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Artigos-->O riso e o pranto(máscaras) -- 08/08/2002 - 10:24 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dizem que o estilo trai o homem. Uma frase aqui, uma palavra ali, fica revelada a nossa identidade. Também está dito, que a nossa alma se mostra naquilo que escrevemos, mas onde ficam os dissimulados, os contraditórios, os fingidores?

Paras fugir das molduras rígidas do "ri e o mundo rirá contigo; chora, chorarás sozinho", as pessoas buscam máscaras que se afivelam ao rosto ou a alma, como muito bem pincelou Djalma Barbosa Viana em duas trovas magistrais:

Sábado Gordo

Rei Momo assume o seu posto

E a gente batendo palma

Põe a máscara do rosto

E tira a máscara da alma.



Quarta-feira de cinzas

Rei Momo enfim é deposto

E a gente voltando à calma

Tira a máscara do rosto

E põe a máscara da alma.



No circo da vida, portanto, existem as almas que choram reveladoramente, despudoradamente, francamente; outras, por seu turno, vão sufocando o pranto, sopitando a dor, contendo as emoções, a despeito da erupção interior que abala o coração e esfrangalha a alma.

São tantos os atores e tantos modos de representar.A realidade e a ficção estão sempre numa frenética disputa, qurendo prevalecer.

Uns querem a realidade, outros fogem dela, já porque não a aceitam, já porque não a entendem, já porque, enfim, são adoradores da fuga.

O enigma dos sentimentos ocultos persiste mesmo nas pessoas mais comunicativas, que as vezes falam de mais para confundir, para enganar porque, muitas e muitas vezes, por dentro, estão chorando enquanto riem.

No seu livro "O Homem que Ri", Victor Hugo nos mostra este contraste: enquanto o personagem, mutilado por uma operação que faz sua boca permenecer num ritus de riso, tantas vezes queria chorar e, no entanto, aparentava rir...

E nos contrastes nós nos balançamos, vivendo e dissimulando, dissimulando e vivendo...
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