Às vésperas da posse do presidente da República que simboliza o desejo popular de um país socialmente mais justo, a recente Consulta Pública da Anatel, na contramão da história, coloca o Brasil na zona de risco de um retrocesso na inclusão digital.
Graças ao provimento de acesso gratuito, a internet cresce no Brasil em ritmo exponencial. Os avanços na inclusão digital são palpáveis. O País é pobre e a internet grátis foi a maneira que encontramos de ter números competitivos com os dos países ricos. A Consulta Pública, da forma como está redigida, dá margem para aqueles que lucram com o apartheid digital procurarem estancar o vertiginoso desenvolvimento da internet grátis entre os cidadãos brasileiros.
Segundo dados do Ibope, 53% dos brasileiros que usam a internet utilizam o acesso gratuito. Dele se beneficia uma massa de estudantes, de escolas, de hospitais, de pequenas e médias empresas, de serviços públicos, de ONGs etc. São pessoas físicas e jurídicas que pagam as ligações telefônicas pelo tempo em que ficam na internet e que recebem de volta, como benefício social, o provimento de acesso gratuito.
O iG reafirma o seu compromisso original com a democratização da internet e de oferecer serviços e conteúdo gratuitos com qualidade freqüentemente superior à dos provedores pagos. O iG criou um novo padrão de jornalismo na rede brasileira. O iG hospeda e dá link para milhares de sites de interesse público, além de fornecer e-mail gratuito para grandes universidades do Brasil.
O iG, neste momento, não pode se calar diante de uma virada de mesa que ameaça acabar com o provimento de acesso gratuito, excluindo milhões de brasileiros dos benefícios do mundo digital e comprometendo irremediavelmente o futuro do País.