Agora é Lula! Em 1989, no que pese o crescimento continuado de Lula, a chantagem e a corrução impediram a sua vitória. Para as elites, colocar Lula no poder, não somente era visto como uma desonra, bem como, perigoso; uma ameaça ao capitalismo. Falavam na experiência e, para isso, acabaram elegendo Fernando Collor de Mello. Empresário, ex-administrador público de uma capital e de um estado, foi feito presidente da república. O grande argumento era que, entre outros, Lula não tinha experiência.
Em 1994 surge outro Fernando, o Fernando Henrique Cardoso, remanescente das "esquerdas". Os agentes do poder econõmico, não dispondo de outra alternativa mais confiável, apostaram em Fernando Henrique e venceram. Fernando Henrique rasgou o que havia escrito, pediu que esquecessem o que dissera antes, cuspiu no próprio prato e se entregou de alma e corpo ao miserável sistema injusto e perverso contra o qual havia lutado. Enganando uma parcela da esquerda para soma-la à direita que o ovacionava, se fez presidente. Não tinha a experiência de Lula que já conhecia todo o Brasil, mas recebeu o sufrágio vitorioso das urnas. Veio o ano de 1998 e se reelegeu. Para o sucesso das duas eleições contou com a sofismável colaboração do plano real.
Estamos em 2002 e o desastre de dois mandatos a serviço poder econômico internacional, que tem como testa de ferro o FMI, dividiu os que se banqueteavam na mesa do poder central. O povão que elege os governantes ficou mais à vontade para decidir quem é o melhor para os trabalhadores, quem é mais sincero nos sentimentos, quem tem mais compromisso, quem será mais transparente, quem vai ter mais cuidado com cada centavo a ser gasto em seu benefício.
Por conta disso, agora é Lula. O Serra que cresceu nas pesquisa, não mete medo. O povo está bem informado. Sabe que ele reza pela cartilha de FHC; que estuda pelos manuais do FMI, que faz continência aos banqueiros internacionais, que será um serviçal da Casa Blanca.
O povo descobriu que o Brasil precisa de um governante independente, nacionalista, humanitário, com bons propósitos no estabelecimento do crescimento econômico e, sobretudo, na implantação da reforma agrária. Fazer o país crescer e colocar o homem no campo, é criar postos de trabalho, gerar renda e acionar o multiplicador permanente de empregos indiretos. Para isso, só podemos confiar em Lula. É uma questão de justiça. É a vez dele, é a nossa vez, é a vez do Brasil. Com toda humildade e equilíbrio que têm caracterizado a sua campanha, agora é a sua vez. Agora é Lula!
