A GREVE
Não perdi a minha dignidade,
fiquei com ela, mas, procurei
fazê-la luzir entre os companheiros
e companheiras mais do que a luz do sol.
Desceu-me n alma a necessidade de reacender
meus valores, lutar pelos meus direitos, nossos
direitos, e a vida correu sobre mim em guerra.
Agora sou um guerreiro, somos guerreiros!
Confesso: senti desânimo!
Mas como nem tudo no caminho são flores, procurei então me fortalecer na fé dos guerreiros que pouco-a-pouco foram saindo do anonimato e se tornaram verdadeiros companheiros e companheiras.
Aconteça o que acontecer: somos vitoriosos!
Por que a força da greve está na união, no fortalecimento das mãos que se dão, e na unidade da luta dos trabalhadores.
É que nesta greve eu cheguei a ser um, a ser dois, a ser três, a ser quatro... agora sou um coletivo!
A greve, ela vai além das cercas de intransigências que nos cercam, por que não podem prender nossas vontades, pensamentos e realizações.
A assembléia dos trabalhadores que determina a greve: é soberana!
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