Em se tratando de poesia, podemos afirmar que existem três tipos de autores: os poetinhas, os poetas e os poetaços.
Os poetas são os mais abundantes, têm estro, rítmo, rimas, harmonia e criatividade. São pessoas agraciadas com talento natural e que souberam desenvolver este dom. Produzem textos esmerados, de leitura
agradável. Têm sentimento apurado e conseguem extrair poesia da vida quotidiana. Existem profusamente no site da Usina e enquadram-se em
diversas escolas, como a romântica, realista, primitivista, moderna, concreta e abstrata; também podem ser ecléticos, com incursões por todas as escolas, podendo ainda ser sarcásticos, irônicos, críticos, etc. Possuem muitas e boas
qualidades, tanto no plano literário como no plano pessoal. São geralmente pessoas de bem, porque a poesia, por ser divina, é incompatível com o mal. Apresentam porém um único defeito: são mortais.
Os poetinhas são incompletos, quando têm rítmo falta inspiração, quando têm inspiração falta criatividade, quando têm criatividade falta harmonia. São esforçados mas a sua obra não ultrapassa o nível da
mediocridade. Gostam da arte, mas antes deviam ser leitores que autores. Apresentam grandes falhas de produção literária quais sejam intermitência e falta de técnica. Produzem versos de "pes quebrados", falta-lhes clareza e buscam rimas em dicionários. Há alguns exemplares na Usina. Com algum esforço e estudo podem vir a produzir algumas obras de qualidade.
Já os poetaços, são os poetas maiores. São divinos, aproximam-se de Deus pela criatividade e pela imortalidade. Suas obras são perenes, atravessando séculos sem perder a atualidade. São grandes
idepentemente do idioma em que escrevem, ou escreveram. São grandes idependentemente da escola a que pertecem, ou pertenceram. São imortais
mesmo não sendo Imortais. Por esta razão, eu publico esporadicamente aqui na Usina alguns poemas destes mestres iluminados.
PS: Este texto foi escrito com sentimento e não com técnica, posto que não sou técnico nem especialista em língua e literatura.