----- Após o muito mau dia, Milene, que Te desejei, um dia pleno de felicidade, longe das verborreias da Usina, dos dichotes sem piada alguma, das ofensas gratuítas e ostensivas, venho desejar-Te milhares de noites sublimes, espaços exactos em que o Sol adormece e a Lua acorda, ou até o momento sublime em que estão os dois iluminados. Desejo-Te que sejas Tu, o pirilâmpo da Fáfá, com dois acentos, um para iluminares a escuridão e o outro para conseguires ainda mais luz aos que não vêem de dia. Desejo-Te um casacão de arminho para Te agasalhares no Inverno, quando o Inverno de facto vier, vestido de fato branco, sério e firme. Desejo-Te que não sejas nunca uma hiena a sugar a cultura à vida inocente. Desejo-Te um “consuma e és” autêntico de humanidade e que se sobreponha à hipocrisia milenar que ronda as crianças.
O menino é vosso...
Todo vosso... Todo vosso...
Até ao osso.
Precisa de aprender...
A comer, a beber, a ler, a escrever e a dormir...
Meu Deus... Deixa-me fugir!
Então... Não entendias?
Agora... Não cortes nunca o fio, engrossa-o sempre cada vez mais, luta como sempre lutaste! De seguida... Vai a Roma ver o Papa, se possível em visita pública, e grita-lhe que as faltas cometidas por padres sobre crianças, não são faltas, são crimes gravíssimos além de qualquer perdão. – Um beijo no chão, mas a saber a pão que tenha tido por parceiro o joio, com paladar de labor sádio.
O beijo que Tu me deste
Para afagares meu desgosto
No dia em que o escreveste
Ficou de estrela em meu rosto!
PS – Este texto, sim, não é digno de patrocínios porque os proventos seriam destinados para proteger as criancinhas que hão-de nascer quando Deus quiser, livres dos facínoras que O representam.