Sobre montanhas, vulcões e erupções
Ricardo Oliveira
Sempre pensei que nossos conflitos interiores deveriam ser resolvidos interiormente.
Imaginemos, cada um de nós, como um vulcão contendo em suas entranhas todos os desejos, sonhos e realidades do mundo.
Se, a cada instante, utilizássemos a erupção como escape, para nosso equilíbrio interior, seria no mínimo um mundo diferente e bem curioso. Há, decerto, um grande conflito entre ser formatado ou ser harmonizado .
A diferença, entre um e outro, está neste equilíbrio interior que deve tender, mais e mais, Ã Harmonia.
As perdas afetivas ao nosso redor sempre provocam transformações. Quanto à superação de qualquer perda, eu não afirmaria diferenças entre qualquer espécie de Vida... Todas elas são iguais e diferentes no mesmo tempo... Mas, hei de preferir, sempre, a minha espécie à s outras.
A mais difícil tarefa que me deparei e me deparo até hoje é o exercício da Justiça.
São poucas vezes, que nos deparamos ante este desafio. Julgar. E normalmente, sempre estamos a passar a bola para outro fazê-lo e depois, graciosamente, criticá-lo. Mas, uma regra é básica. Não se distribui Justiça, senão aos justos.
Quem não é justo, mesmo que tenha pedido para ser julgado , se contrariado, não aceitará o juízo do fato ou do seu ato.
Enfim, ainda que não seja necessária uma erupção permanente de nossos interiores, Ã s vezes, é de bom juízo, mostrar o porte da montanha e, desta forma, dizer que apesar de todos os tremores e rumores, tudo continuará, quase sempre, como sempre esteve e está.
A magia é a pequena diferença que faz, aos nossos olhares, a montanha se mover.
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