Cobardemente anónimo e através do e-mail da Usina, um enviezado mental qualquer referindo-se ao Cordel "Português Brasileiro" que inseri em 27/12, entre estultos e pueris insultos, atribui-me desconhecimento da história quando numa das estrofes aludo a Dom Pedro I, o Justiceiro, oitavo rei de Portugal entre 1357 e 1367.
Ignora o néscio que este Dom Pedro era neto de D.Dinis, o Lavrador, soberano que ficou célebre por mandar plantar o pinhal de Leiria, alfobre lídimo que permitiu a excelência das caravelas portuguesas, dentre as quais, cerca de 175 anos depois, presumívelmente as embarcações que Pedro Álvares Cabral conduziu até ao Brasil, onde aportou em 3 de Maio de 1500.
O vesgo não captou o relacionamento poético que estremeço entre o grande amor do monarca por Dona Inês de Castro e a viagem da língua poortuguesa até terras de Santa Cruz. Confunde-o com Dom Pedro IV, Pedro I do Brasil. Com presunção bacoca, o cabra acusa-me de ignorância em tais lides, revelando desde logo cegueira absoluta sobre sentimentos poéticos.
As ofensas assim, que me vão surgindo da Usina, não me produzem o mínimo efeito psicológico. Tão só me induzem na confrangedora avaliação de indivíduos que não têm pejo algum em demonstrarem-se ineptos e deprimentes, indignos de partilharem do conceito cultural que envolve sem distinção sábios e leigos.
Apelei a que cessassem as cabras e exprimi-me com a dureza que as ditas merecem, mas constato desde já que é impossível acabar com elas, porque haverá sempre um bode que persiste em dar-lhes relevo.