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Artigos-->O jogo de FHC -- 19/08/2002 - 10:05 (rodrigo guedes coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A rápida ascenção de Ciro Gomes nas pesquisas, as chances de Lula que, para os piadistas de plantão, ruma ao seu "tetra", e o apoio que correligionários importantes tem julgado como prematuro, de FHC, em tomar partido de Lula caso Serra não vá ao 2º turno, dominam as rodas de conversas no cotidiano.



Por mais paradoxal que possa parecer, agora que Serra caiu para terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, empatado tecnicamente com Garotinho, na última posição, tem-se a impressão que o tucano ruma a passos largos ao 2º turno.



Maquiavélico, dos ensinamentos de Maquiavel, FHC quando diz que vai apoiar Lula, no fundo, se comunica com os financiadores das campanhas eleitorais, àqueles empresários que têm dinheiro para dar aos concorrentes e, dizem as notícias de jornal, estão preferindo Ciro, deixando o tucano na mão. E, em sua comunicação, FHC é bem claro: diz que Serra é, de fato, a melhor opção ao Brasil e se faltar recursos para demonstrar isso ao eleitorado, ou seja, dinheiro para a campanha de Serra, vai preferir enveredar à salvação de seu nome à história de nossa República.



Professor de Sociologia, preso e perseguido durante o regime militar, FHC sabe que a história reserva lugar a ele, mas sabe, ainda, que este lugar será especial dependendo do próximo presidente. Se for Ciro, seu declarado desafeto, sabe que terá seu papel, dos últimos oito anos, minimizado. Se for Serra, terá lugar de destaque. Mas, na impossibilidade deste, caberá a Lula dar-lhe uma mão e, para isso, oferece ele, de antemão, uma "ajuda" ao petista.



A "ajuda" entre aspas significa o seguinte: os financiadores entendem seu recado, o dinheiro volta a campanha de Serra e o eleitorado poderá ser convencido de que Serra deve dar continuidade as transformações iniciadas por FHC. Se não entenderem, o dinheiro faltar e Serra ficar fora do 2º turno, o presidente apóia Lula com a certeza de que terá do petista todo o respeito que julga ser seu por direito e, em troca, terá o papel de amainar o "mercado" que pode-se assustar com o que poderá vir a representar o vermelho do PT quando o partido alcançar o poder.



É esperar para ver, afinal Ciro subiu nas pesquisas eleitorais quase 30 pontos em apenas 15 dias. Como faltam 60 dias para a eleição em 1º turno, com dinheiro, marketing e comunicação eficiente, sabe-se que ele poderá cair tão rápido quanto subiu e, ai sim, Serra terá o lugar que parece ser o mais natural, ou seja, de que o eleitor possa escolher entre manter o que está ai (Serra) ou seguir outro caminho (Lula). Ciro, que se mostra um híbrido com a proposta de manter/mudando, terá de provar a capacidade de governabilidade de um eventual governo seu.





Djalma L. Benette é jornalista, editor responsável do Jornal Cruzeiro do Sul

sorocaba/sp











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