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Teses_Monologos-->Perdendo o Perdido -- 12/12/2002 - 12:12 (Marcel de Alcântara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não foi agora que você disse...
Não foi ontem, nem semana passada, mas ainda ouço o som de cada palavra e é triste não escutá-las novamente.
Tentei musicá-las para poder sentir um pouco daquelas doces e carinhosas vibrações que acariciavam meus ouvidos, impossível... impossível...
Está tudo tão diferente, será que sou eu que mudou ou você está mesmo mais distante? Talvez nós dois?
O ano vai acabando e vou deixando células mortas para trás... Lágrimas que evaporaram não voltam mais, o coração que bate nunca é o mesmo e a cada dia acontecem imperceptíveis transformações. Mas não quero perdê-la! Não quero perder o que já está perdido?
A sensação é a de uma contagem regressiva, inevitável, atordoante.
Então o primeiro oi foi o começo do adeus?
Pensando bem, na vida os encontros resumem-se a constantes despedidas, uns vão mais cedo, outros, um pouco depois...
Vou jogar uma garrafa no mar, dentro vai uma mensagem para todos os solitários: "Um dia nos encontraremos".
Essa garrafa percorrerá todos os oceanos, pois na verdade, todas as pessoas essencialmente estão sozinhas, (apesar das mãos invisíveis que as afagam) e é preciso saber conviver com isso.
Costumo observar a rua apinhada de gente e às vezes sinto compreender o imponderável, por uma fração de segundo isso é possível... À noite as ruas estão vazias e não há quase ninguém no palco, mas os atores dormem e quem sabe, todos estejam juntos em outro lugar?
Aqui, nada é nosso, ninguém é de ninguém e tudo nos é concedido a título de empréstimo, apenas a alma nos pertence eternamente...
E você, onde está agora?
Mesmo que um dia nos afastemos de vez, compreendo que ninguém perde o que não tem, mas sempre guardarei o seu carinho, até o reencontro.

Marcel de Alcântara




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