A edição de hoje, 02 de dezembro de 2002, do jornal o Estado de São Paulo dá destaque às manifestações do ex-presidente do Citybank, Alcides Amaral, a respeito da gestão do atual presidente da república. Segundo ele, representante daqueles que mais se locupletaram da inércia e inépcia propositais, do atual governo, a história registrará que: “em seu mandato o país iniciou a trajetória de grande potência”. A frase, porém, ficou incompleta, pois, para condizer com a realidade o articulista deveria ter dito: “No final de seu mandato o país iniciou a trajetória de grande potência, pelas mãos de Luiz Inácio Lula da Silva”.
É pelas mãos do futuro presidente que se vislumbra a possibilidade da efetivação do Mercosul, como área de integração e crescimento da América do Sul. Também em função da atuação e da credibilidade desta mesma autoridade, é que o governo da Venezuela pretende que se crie uma comunidade petrolífera, aos moldes da OPEP, dando-nos força econômica e política, no cenário mundial.
Excelentes notícias, não?
Mas, em contrapartida o Poder Legislativo, mais uma vez, dá mostras de ausência de seriedade administrativa e de responsabilidade política, ao se autoconceder um aumento de vencimentos, da ordem de 50%.
Isso mesmo!
Eles começaram pleiteando 115% para, agora, chegarem ao consenso, através de acordo de lideranças partidárias, sobre este aumento que deverá ser votado até o dia 14 de dezembro.
Daí a pergunta do néscio, que não é funcionário público: Com que cara esse pessoal enfrenta todo o restante do funcionalismo público que, há oito anos não recebe nenhum aumento de vencimentos?
A resposta só poderia ser uma: com a maior cara de pau!