Usina de Letras
Usina de Letras
82 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62340 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22543)

Discursos (3239)

Ensaios - (10410)

Erótico (13576)

Frases (50723)

Humor (20055)

Infantil (5475)

Infanto Juvenil (4794)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140849)

Redação (3314)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6222)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Infidelidade on-line: Será que esta realidade é tão inofensi -- 04/02/2003 - 17:31 (Ernandes Aparecido Campagnoli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Alguns pensam que ter amizades pela Internet não pode afetar ou destruir um matrimônio, um noivado, um namoro, uma família. Será que essa realidade é tão inofensiva? Há alguns anos, nos princípios da Internet em nosso país, um amigo de faculdade, com o qual eu me deparava constantemente, comentou-me que havia começado a utilizar a Internet e que havia descoberto muitas coisas, dentre as quais a entrar em alguns fóruns e, principalmente, em chats. Dissera-me também que começou a relacionar-se com outras mulheres, sendo que algumas se tornaram bastante íntimas, porém inofensivas. Recordo que naquela ocasião fiz uma pergunta a ele. “Você gosta de sua namorada?”, “-Claro que sim.”, ele respondeu. Pois neste caso deixe de se comunicar em chats, lhe recomendei. Ah Ernandes! Isso não tem problema algum. É só um “papinho”, nada mais a sério.

Assim, segui perguntando: “O que você acha se sua namorada começar a flertar com o vizinho através da janela da casa dela?”. “Não quero nem pensar nisso”, respondeu. Continuamos conversando: “O que aconteceria se tuas conversas cibernéticas ocorressem pessoalmente com a sua colega de escritório?” (naquele tempo trabalhava em uma entidade bancária da própria faculdade, em um pequeno escritório, no qual trabalhavam só os dois). “Não é o mesmo”, respondeu. Recomendei-lhe que se realmente amava sua namorada e não queria que sua família fosse exposta à destruição, o mais prudente seria que deixasse o chat.

Depois de um tempo, alguns meses, voltamos a falar sobre este assunto. “E aí, você está conectado à Internet?” “Há mais de dois meses não me conecto para este fim e também não vou conectar-se para isso nunca mais. Você tinha razão, tive que parar, pois uma mulher pediu-me o meu telefone, telefonando-me em casa e no escritório. Quase perdi minha namorada, meu emprego. Graças a você por ter me alertado, e mesmo eu não te levando a sério, serviu para eu percebesse a besteira que estava fazendo e rompesse a tempo. Além disso, eu conheço outros amigos que não romperam a tempo e acabaram com seu noivado, com seu casamento, com seu namoro...”.

Isto faz alguns anos. Naquela época tratava-se de um caso isolado, porém hoje em dia é uma moda extendida amplamente. Não faz muito tempo, pude ler a seguinte manchete: “A infidelidade pela Internet se converte em um novo motivo de separação”. Trata-se de casos reais, como o de meu amigo, pessoas que começam a envolver-se de maneira íntima com suas amizades on-line. Em alguns países essa prática tem se convertido na principal causa de divórcio.

As estatísticas indicam que são muitas as pessoas que se conectam diariamente a fóruns, chats, e comunidades on-line. Essas pessoas em muito pouco tempo conseguem enormes listas de amigos, com os quais quase diariamente escrevem mensagens via e-mail e, em alguns casos, chegam inclusive a se comunicarem pelo telefone. O processo é muito rápido, em menos de três meses qualquer um pode conseguir vários amigos com os quais, por fim, trocará e-mails diariamente. O problema surge quando esta pessoa começa a envolver-se com um de seus amigos on-line. “Eu ficava até mais tarde no trabalho para conversar com ele. Ele dizia-me coisas maravilhosas. Depois me telefonava e era incrível como ele me fazia sentir”, esta é a explicação de uma jovem executiva que atualmente, após separar-se de seu marido, vive com seu amigo on-line. O perfil dessas pessoas não é em nada homogêneo, pois entre os aficionados nas conversas on-line, a faixa-etária mais freqüente é entre os vinte e cinco e os quarenta e cinco anos, no entanto, há muitos casos de idades mais avançadas, em relação às profissões é mais comum encontrar-se pessoas de boa posição ou com certo nível cultural - tampouco é o fator limitante: a praga parece que está se estendendo a todos os setores.

Os diferentes estudos realizados por instituições sociológicas - manifestam que o fato do anonimato inicial traz consigo uma grande dose de segurança. A relação se inicia em total anonimato, já que o caso amoroso cibernético, ao contrário do adultério físico, passa totalmente inadvertido. Outro dos elementos que são expostos nos estudos realizados é a clara relação entre as relações românticas ou sexuais on-line e o divórcio.

Como no caso de meu amigo, muitos têm o perigo em casa, mesmo que em certos casos o problema não seja a Internet, mas sim a falta de desejo ou a timidez. É lógico que certas atitudes que algumas pessoas jamais cometeriam à luz do dia podem ser levadas a cabo facilmente - se estiverem escondidas no anonimato. Penso que tais atitudes não são, por isso, mais sinceras e que sua reiteração, inicialmente inocente, ajuda a perder o medo e a chegar tão longe onde alguém jamais quis fazê-lo. Fica aqui o alerta a todos os leitores. Em vez de conversar em chats, porque não conversar com seus pais, com sua família? Há quanto tempo você não faz isso? E por que não também conversar com Deus? Você já fez isto hoje ao se levantar ou ontem à noite? Provavelmente não, pois você estava conectado a Internet, no chat! Rever os conceitos, os valores reais, esta tem que ser a meta, pois cada vez o ser humano vai se isolando do mundo em função da Internet e o mundo vai cada vez mais ficando frio, sem sentimento, sem os preceitos cristãos. Acordem, pois ainda há tempo para recomeçar.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui