Usina de Letras
Usina de Letras
103 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62296 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10393)

Erótico (13574)

Frases (50687)

Humor (20041)

Infantil (5461)

Infanto Juvenil (4784)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140825)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6213)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Sobre: Ideologia e espaço social em Orris-mscx -- 18/05/2003 - 00:18 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
IDEOLOGIA E ESPAÇO SOCIAL em Orris Barbosa-
104 pgs. Fundação Vingthun Rosado Coleção Mossoroense, 1999.
Por: Maria do Socorro C. Xavier
Trata-se de uma tentativa de dissecação da obra do jornalista e escritor paraibano,Orris Barbosa, neste ensaio crítico sobre a seca de l932.É uma coletànea séria com estudos plurais, acerca de tema tão antigo, já secular, neste país. Nunca esgotado, diagnosticado e não solucionado.
Sob a ótica de diversos estudiosos, numa análise interdisciplinar, a partir dos respectivos códigos e referenciais teóricos, sumaria-se nesta obra: Alice Monteiro, Eliete de Queiroz Gurjão, Fernando Patriota, Martha Falcão, Bárbara de Fátima Alves de Oliveira, Eduardo Pazera Jr.Inês Caminha,José Romero Cardoso de Araújo,Joaquim Osterne Carneiro, Aécio Vilar de Aquino, Raimundo Nonato Silva e José Octavio de Arruda Mello. Este também prefaciador, organizador e co- autor da obra.
Do aspecto ideológico do livro, se detiveram os professores: José Octavio, Fernando Patriota e Eliete Queiroz. O historiador José Octavio invoca José Honório Rodrigues, Euclides da Cunha e Alberto Torres; elaborando uma análise da análise de cada autor ensaísta.
Eliete Queiroz trabalha as concepções do materialismo histórico, especificamente recorre ao historiador inglês Thompson. Compara os trabalhadores da seca de 32 às vítimas do campo de concentração.
Fernando Patriota (historiador pernambucano) envereda pelo naturalismo de Euclides da Cunha em "Os Sertões" e de José Américo de Almeida em "A Paraíba e seus problemas". Considera a seca de 32 como subproduto da maquinaria ideológica, que consagraria a imagem de Vargas, segundo José Octavio.
Martha Falcão faz um estudo biográfico, mostrando no entanto,o lado dialético e globalizante da análise conjuntural, estrutural e superestrutural do Orris Barbosa, nesta memorável obra.
Bárbara de Fátima Oliveira destaca o estilo de Orris Barbosa, suas metáforas valorativas do regional - elegias e agonias.
Quatro abordagens em torno da geografia e contexto: Eduardo Pazera Jr. José Romero de Araujo Cardoso, Joaquim Osterne Carneiro e a historiadora Inês Caminha.
Eduardo Pazera vê a geografia de Orris Barbosa sem erudição e sem ecletismo, vê-la sobretudo jornalística, por tratar-se de uma obra para o grande público.
Joaquim Osterne Carneiro vivenciador das discussões e comissões sobre a seca, no seu mister profissional, analisa sua problemática e operacionalização.
A historiadora Inês Caminha, sua contribuição é digna de nota, ao contextualizar o ensaio de Orris Barbosa, no àmbito da República Velha, suas oligarquias e coronéis.Salienta que não houve cantor e compositor brasileiro que traduzisse tão bem o drama da seca, do sertanejo em especial, quanto Luiz Gonzaga. Daí a historiadora transcreve versos de Asa Branca, verdadeiro hino do sertão nordestino.
Também contextual é a abordagem de José Romero de Araújo Cardoso, no destaque dos privilégios de uma minoria que se beneficia com a seca.
Com chave de ouro o pesquisador Aécio Vilar de Aquino em sua feição antropológica, funde-as com as do Orris Barbosa, na tentativa de compreender os intrincados relacionamentos do homem nordestino com sua sociedade - seu meio hostil, seu imaginário, suas crendices e superstições...
Enfim todos estes estudiosos tentaram dissecar a valiosa obra de Orris Barbosa, abordando-a sob vários àngulos, cada um com sua leitura.Acredito que conseguiram o intento. Além disto, deram uma ímpar contribuição, na análise de tão crucial drama social: A seca, e em especial a de 1932.
´
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui