Elas não respondem
por mais louca que eu possa estar,
por mais que eu queira tentar
sigo em minha sina,
as paredes não podem escutar
nas frestas se escondem,
no silêncio que alucina.
Minhas únicas companheiras
que envolvem em labirinto
fecham-se como um laço
atam-me inteira
e já nada mais sinto
na dor derradeira
da falta do teu abraço
Nada mais falo, sozinha...
acompanha-me a dor
e, este vazio,
que faz do tempo uma eternidade
e a tristeza tão minha
inunda como a um rio
com lágrimas de saudade
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