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Contos-->PRIMEIRO DIA NO INFERNO -- 28/10/2003 - 11:30 (Caixa do Pregão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Tem algo nos bolsos?

- Sim.

- Então esvazie-os.

- Anote aí Silva! Uma carteira de cigarros, sete reais e um cartão telefônico. Anotou?

- Anotei Diretor.

- Então leva esse bosta pro chiqueiro que ele só vai ver estas coisas daqui a cinco anos. E vai providenciando a injeção do escroto que eu quero ver ele logo mansinho, mansinho.

- Sim senhor. Vamos menininha, de agora em diante vai ser assim que vão te chamar.

O carcereiro conduzia Raimundo a cela, condenado a pena de castração química mais dez anos de reclusão por crime de estupro a uma criança ou menina (como queiram), virgem de doze anos.

- Aí pessoal!!! mais uma bonequinha pra vocês se divertirem.

- Põe ele aqui!!! põe ele aqui!!! ( gritavam os presos.)

- Divirtam-se senhores, este é do tipo que fóde com criancinhas.

Dia seguinte Raimundo é levado a enfermaria com várias escoriações, principalmente no rosto e nas costas. Foi o seu primeiro dia no inferno. Chegara desacordado e banhado em sangue. Dias depois já impotente, Raimundo estava no pátio tomando banho de sol quando um cara interrompeu o seu pensamento sombrio.

- Vejo que está melhor! Disse o cara parado a sua frente. Raimundo franziu a testa levantando as pálpebras, olhou o sujeito e continuou sombrio.

- Sinto muito cara mas obrigado. ( e seguiu.)

Raimundo não entendeu e colocou-se a pensar mascando fumo. Depois de algumas semanas na fila pra pegar a gororoba, Raimundo puxou assunto com o tal cara.

- Por que me agradeceu naquele dia?

- Você livrou minha pele.

- Livrei sua pele?

- É... quando chega um novato livra a pele do outro. Os pêsames foram porque seu carma vai continuar até que um outro estuprador entre aqui. Pode ser amanhã, depois ou daqui um ano, sei lá.

- Você também pegou 213?

- Peguei! Mas não estuprei ninguém!

- Sei... é o que todos falam.

- É sim, é verdade cara! Se existe Deus no céu o que duvido, eu juro. Foi uma puta que me pôs aqui. Saímos, ela com um vestido deslumbrante de parar o trânsito, bebemos altos drinques, conversamos praticamente a noite toda aí fomos prum motel. Depois a puta veio com papo de estupro. A rapariga ainda teve orgasmo bota fé? Já tem um ano que eu to aqui, fudido e sem pau. Foi logo quando a lei de castração entrou em vigor. Era época de eleição, acho que os desgraçados estavam querendo ganhar votos mostrando serviço.

- E você?

- Eu? Ah... sempre gostei de tirar cabaço de menininha.





Bsb 02 de agosto de 2002
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