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Artigos-->Futuros e furos -- 20/01/2003 - 11:31 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Há quem arrisque sempre um palpite para o futuro, e, nesses casos, tanto faz ser um indivíduo muito bem informado, intelectual, ou um caboclo sem letras, mas com experiência de vida. A matemática, ciência que fala por si, indica que a possibilidade de erro é grande. O futuro é a grande condicional incondicionada, sujeita a vertentes e diretivas circunspectas e desconvexas, capazes de gerar grandes parábolas e hipérboles metafóricas.

Aí, a macumbeira que mentiu que a moça precisava de um rico para sair de sua miséria intelectual, é tão útil quanto um grande cientista social, que apesar de ateu, cria num homem bom, tal como o indivíduo descrito por Jacques Rousseau, um dos pilares intelectuais da gloriosa Revolução Francesa.

Pesquei na Zero Hora, edição especial do dia 31-12-2000, um texto que se refere ao grande antropólogo Darcy Ribeiro, que viveu e teve esperanças entre 1922 e 1997.

Ribeiro, publicou em 1968 uma obra denominada O Processo Civilizatório , no qual relata algumas experiências humanas, desde os primórdios da existência primata.

O redator do periódico gaúcho aponta o vôo do antropólogo ao apostar no ser humano, quando no capítulo final aponta um amadurecimento da sociedade mundial, e diz ser muito provável que ainda neste século conheçamos transformações mais radicais que as ocorridas no passado.

O jornalista Diego Araújo ainda vai mais longe, e com ferina observação, mostra que Ribeiro esperava uma espécie de vida cor-de-rosa , com a humanidade abraçando a causa socialista.

Segundo Araújo, Ribeiro vaticinava a generalização da prosperidade , o fim das diferenças econômicas entre os homens e uma força de trabalho majoritariamente universitária. Diego Araújo cita uma frase excessivamente otimista do antropólogo para fechar o texto: Caberá aos povos atrasados na História uma função civilizadora dos povos mais evoluídos .

Santa ingenuidade acreditar que os neoliberais tenham alma.

Mas Ribeiro acreditou um dia, nos mesmos dias em que os militares sufocavam o país com atitudes orquestradas pelos interesses de Washington D.C., a capital dos grandes interesses militaristas do ocidente. E em Wall Street, Nova Iorque, os homens apostavam na submissão dos caboclos brasileiros, cucarachas, primos pobres da África e Ásia. No fundo a alma de Darcy Ribeiro tinha matizes rosáceos, amenos e belos, diferentes da natureza humana, dantesca natureza humana.
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