Desde a mais remota antigüidade, o homem sempre cultuou, o ser supremo, Deus, como sendo nosso criador. Essa crença vai desde os Vedas, na Índia até as religiões dos tempos modernos. Cada qual imaginando Deus conforme suas necessidades e seu grau evolutivo.
Cultuavam desde os fenômenos da natureza (raios, trovões, o sol, a lua), o carvalho para os Druidas, passando pelo antropomorfismo no Egito até nossos dias. Nós, os espíritas, cremos que Deus seja “ uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”, como está em ( Livro dos Espíritos perg. 1 ).
E para melhor esclarecer, tomaremos a liberdade de transcrever a explicação dada por Kardec na perg.. 16 do Livro dos Espíritos: “A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou”, tirando toda e qualquer idéia de antropomorfismo, sendo Deus uma lei na qual estamos inseridos, submetidos e sentimos sua influencia sobre nós e sobre todos os acontecimentos humanos, como disse o apóstolo Paulo “ Nele vivemos, e nos movemos, e existimos,”
( Atos 17:28 ).
Em todos os tempos, Deus enviou sobre a Terra seus missionários, que depositavam a semente da verdade conforme a necessidade e evolução de cada povo. Não é necessário muito esforço para podermos reconhecer essas grandes almas imbuídas de amor e sabedoria que passaram entre nós. Duas delas nós conhecemos bem, que são Moisés e Jesus, mas não acreditamos que os ensinamentos hajam parado por ai . Por que as revelações deveriam acompanhar o desenvolvimento dos povos...conforme nos diz o texto “o alimento deve ser proporcional a possibilidade de assimilação”(Hebreus 5:13/14), e conforme a percepção dos ouvintes( Marcos 4:33 ).
O próprio Cristo afirmou que não dissera tudo, a humanidade progride incessantemente, mas ainda está longe de atingir o ápice da sua evolução.
Pedimos aos amigos para meditarem sobre o que diz nosso irmão Jayme Andrade em seu livro: “O Espiritismo e as Igrejas Reformadas” ed. EME, pag. 20:
“Então, ocorre-nos uma indagação: Se a humanidade progride ininterruptamente, se o Cristo veio trazer novos ensinamentos, esses condizentes com o adiantamento intelectual e moral da sua época, porque não admitir que outras revelações sejam ministradas do Alto em outros estágios de desenvolvimento da inteligência humana?”.
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