Os passeios de luz
Paulo Nunes Batista*
Literalmente: a luz passa e passeia
Nas calçadas do mundo, nas calçadas
Das ruas e avenidas asfaltadas.;
Nos caminhos de terra, pedra ou areia.
A luz na asa lucífera clareia
As vias de águas doces e salgadas.;
Deixa as coisas da vida iluminadas,
Sorrindo em tudo, assim, de graça cheia.
A luz, dançando em trilhos e veredas,
A embelezar o chão das alamedas,
Nessa pletora de felicidade.
Em canções irisadas, canta e passa,
Ungida toda da divina graça
De ser espelho da felicidade.
(*) Nascido em João Pessoa-PB, 02/08/1924, poeta e escritor paraibano radicado em Anápolis-GO, é autor, entre outros, dos livros: Canto Presente (1969), Cantigas da Paz (1971), A Caminho do Azul (1979), De Mãos Acesas (1981), ABC de Carlos Drumond de Andrade e Outros Abecês (1986), O Sal do Tempo (1996), O Vôo Inverso (2001) e Alguns Poemas (2003) – poesia-.; Anápolis em Tempo de Música (parceria com Jarbas de Oliveira, 1993) – ensaio.; e Chamego, o urubu (1997) – contos.
Bacharel em Direito, repentista, cronista e jornalista, escreve na imprensa do Brasil e Portugal desde 1940. Em 1944 representou o Brasil nos Encontros de Improviso em Lisboa. Membro da Academia Goiana de Letras (Cadeira no. 8), Membro-Correspondente da Academia Paraibana de Letras, Sócio-Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e de outras entidades culturais. Consta de antologias e é citado por diversos autores.
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