Estamos às vésperas de uma eleição muito importante, onde elegeremos o próximo presidente da república. Espero que saibamos escolher para que possamos, num futuro breve, estabelecer e comemorar a verdadeira independência do Brasil. A que está ai posta não nos serve. O povo que deu continuidade aos ideais de Tiradentes e quase a proclamava, foi excluído do processo. D. João VI, que esteve no Brasil, fugido da invasão napoleônica, sentindo o fortalecimento popular a este anseio, chamou D. Pedro e o aconselhou a proclamar a "independência", antes que algum aventureiro (brasileiro) o fizesse. Antecipando-se à concretização da vontade popular em estabelecer a independência e a já sonhada república, D. Pedro, às margens do Rio Ipiranga desembainhou a sua espada e gritou; "Independência ou Morte". Após, convocou uma Assembléia Nacional e como os seus constituintes aprovassem leis contrária aos seus interesses, fechou a mesma, convocou uma constituintes a dedo, e assim foi elaborada a primeira constituição brasileira voltada aos interesses do Imperador. Inclusive, tão desclassificada que, embora se conheça apenas três poderes constitucionais países afora, naquela foi instituído um quarto poder, o Poder Moderador, que ficaria sob o seu controle. Ou seja, o imperador detinha o Poder Executivo e o Poder Moderador. Começou errada e continuou errada aos dias atuais. Chegamos ao ápice da subordinação. Quem manda no nosso país é o FMI. É ele quem determina, pelas suas imposições estratégicas, os índices de desemprego/inflação, investimentos nas áreas sociais, as taxas de juro, o Produto Interno Bruto, os saldos apresentados pela balança comercial, no que pese a resistência do nosso povo. Portanto, esperamos que os brasileiros tenhamos um mínimo de consciência política, para que coloquemos no poder um governante independente, corajoso, comprometido, capaz de materializar o sentimento coletivo de uma nação. Tomemos mais cuidados com o que há mais de dois séculos afirmou um fisiocrata e que tem muito a ver com os dias atuais: "As riquezas fiduciárias, são riquezas clandestinas que não conhecem rei ou pátria."