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cronicas-->É a Guerra Civil? -- 09/05/2003 - 11:52 (Cristiana de Barcellos Passinato Prima Castro Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em Rio de Janeiro, 08 de maio de 2003 - 23 h

Pois então, não é só o correspondente de Israel do provedor IG, não.

O nosso ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, nosso "super-herói" de plantão está começando a se apavorar.

Declarou, para revistas e para imprensa televisiva que o estado está realmente em desequilíbrio com relação a questão da segurança pública. Até aí morreu Neves, pois nada de novidade nos contou. Já é notório.

Citou ainda o desequilíbrio e falta de controle no que tange ao excesso e qualidade alta do armamento pesado do crime "em organização"(assim definido por estrategista, em entrevista no Programa do Jó, na Rede Globo) e que estaria pensando em novamente "apelar" pela liberação da tropa do exército para o governo federal, para segurança da nossa cidade.

O engraçado é que posteriormente a senhora governadora, inclusive sua esposa tenta "traduzir" o que foi dito em declaração justificativa e contraditória. Ao vivo, em programa para Rede Band de TV, no Programa Brasil Urgente, em conversa com o àncora Datena vários pontos foram por eles colocados que achei interessantes de se destacar:

Datena perguntou destacando que as facções do exército concordaria e seria pró-ir para as ruas;
Enquanto isso, a governadora, com semblante cansado, mas tranquilo, assegurou que nada disso foi falado ou mesmo a intenção seria inexistente, mas de qualquer forma se o exército estivesse disposto, ela, como quem não quer nada, aceitaria.
Datena ainda lembrou que a função do exército não seria essa de qualquer forma e que não estaria ele preparado para combates e confrontos urbanos e somente de situação de guerrilha, em caráter de emergência e urgência para segurança da soberania e território nacional, mas como a situação está de exatamente uma espécie de guerrilha e os bandidos muito bem paramentados, parte do exército poderia fazer guarda a fronteiras, outra treinada para confrontos como os citados e outra para segurança nacional, já que na história e nem se prevê nenhum tipo de guerra entre países seja de fronteira como qualquer outro, então haveria que se rever a função de nosso exército, seu recrutamento e os gastos que são necessários para que asseguremos todo esse cenário.
O que eu penso disso?

De onde veio a droga que gera o capital para que se investisse em armamento pesado e esse armamento também de onde surgiu?

Até porquê esse tipo de armamento não surge, em parte, daqui do Rio, ou mesmo Brasil.

Parte vem da polícia e alguns de seus mal pagos e insatisfeitos e até mal formados policiais corruptíveis.

Outra parte vem de fora do mesmo lugar de onde vem e por onde entra a droga.

Quer dizer, qual seria o mal?

Qual seria o problema de se colocar o exército atuando em várias situações e funções: na fronteira (guardando a nação), ruas e guerras (se essas vierem a ocorrer).

Ainda assim, não temos guerras por aqui como Irã e Iraque, mas concordo que tenhamos que sempre estar preparados para qualquer situação de emergência, mas uma guerra não estoura de um dia para o outro também, sem um tipo de tentativa de diplomacia pelas partes, então...

Então, porque não prover às ruas, já que a dúvida paira e reina:

Estamos em GUERRA CIVIL?

As Farc estão aí, criando exércitos de bandidos


20:12 03/05
Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel (nahumsirotsky@ig.com.br)

JERUSALÉM - Há alguns meses, fui em férias ao Brasil e fiquei assustado.
Na saída de restaurantes, em Copacabana, os porteiros sugeriam que
pegasse um táxi até o hotel, poucas ruas adiante. "A barra é muito
pesada", aconselhavam.






Passei anos como repórter de polícia, grande escola de jornalismo.
Conhecia os morros como a palma de minha mão; vários bandidos. Conhecia
as regras do jogo da sobrevivência. A linguagem dos malandros. Muitos
cujas "caguetagens" se podia comprar. A sugestão de pegar um carro não
era malandragem. Era conselho honesto. Os bandidos mandam na cidade.

Rodo por Israel sem medo. Precavido. Atento. O Rio é "barra pesada".
Nota-se na atitude e olhar de bicho que espera sua chance. Está na cara.
Mas existe diferença. Com exceção dos "de menor", percebi novas táticas.
Notei novo sistema de guarda dos morros. Não era mais de meninos fingindo
brincar na base, com outros prontos para correr e avisar aproximação de
invasões ou outros perigos. Havia tática de quem era treinado. A
colocação dos assaltantes nas ruas era bem pensada. Pareciam atuar em
operação de guerrilha. Quem foi repórter, nunca deixa de ser. Estava em
férias. E me sentia inseguro.

