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Artigos-->Sonetos modificados à revelia do autor -- 11/11/2002 - 17:11 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sobre o poeta Augusto Frederico Schmidt,lemos na pág. 787 do MUNDO MARAVILHOSO DO SONETO: "Mas.. percorremos seus livros e, infelizmente, não encontramos sonetos. Nem mesmo no seu volumoso livro de 297 páginas, intitulado... "Sonetos"! Não nos referimos, é claro, a poemas de 14 versos, sem rimas. Estes, escreveu-os prodigamente, havendo em muitos deles farta inspiração e altíssimo valor poético. Nosso trabalho, porém, é dedicado exclusivamente ao soneto.

.................................................. Em um atraente artigo publicado na "Revista Brasileira de Cultura"(n. 10, de outubro-dezembro-1971), Alphonsus de Guimarães Filho nos conta como Manuel Bandeira transformou um "soneto" irregular de Augusto Frederici Schmidt numa obra-prima. Cada qual à sua maneira, ambos são bonitos. E é a título de curiosidade que vamos transcrever o trabalho de recriação de Bandeira. Não mostramos o poema de Schmidt, mas garantimos, como Alphonsus de Guimarães Filho, que a emoção e a expressão schmidtiana "se tornaram bandeirianas na forma precisa, enxuta, exata".

Eis o que Bandeira chamou "Soneto plagiado de Augusto Frederico Schmidt":

E de súbto n alma incompreendida

esta mágoa, esta pena, esta agonia;

nos olhos ressequidos a sombria

fonte de pranto, quente e irreprimida.



No espírito deserto a impressentida,

misteriosa presença que não via;

a consciência do mal que não sabia,

aparecida, desaparecida...



Até bem pouco, era uma imagem baça;

agora, neste instante de certeza,

surgindo claro como nunca vi!



E nesse olhar tocado pela graça

do céu, não sei que angélica pureza

- pureza que não tenho, que perdi.

..................................................

A propósito, sem a autoridade do imortal Manuel Bandeira, tomei a liberdade de retificar(ou "plagiar", como escreveu Bandeira),um "soneto" do famoso arquiteto Oscar Niemeyer, publicado no jornal Terceiro Tempo n. 250, de 1 a 15.11.2002:

AUTODEFINIÇÃO



Na folha branca de papel eu risco,

retas e curvas bem entrelaçadas;

prossigo atento e a tudo isso eu arrisco

na procura das formas desejadas.



São templos e palácios solto no ar,

aves aladas se você quiser.

Mas, se os olhar um pouco devagar,

encontrará encantos de mulher.



Deixo de lado o sonho que sonhava,

a miséria do mundo me revolta,

quero pouco, bem pouco, quase nada.



A minha arquitetura pouco importa,

o que eu quero é a pobreza superada,

a vida mais feliz e a pátria amada.

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