É de um poeta português, cujo nome não me ficou na memória.
Creio que foi por olhar, pela vidraça de minha janela, a chuva que cai, intermitente, e faz barulho, nesta noite fria, gélida...
"Batem leve, levemente
Como quem chama por mim...
Será chuva, será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim..."
Quem batia era a neve... Que punha tudo da cor do linho. Mas o eu-lírico se entristecia ao ver pezitos de crianças, descalços, gravados na neve branquinha...
Lembrei-me deste poema, tão lindo, quanto triste...