Uns dias depois, uma boa fonte esbarrou comigo numa rua do Rio.
"Comprido", velho conhecido. Caminhamos no modelo "eu na frente e ele
atrás". Pediu-me um dinheiro. Deixei cair. Continuei andando e ele soprou
que havia uns gringos nos morros. Claro que romanceio um pouco. Foi
jogando o jogo pela regra que, juntamente com o fotógrafo de O Globo,
conhecido por Antonio Mulato, nome de Antonio Monteiro, desvendei o
famoso "Crime da Mala" em poucas horas enquanto a polícia usava todos os
meios técnicos para desvendá-lo. Bons tempos.

Mas os bandidos de agora são outros. Denunciei a infiltração das Farc. Há
dias, li que Iwaney Cayres de Souza, delegado de polícia, fez apreensão
de 400 quilos de cocaína. Os traficantes mandam armas para a Colómbia e
são pagos em drogas. O repórter Jaylton de Carvalho, de jornal paulista,
ao que me consta, acompanhou toda a operação. O general Joaquim Luna,
comandante da Brigada de Infantaria da Selva, revelou que a guerrilha
colombiana anda raptando índios brasileiros para incorporá-los às
guerrilhas. Luna é velho amigo e bicho valente. Foi adido militar em
Israel e deixou nome. Ia ver o que lhe permitiam, como se fosse a um
cinema. Fez amigos e admiradores entre os locais que vivem em guerra com
guerrilhas habilíssimas. É gente assim, que corre risco de vida, que vem
lutando contra a invasão do Brasil pelos guerrilheiros colombianos.

Não escondo que parte da história conto como "um causo", no estilo das
conversas de galpão, no Rio Grande do Sul. Fica mais emocionante.Talvez
sensibilize melhor as autoridades para melhorarem as condições de combate
dos nossos militares e dos policiais honestos que são a maioria. Eles
precisam de mais gente e meios. As Farc estão criando guerrilha no
Brasil. Isto que Fernandinho Beiramar realiza é brinquedo de criança
diante dos conhecimentos, táticas e armas que os traficantes conhecem e
começam a utilizar.

Eles vão se apossando das grandes cidades, nas quais ocupam os pontos
mais elevados. Matam brigadas e policiais que ganham uma miséria. E
quando apanhados, são julgados com leis obsoletas por juízes que não se
sentem seguros. Eles estão dominando o Brasil, viciando pela droga e
impondo o medo. Não demora e assumem o controle político. São um càncer.
Note-se há quantos anos mandam na Colómbia, por exemplo. Os bandidos de
hoje, treinados por estes "castelhanos", nome dos velhos tempos, ganham
poder a cada dia que passa. Já é até um tanto tarde para combatê-los com
eficiência e adotar novas leis.

Os prejuízos sofridos são de muitos bilhões. Os turistas vão
desaparecendo. Os investimentos vão sendo transferidos para áreas mais
seguras, as autoridades ficam manchadas pela suspeita que concluiu. O
povo perde a confiança na Justiça.

As Farc estão aí, minha gente, apodrecendo ainda mais a ordem, criando
exércitos de bandidos. E não se faz o bastante para acabar com ela.




>>>

Pessoal, a coisa está ficando feia aqui no Rio de Jáneuras (como já
dizia muito bem meu amigo Pipoca)... Acreditem, é mais sério do que
aparece na TV, muito mais. A dupla Rosinha e Garotinho estão acabando
com o que sobrou da cidade maravilhosa. E, pelo que podemos constatar,
está mais complicado ainda lidar com os traficantes. Estes estão
perdendo o medo de enfrentar a polícia (se é que um dia tiveram), a
polícia está cada vez mais corrupta, o (des)governo está explícito,
vale o salvem-se quem puder.

Eles agora deram para disparar suas metralhadoras a esmo, acertando
quem passa "lá embaixo". Possuem um armamento pra lá de pesado, com
mísseis, granadas, fuzis AR-15... Passear a noite pela cidade,
principalmente longe dos locais mais policiados (um engodo para que
seja veiculado pela TV) é perigoso MESMO. A mesma sociedade que se viu
obrigada a se trancar dentro das prisões/grades de seus apartamentos
agora é refém de sua imobilidade em exigir providências.

Os bandidos estão soltos, "tocando o terror" e nós assistimos a tudo
sem ter como nos proteger. Lembram-se da campanha de desarmamento
civil, veiculada há tempos atrás? E agora? O que fazer para se defender
se dependemos de policiais e políticos corruptos?

Não tenhamos falsas esperanças... Se nada for feito se tornará cada dia
pior. O poder (e dinheiro) está nas mãos dos traficantes. E não me
venham com essa de colocar a culpa "em quem vai comprar". A culpa é e
sempre será de nossos políticos e suas políticas públicas, sempre. A
sociedade brasileira está doente e acredito que não seja diferente do
resto do país.

Muito cuidado ao visitarem o Rio de Janeiro, São Paulo...

Um abraço e tudo de bom,

______________________________
Anderson C. Porto - web developer
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