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Cronicas-->Os campeões e suas derrotas! por Roberto Shinyashiki -- 13/04/2003 - 02:10 (Linda Cidade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O triste da vida não é ter problemas ou derrotas. O triste da vida é ser medíocre. É não errar pelo simples fato de nunca ter tentado.

Por Roberto Shinyashiki*

"Errei mais de nove mil arremessos na minha carreira. Perdi mais de 300 jogos. Em 26 ocasiões, acreditaram que eu ganharia o jogo no arremesso decisivo e errei. Fracassei, fracassei muito na minha vida. E é por isso que eu sou um vencedor."

Sabem de quem é essa frase? Ninguém menos do que Michael Jordan, considerado o melhor jogador de basquete de todos os tempos. Hoje, cada vez mais, as derrotas vão fazer parte da rotina de todos, seja no esporte ou no jogo real da vida.

Um campeão sabe disso. Ele não gosta de perder, mas tem sangue-frio suficiente para não entrar em desespero nos momentos mais difíceis. Ao contrário, tem sabedoria para aprender com os erros e, principalmente, não jogar as responsabilidades sobre outras pessoas ou qualquer motivo que sirva de justificativa para seu fracasso temporário. O verdadeiro campeão sabe ser tão grande nas derrotas quanto nas vitórias. Não abaixa a cabeça com os erros e entende que eles fazem parte do jogo.

No ano 2001, Guga foi o tenista número 1 do ranking da ATP. O mundo todo curvou-se ao talento e garra do nosso jovem campeão. Mas sua caminhada não é somente recheada de vitórias. No inicio de 2002, problemas físicos levaram-no a uma cirurgia e o difícil retorno. Muitos se preocupam com suas derrotas e pensam que o campeão esta acabado. Nada disso. O campeão pode ter ficado ferido, mas não acabado. É assim mesmo: problemas são coisas da vida de um campeão. Mas tenham certeza de uma coisa: para ele e o seu técnico, Larri Passos, todos os desafios só os motivam a levantar mais cedo para treinar.

Lembram-se do Ronaldo Fenómeno e a sua queda dramática com os ligamentos do joelho rompidos? Ele teve a coragem de enfrentar e superar essa lesão para renascer na Copa do Mundo e ajudar o nosso time a conquistar o pentacampeonato.

Todos esses exemplos são importantes para que se faça uma reflexão: chega de fazer drama quando se perde uma partida, um negócio, um cliente ou um bem material! Não estou dizendo para comemorarmos derrotas, mas para sermos mais compreensivos com elas, aprender com as dificuldades e torná-las fontes de motivação para novas vitórias e conquistas.

Ao observar o grande Oscar jogando basquete notamos que, em diversas vezes, ele começa a partida errando, mas continua arremessando, ao contrário de outros que, quando erram, perdem a moral. Sua explicação para esse comportamento: "Continuo porque sei que, a partir de um momento, a bola vai começar a entrar". E a bola entra mesmo.

Outro exemplo emblemático é do nosso presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Quantas eleições perdeu até conquistar uma das mais expressivas votações da história da democracia em todo o mundo e ganhar o direito de subir a rampa do Palácio do Planalto? Perdeu uma eleição para governador e três para presidente. Ao invés de baixar a cabeça ou até desesperar-se com as derrotas, ele soube aprender com elas para buscar o seu grande objetivo.

No currículo de um vencedor, com certeza encontraremos algumas derrotas, assim como algumas vitórias também farão parte da vida de um fracassado. O triste da vida não é ter problemas ou derrotas. O triste da vida é ser medíocre. É não errar pelo simples fato de nunca ter tentado, nunca ter ousado. Todos nós estamos em constante disputa. E aqui vale a sábia lição expressa na frase síntese do ideal olímpico: "O importante é competir". Somente serão vencedores os que souberem competir, ou seja, os que tiverem capacidade de extrair lições de suas derrotas, pois sabem que elas serão temporárias. Os que se abatem com as derrotas nunca terão condições psicológicas e emocionais para dar a volta por cima.

Nunca confunda derrotas com fracasso, nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão vão acontecer derrotas da mesma forma que na carreira de um perdedor vão ter algumas vitórias. A diferença é que o campeão é humilde nas derrotas e tem a coragem de enfrentá-las. O pior na vida não é perder, mas sim não ter a coragem de ousar! Talvez nesse momento da sua vida, você esteja curtindo a dor de uma derrota. Lembre-se de aprender as lições dessa dificuldade para mobilizar a sua força interior e renascer das cinzas para novos vóos e vitórias.

*Roberto Shinyashiki é médico psiquiatra, com pós-graduação em Administração de Empresas (MBA USP), escritor, consultor e presidente da Editora Gente e do Instituto Gente.
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