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Artigos-->DESAFIO À MORALIDADE -- 24/07/2002 - 21:10 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESAFIO À MORALIDADE



O povo alagoano está às vésperas de um desafio à moralidade. Collor voltou. E, parece-me, com toda força para dizer aos alagoanos que sempre foi escravo da honradez; inimigo público dos usurpadores da coisa pública e outras heresias.

Fala-se que o povo (brasileiro?) tem memória curta. Esquece logo os erros e as traições que desse ou daquele tenha experimentado. Os alagoanos, no entanto, testemunharam, como todos os outros brasileiros, os escândalos e denúncias (comprovadas) de corrupção, que foram a marca registrada do governo do Sr. Fernando Collor de Mello, na sua meteórica passagem pela Presidência da República. Talvez, esses seus deslizes não tenham passado despercebidos pela consciência dos eleitores alagoanos. E, assim, não se deixarão levar pelas novas promessas desse “taumaturgo”, não esquecendo, jamais, as suas aberrações.

Querer voltar à política já seria uma afronta à probidade, ao caráter dos cidadãos. E candidatar-se ao governo da “terra dos marechais” então, é um desafio à dignidade dos alagoanos, que, por dever cívico, deveriam condená-lo ao ostracismo, ao esquecimento.

É bastante o que praticou, ou o que permitiu aos seus asseclas praticarem com o dinheiro público, quando presidente, para se medir a sua personalidade. Os desvios de verbas, praticados por Rosane Collor, com a sua anuência, para Canapi, favorecendo, ilicitamente, aos familiares da “primeira-dama”, pintaram mais de negro a mancha da sua deslealdade para com o povo. Até o seu próprio irmão, Pedro Collor, sentiu-se ofendido com os desmandos praticados. E, em entrevista à imprensa, em abril de 1992, denunciou as irregularidades financeiras no governo do irmão-presidente e o famigerado “esquema PC”. E esse homem retorna do lamaçal, querendo livrar-se do barro da negligência, da falência moral, da cumplicidade, do conluio, da conspiração - males de que ainda não sarou - pois não há remédio, para disputar uma eleição para o importante cargo de governador do Estado de Alagoas. E, dizem, com pretensão de chegar, outra vez, ao Palácio do Planalto, em 2006.

Autodeterminou-se “caçador de marajás”. Mas não foi à caça. Não levou a sério o seu intento. Mentiu para o seu eleitorado. Não sei se admitiu para essa sua campanha jargões como “provedor dos necessitados”, “o abençoado de frei Damião”, seu religioso predileto, para ludibriar a fé dos humildes, conquistando, assim, o grande eleitorado miserável que representa um percentual significativo nos 2.713.203 habitantes (estimativa de 1999) de Alagoas.

Mais uma vez a justiça brasileira modelou-se nos julgamentos de tribunais dos países do terceiro mundo, isentando Collor dos crimes que lhe cabem, penalizando-o com um afastamento temporário da vida pública, por oito anos apenas. É a lei. É a nossa lei.

E aí está o homem, gozando das benevolências que lhe conferiram os poderes constituídos, para desafiar o povo alagoano, que na sua grande maioria, prefere, com certeza, a moralidade da vida pública. Sentir-se-á, então, aviltado se acontecer a vitória, nas urnas, de Fernando Collor de Mello para governar Alagoas.

Terá também a memória curta o povo alagoano?



Paulo de Góes Andrade – 24 / 07 / 2002













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