, viva a Comunicação!”. A Comunicação vem substituindo a Educação no caminho para a democratização. Em qualquer lugar do Planeta, qualquer político, de qualquer partido, em qualquer regime, dão prioridade à Educação em suas plataformas. A tecnologia contribui muito para o desenvolvimento da sociedade, mas o poder manipulador dos meios de comunicação é condição permanente da própria relação psicológica entre os meios e seus receptores, e não apenas fruto das decisões político-econômicas dos detentores desses meio.
“O mundo está se destruindo, a natureza se degradando e o homem se desumanizando. Para Anmorim, somente uma ética associada à solidariedade será capaz de mudar o curso da história”.(Sociedade da Comunicação ou da Informação)
