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Contos-->ENXAQUECA -- 17/11/2003 - 17:10 (Hilton Görresen) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A palavrinha enxaqueca me deu alguma dor de cabeça. Eu explico: minha mãe era costureira, passava o dia inteiro debruçada na Singer para dar conta do serviço. E adivinhem quem era o encarregado de fazer entrega das roupas às madames? Embrulho nos braços, mil recomendações, lá ia eu compenetrado a entregar as encomendas. No caminho, dava algumas paradas para jogar futebol ou bolinha de gude. Às vezes, esses inocentes jogos acabavam em briga. Ou apareciam garotos de outra turma e o pega era inevitável. Não preciso dizer o trabalho que passava para conservar intacto o embrulho. Na maioria das vezes chegava ao seu destino em estado deplorável, o que me valia ainda uma descompostura da freguesa. Foi numa dessas vezes, entregando a encomenda da mulher do Sr. Juiz, que ouvi pela primeira vez a esquisita palavra.
- Dona Fulana, vim entregar seu vestido.
- Entre aqui, meu filho, vem pegar uma balinha.
Balinha? Eu não estava mais na idade de chupar balinha. Me amarrava era na filha dela, mas um playboy da cidade me passou a perna. Natural, eu só tinha uns doze anos, ela já passava dos vinte.
- Vem cá! Estou com uma enxaqueca terrível.
Enxaqueca! Que palavra esquisita! Só podia ser coisa da mulher do Juiz, com aquela pose toda. Bem feito, pensei.
A mulher estava de camisola, a cabeça cheia de bobs. Esparramou-se numa poltrona e falou: me ajuda aqui, olha só como está quente – e colocou minha mão em sua peitarrama. Depois, pegou a mão e colocou na...digamos...mais embaixo. Estava mais quente ainda. Nossa, como a mulher estava mal! Mas parece que deu resultado, porque dali a pouco ela apertou bem minha mão, deu um gemido e sentiu-se aliviada.
Chegando em casa, antes que a mãe perguntasse, como sempre fazia, se eu havia entregue direitinho o embrulho, fui gritando da porta: mãe, a mulher do juiz está com enxaqueca entre as pernas!
- Enxaqueca entre as pernas? Não pode ser!
- Mas não se preocupe. Eu já curei ela!
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