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Poesias-->Pesadelo -- 15/08/2004 - 01:20 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nada vejo além da minha sacada

Senão a escuridão da madrugada

De uma rua sem lua sem nada

Despida sem vida nua apagada

A cidade dorme está cansada

Algumas sombras assombradas

Sobre as paredes projetadas

Um vulto em longas passadas

Estranho não deixa pegadas

Folhas que voam açoitadas

Pelo vento sobre as calçadas

Com medo de tudo e do nada

Resolvo enfim dar uma olhada

Ao longe sonoras gargalhadas

Latidos nervosos da cachorrada

Cachaça aberta na encruzilhada

Rua sem saída e sem entrada

Foi uma longa caminhada

Até o início da alvorada

Sinos com suas badaladas

Anunciando a chegada

Da luz que estava apagada

Acordo de uma grande noitada

Que tivera a noite passada

Felizmente uma noite sonhada

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