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Poesias-->A Roda -- 13/10/2004 - 16:34 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Envolvido na música viajei num arranjo de pensamentos, que afloraram a minha emoção.Fui além dessa selva solitária, que é a cidade.Busquei na idade a vida que vivi na infância e senti saudade.

Saudade, vaga saudade de uns certos valores, que hoje se trocam por capitais.

Segui os olhos à janela, que flertava o horizonte e um pássaro bailava, solitário no azul da liberdade, como a fazer sonhar, a desprender a alma desse chão de miséria, dessa pilheria

As horas, sem perder o tempo, me enclausuravam na verdade, que não consigo parar de enxergar...

O homem, o homem perdendo o vôo da razão, colocando em suas necessidades coisas, tantas coisas, coisas vãs.

A futilidade que a sociedade habita, o egoísmo que se registra faz de todos nós cumprisses, culpados dessa desordem, tão responsáveis pelo genocídio social, quanto o fim desse caos.

Pessoas são mortas, por falta de escolas,

Pessoas são mortas, por falta de emprego,

Pessoas são mortas, pela violência,

Pessoas são mortas, pela falta de insistência,

Pela incapacidade absoluta, pela inexistência de luta.

Pessoas como nós, a todo instante morrem de frio e de fome. E nós no meio das coisas rimos ao infinito, dormimos esquisitos e ainda aplaudimos, o que não conseguimos, muitas das vezes entender.

A vida por si já é dura.

A cada dia, erguemos os nossos muros, manifestamos os nossos apuros, mas na cadencia de nossos verbos, independente de outros, queremos nos proteger, sem nos mexer e acabamos por formar nas esquinas verdadeiros marginais, que sediam ao futuro, os crimes de desiguais.E acabamos todos rangendo os dentes, nesse purgatório.

Não precisamos usar o retrocesso,

Não precisamos do olho por olho,

Não precisamos sair nas ruas com bandeiras, após uma tragédia, não precisamos chorar...sangrar, ou tornar-se a sensação desse inquérito nesse imenso auditório.

Basta reparar na música da feira, basta sentir o ar, deixar a água da chuva molhar o corpo, olhar um luar, ver a alma através dos olhos...chorar, rir e brincar.Fazer do dia não uma guerra, mas uma paz intensamente necessária.Amar, amar com toda a sua intensidade.Viver como se a todo o segundo, fosse o último dia na terra.Dar e receber uma flor.

06.01.94

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