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Artigos-->Sonhar em Silêncio -- 02/10/2002 - 05:43 (Jose Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Ao escrever estas linhas, a aurora ergue-se sobre uma paisagem de neve e gelo.

Branca, ela ilumina a noite com um brilho único, tingindo-se lentamente com as cores do amanhecer. Este pó gelado tem magia. É a magia do Natal. Sinto a sua força e a sua imensidão.

Ao levantar-me senti de imediato um silêncio acolchoado diferente certamente do silêncio que senti ao deitar-me. Já não estranho. É assim que me sinto sempre que ausência é longa.

O dia foi longo, tal como a noite o tinha já sido. Nestes momentos longos dou comigo a sonhar em silêncio, abstraído de tudo e de todos. Mergulhado nesta escuridão, deambulei pela natureza numa longa marcha. Penetro no silêncio, imóvel no cimo da uma pedra onde posso ver tudo á minha volta, descubro que num pequeno espaço o sol faz com que o degelo comece. Gota a gota, sem ruído, a neve volta a tornar-se agua. Revela-se em musgo verde. De olhar fixo no vazio, respiração reduzida, julguei ouvir a tua voz mas não era. Era o silêncio do degelo. A imagem sim, era a tua, plena de beleza, calma e segura. Nessa altura suportei o silêncio mergulhado nos meus pensamentos, sem mascaras e reparo que o silêncio destes pensamentos é de uma intensidade incrível. Não preciso representar. Estou ali só, longe de tudo e de todos.

No regresso ao reboliço da casa, continuo em silêncio dedicado á tarefa que me cabe nestes dias. Recupero alguma energia com uma boa doze de cafeína e com estas pequenas tarefas. O cheiro começa a fazer-se sentir com a primeira fervura destes enormes panelões. Penso que estarás a fazer o mesmo. É inevitável este pensamento. Imagino-te longe, rodeada dos mesmo propósitos. Consigo ter a visão do teu corpo, em pé, sempre de costas para mim, preparando um belo repasto.

Lentamente as gentes destas casa vão aparecendo, olhos ensonados procurando a lareira para se aquecerem e para o primeiro café do dia. O dia começa a ter vida novamente. O silêncio é quebrado pelos mais novos que correm pela casa. O Silêncio é rasgado também pelo aumento dos ensonados á volta da lareira que começam a sentir o efeito da cafeína.

Olho é volta e continuo em silêncio sonhado, esperando um sinal. Esse sinal apenas chegou já era noite. Era o momento esperado.

Zezinho
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