De vez em quando vou ao guarda-roupa fazer limpeza geral nas peças de roupas fora-de-moda. Apesar de ser inverno na Áustria, decidi dar uma geral nas roupas de verão, experimentei várias calças e, para minha total estupefação, muitas não passaram da altura dos quadris. Nem preciso dizer que desde então estou passando mal!
Nessas últimas semanas, como em todas as festas e comemorações de fim-de-ano, devo ter engordado no mínimo três quilos. O pior é que não se distribuiram proporcionalmente aos meus 1,80 metros de altura, ficaram concentrados bem no meio, naquela que nós mulheres chamamos de „zona perigosa“.
Vesti saias e blusas olhei-me no meu inimigo número 1 (o espelho, é claro!) e só vi dobrinhas e montinhos sobrando por todo lado.
A princípio achei que fosse apenas ilusão ótica ou talvez meu inimigo estivesse defeituoso, porém, ao subir na balança a realidade atingiu-me como um tapa na cara.
A calça predileta, aquela tão elogiada por minhas amigas, só entra se me deitar no chão, respirar fundo e contar até 10.
Pensei em jogar tudo fora e comprar roupas novas, mas não seria a solução ideal devido aos custos envolvidos.
Decidi, então, iniciar uma rigorosa dieta alimentar. Desde o momento em que tomei tal decisão, passei a saber muito sobre o mal de fome! Parece incrível, mas bastou decretar dieta e meu organismo reage espontaneamente, a barriga começa a roncar, o apetite aumenta e as idas-e-vindas à geladeira se tornam incontroláveis.
De repente, tudo passa a ser gostoso. O velho pacote de uvas-passa, há 6 meses intocado no armário, já foi alvo de minhas buscas.
Desde o momento em que decretei „greve alimentar“ só penso em comer.
Isso não é vida!
Com toda a tecnologia de hoje em dia, porque não inventaram uma pílula completamente isenta de efeitos colaterais e que realmente nos ajude a emagrecer sem passar fome... e sem pensar em comida!
Dieta sem passar fome não é dieta? Ainda é utopia...
Não quero passar fome, portanto, só me resta mudar a posição dos botões! Ou alguém teria alguma sugestão melhor?