O sol extenuante do ermo castiga o profeta, tornando a cada passo o abatimento mais flagrante.
Uma voz etérea mesclada ao assobio do vento sensibiliza Elias.
(VOZ ETÉREA)
...segues para o leste!
...para o Querite!
O profeta reveste-se de novo ânimo e ruma para o nascente, até que escuta o som das águas de um pequeno riacho.
(ELIAS)
Obrigado Senhor!
O profeta emerge no ribeiro e dessedenta-se. Pássaros, a margem do Querite, cantarolam chamando a atenção de Elias e partem em revoada.
Elias deixa o ribeiro e recosta-se sobre uma pedra quando os pássaros retornam trazendo em seus bicos frutas. Elias estende a mão, e uma ave pousa em seu braço ofertando-lhe um galho repleto de frutinhas.
(ELIAS)
Meus amigos, quão bela a natureza que prima pela obra do Senhor!
O profeta alimenta-se, recosta a cabeça em seu manto e adormece sob a sobra da montanha.
...Um ancião em trajes de sacerdote hebreu fala ao jovem Elias.
(SACERDOTE HEBREU)
Este manto é o símbolo do teu sacerdócio. Com ele restabelecerás a Santa Aliança do Senhor com o seu povo.
Elias recebe o manto e inclinando-se diante do sacerdote transfigurado percebe está diante de Moisés.
(JOVEM ELIAS)
Por que vieste a mim, mensageiro Moisés?
(MOISÉS TRANSFIGURADO)
Sinto-me honrado em ungi-lo, Eliahu.
Agora vai e cumpre tua missão!
Elias toma sua capa sagrada e segue em sua jornada solitária.