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cronicas-->A minha mais nova saudade -- 23/04/2003 - 00:32 (Marcel Agarie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sim, a senhora partiu. Não sei bem certo para onde, mas partiu. Por tudo que viveu, por tudo que criou, pela sua coragem, pelos seus mais belos exemplos, a senhora deve estar neste momento em um lugar muito melhor, longe das agonias, guerras e sofrimentos. Isso me faz viajar no infinito da mente e imaginá-la entre as estrelas, que iluminam agora a felicidade em seu semblante, trazendo novamente à tona o seu sorriso tímido e os olhos brilhantes de um rosto carregado por rugas de uma vida vencedora. Há também uma expressão de alívio, paz e muita tranquilidade. E isso, sem dúvida nenhuma, é o que mais me conforma.

Vejo nuvens pairar sobre a sua áurea, dando-lhe sombra e frescor. Vejo os anjos adormecendo em vossos braços, assim como os filhos e netos que acolheu com tanto amor em seu colo. Ainda sinto o calor daquele mimo.

Vejo uma vida inteira escrita em letras miúdas de um caderno com milhares de folhas, onde cada uma representa um acerto, um arrependimento, uma alegria, uma lição... Nada será apagado e muito menos esquecido. Para quem viveu e conviveu ao seu lado, só nos resta recordar de todos estes instantes, escritos na mais bela poesia da vida. E numa simples prosa de despedida, tento amenizar um pouco a realidade, porém não contenho as lágrimas que brotam do vazio e deixo escapar - quase sem querer - esta minha mais nova saudade.




Dedicatória: Com este pequeno texto desejo homenagear aquela que tanto dedicou a sua vida aos seus filhos, netos e familiares, mostrando-se sempre guerreira e lutadora. Um exemplo de vida: a minha avó.
Depois de sofrer um derrame aos 82 anos de idade que paralisou toda a parte esquerda do seu corpo, ela lutou para sobreviver até hoje, a poucos dias de completar 90 anos de idade, em um mundo limitado pelas grades que cercavam a sua cama.


"Faça das pessoas que você ama, o alimento para se manter vivo. Caso contrário, viver será apenas um longo caminho de amarguras até a chegada de nossa morte"

(Marcel Agarie - 22 de abril de 2003)
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