Leva a vida nos mostrando o que de belo a própria natureza nos criou.
Com suas mãos frágeis na manobra do pincel e seus sonhos dourados, dá nova cor à própria cor.
Retrata delicadamente e deliciosamente todos os encantos descobertos. Mesmo que esses encantos tenham no tempo parado.
Lá vem ele novamente como se seu pincel fosse um instrumento mágico.
Ele sonha. Ele pinta. Desvenda tantos mistérios, penetrando de corpo e alma dentro da própria tela, nos trazendo novos mistérios.
- Ah, sonhos dourados!
- Ah, sonhos coloridos!
De repente, uma gota corre em seu rosto.
Mais uma. Depois outra.
Não é suor...
São gotas que se desprendem das cascatas e vêm acariciar seu rosto.
É a tela tomando vida.
É o prazer de estar sonhando.
E ele penetra ainda mais em seus sonhos e ouve...
Ouve o som suave das águas a rolarem entre os pequenos rochedos. Som também delicado, que a cada pincelada, sente como se ele próprio estivesse emitindo notas musicais ao vento e ao tempo.
Os pássaros voam sobre as águas. Cantam em seus ouvidos.
O verde das folhagens lhe acenam num gesto carinhoso.