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Artigos-->O Bodegueiro -- 19/03/2000 - 10:47 (Horácio Matoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O calendário assinalava - 1942.

Meu pai fora convidado por Matoso Filho para instalar uma Bodega no lugar "Pau Darco", distante 6 quilômetros da cidade Russas, Estado do Ceará.

Isto aconteceu no mês de maio e os córregos e rios estavam transbordando.

Saimos da cidade utilizando carros de bois que, naquela época, eram o único meio de transporte capaz de atravessar , com facilidade, o aguaceiro e lamaçal existentes por este sertão afora.

A partida deu-se às 17 horas, e a chegada àquela localidade, por volta das 18h30 min.

Imediatamente, debaixo de muita chuva, várias pessoas iniciaram a retirada dos móveis, utensílios domésticos e mercadorias, como cereais, bebidas, querosene (muito utilizado para iluminação na época) e outras coisas mais necessárias a uma mercearia em que existia de tudo um pouco.

Ali, meu pai - Francisco Horácio - que se fazia acompanhar da esposa Elvira e filhos, iniciava, no dia seguinte, sua nova profissão, qual seja a de bodegueiro, nome que se denominava a quem possuia bodega.

Além de comerciante, meu pai exercia a profissão de barbeiro.

Para o transporte de mercadorias da cidade até o lugar "Pau Darco", meu pai adquiriu um cavalo que se chamava Valete e um jumento de nome "Bicó".

Por diversas vezes tive de vir à cidade, juntamente com o meu tio Vicente, utilizando os animais para o transporte de mercadorias.

Nossa permanência ali foi curta, pois o fiado era grande e, dentro de pouco tempo, não havia numerário suficiente para repor o estoque e, em conseqüência, meu pai resolveu liquidar com a bodega, passando a residir novamente em Russas.

Tempos depois, deslocou-se para o Açude Santo Antonio, pertencente ao DNOCS, onde conseguiu um emprego de "Apontador", quando aquele reservatório tinha como administrador, o Sr. Maurício.

Concluído o trabalho de reforma da parede, retornou, novamente a cidade, onde faleceu no dia 29 de julho de 1956, com 58 anos, em virtude da febre amarela adquirida quando esteve no Amazonas, trabalhando nos seringais.



Extraído do Livro "Coisas & Loisas".

Autor Horácio Matoso, filiado a ACI e ACEJI .

e acadêmico( ACADEMIA DE LETRAS MUNICIPAIS DO ESTADO CEARÁ - ALMECE)

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