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Artigos-->Pra quem são os inventos do séc. XXI, Marc Fortuna? -- 12/07/2002 - 09:31 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A revolução técnico-científica na modernidade estabeleceu uma espécie de “camisa de força” da qual nenhum homem pode escapar, dado que os problemas do quotidiano não se resolvem sem que, de algum modo, a tecnologia esteja envolvida.

O que diríamos de um cidadão que, em pleno século XXI, tentasse curar um câncer apenas bebendo chá de ervas medicinais? Ou de outro que quisesse se comunicar com um parente distante, usando um pombo correio pra enviar a mensagem?



Certamente não aprovaríamos tais atitudes, em face da “camisa de força” criada em torno da vida humana pelos avanços tecnológicos, que nos obrigam a adotar mecanismos modernos na satisfação de nossas necessidades.



A principal característica do avanço tecnológico sem dúvida é a velocidade. Usando os dois exemplos citados há pouco, é fácil percebermos como a ciência conseguiu diminuir fabulosamente a distância entre as necessidades humanas e a satisfação delas, os problemas e suas resoluções, os desejos humanos e seus objetos. E, é óbvio, a distância física entre os homens.



Tecnologia é o termo que designa o conjunto de técnicas de que se utiliza o homem para resolver seus problemas, e pode ser analisada historicamente tendo como parâmetro o avanço do conhecimento humano que permitiu a descoberta de novas formas de se chegar à resolução das mesmas questões que cercam a vida dos homens em todos os períodos da História.



Antes de a ciência definir que o câncer é o aumento descontrolado de células doentes, estrangulando e matando as sadias, nenhum homem sobrevivia à doença em razão da total ineficácia de qualquer tratamento. Mesmo com a descoberta da radioatividade como instrumento eficaz no tratamento de câncer, a radioterapia e a quimioterapia trouxeram efeitos colaterais gravíssimos, muitas vezes acelerando a morte do doente, porque além das células doentes, matavam muitas sadias. O raio lazer vem a ser a mais nova e eficiente arma da ciência contra o câncer, uma vez que destrói com precisão as células cancerígenas, sem destruir grande número das não doentes.



Igualmente, hoje quem quer se comunicar com alguém distante, consegue estabelecer contato quase que imediatamente. Bem diferente do tempo em que um mensageiro levava dias pra entregar uma correspondência, em segundos posso ouvir a voz de quem está a milhares de quilômetros daqui. Aliás, já há celulares que permitem vermos a pessoa com quem falamos.



Nem todas as sociedades, contudo, e nem todos de uma mesma sociedade têm acesso às conquistas da ciência. Daí que não há como festejar ingenuamente tantos avanços, tantas descobertas, a revolução técnico-científica, quando concluímos que, por conta desse processo globalizante e excludente da economia, muitos homens estão à margem dos benefícios dessa revolução, à mercê das contingências de fragilidade que caracterizam a existência, como os milhares de africanos que morrem de fome, exatamente porque até eles não chegou, e nada indica que chegará, o vento bondoso da Ciência que acaricia o rosto feliz dos ricos deste mundo...

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