LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Artigos-->Mais gente fugindo de Cuba.... -- 10/08/2002 - 21:02 (BELADONAIDIOTA) |
|
|
| |
A mídia brasileira como sempre não viu nada...
Graça Salgueiro
Gente que foge das ditaduras comunistas é notícia no mundo inteiro, exceto
no Brasil. Nossa mídia omite sistematicamente fatos dessa ordem, mesmo
quando o personagem envolvido é funcionário graúdo da hierarquia comunista e
mesmo quando a fuga se dá em condições rocambolescas que fazem dela matéria
de interesse jornalístico certo. No último fim de semana, as deserções foram
a de um alto funcionário do governo de Fidel Castro e as de 22 peregrinos
que se aproveitaram da viagem de João Paulo II ao Canadá para burlar a
vigilância dos chefes da delegação cubana e pedir asilo político. As
notícias, que vieram pela agência Reuters e pelo Miami Herald, não tendo
portanto como ser ignoradas nas redações locais, foram imediatamente
suprimidas por editores que recebem salários das empresas jornalísticas
nacionais para trabalhar para Fidel Castro. Quais editores? Todos eles.
Nenhum jornal ou canal de TV brasileiro noticiou esses fatos.
Alcibiades Hidalgo, 56 anos, foi membro do Comitê Central do Partido
Comunista de Cuba, embaixador do governo cubano nas Nações Unidas e chefe de
gabinete de Raúl Castro, o poderoso Número 2 do regime. Ele fugiu de Cuba
numa balsa e, ao chegar à Flórida, pediu asilo político declarando que não
queria mais "ser um peão da fazenda de Fidel Castro".
Hidalgo, que estava afastado da política, acredita ter caído em desgraça
perante o regime por causa de sua atuação na ONU em favor da retirada das
tropas cubanas de Angola, onde haviam matado mais de 100 mil civis.
Dos 22 peregrinos que pediram asilo, só um fez declarações à imprensa.
Raisel, jovem estudante de eletrônica, considera que sua oportunidade de
fugir de Cuba foi "um presente de Deus". Disse que está feliz por poder
agora viver em liberdade mas que teme por sua família, que ainda está em
Cuba.
Não deu no jornal
Cuba: preso político, cego, em perigo de morte
MÍDIA SEM MÁSCARA, ANO 1, NÚMERO 1, 8 DE AGOSTO DE 2002
Graça Salgueiro
MIAMI (DI, jul. 11, 2002) - O advogado e ativista cristão de direitos
humanos Juan Carlos González Leiva, de 37 anos, está sendo torturado física
e psicologicamente nas dependências da Segurança do Estado, na cidade de
Holguin, ao leste de Cuba, e sua vida está em perigo. Foi o que denunciou ao
exterior, por telefone, sua esposa Maritza Calderin Columbie.
"O fato de ser cego coloca uma nota de horror e infâmia a essa perseguição
religiosa e política contra o Dr. González Leiva. As autoridades da prisão
lhe negam assistência médica adequada e nem sequer lhe entregam uma Bíblia
em Braille que sua esposa lhe levou", disse em uma entrevista Laida Carro,
da Coalizão de Mulheres Cubano-Americanas, uma organização não-governamental
humanitária. Carro acrescentou que as autoridades cubanas estão pisoteando
em direitos elementares contidos na Declaração dos Direitos do Homem, como o
estabelecido no art. 19º, "todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião
e de expressão" e no art. 5º, "ninguém será submetido a torturas nem a penas
ou tratos cruéis, inumanos ou degradantes".
A Coalizão de Mulheres Cubano-Americanas entregou um documento onde solicita
ajuda internacional:
"Fazemos um pedido de ajuda urgente, às autoridades religiosas e políticas
do Ocidente, para que lancem suas vozes reclamando a imediata liberdade do
Dr. González Leiva.
Esse pedido é extensivo às associações de advogados, às entidades de cegos,
às organizações de defesa dos direitos humanos, governamentais e privadas, e
às organizações de jornalistas, para que não permaneçam indiferentes, assim
como aos homens e mulheres de boa vontade.
Um minuto de demora pode custar a vida deste militante cristão. O governo de
Cuba é responsável, diante de Deus e diante da opinião mundial, pelo que lhe
possa ocorrer".
O Dr. González Leiva, presidente da Fundação de Direitos Humanos de Cuba,
está preso desde 4 de março, pp., na Prisão de Segurança do Estado de
Pedernales, Holguín, a 300 km de Ciego de Avila.
Nesse dia, junto com outros 7 ativistas de direitos humanos e um jornalista
independente, foram visitar outro jornalista, Jesús Alvarez Castillo, que
fora agredido horas antes por membros da Segurança do Estado e estava
hospitalizado por causa dos ferimentos que lhe causaram. Os ativistas, junto
com o jornalista ferido, fizeram um ato de protesto pacífico proclamando em
alta voz: "Viva Cristo Rei! Viva Cuba livre! Vivam os direitos humanos!".
Pouco depois, foram selvagemente golpeados por agentes da Segurança do
Estado e por grupos paramilitares. Em González Leiva, os golpes lhe
provocaram um ferimento de quatro pontos na cabeça.
Posteriormente, os ativistas de direitos humanos foram enviados à diversas
prisões do país, sem sequer notificarem a seus familiares.
Os nomes dos outros detidos são: Delio Laureano Resquejo, Lázaro Iglesias,
Virgilio Mantilla e José Carlos Morgado, também membros da Fundação Cubana
de Direitos Humanos; Enrique Garcia Morejón e Antonio Garcia Morejón; e o
jornalista independente Lexter Tellez Castro.
Em fins dos anos 90, González Leiva criou a Fraternidade de Cegos
Independentes de Cuba e a Fundação Cubana de Direitos Humanos, que
atualmente preside.
|
|