Vai morrer em mim a noite
Nas cordas de plácidos
Violões enluarados
Castigadas cantorias
Soltas, nuas, sem prazer
Atornando indicativas
Esfumaçados esboços
De cada olhar teu, pássaro
Em ti, ciranda de pele
Mudando a cada estação
Teu carinho cabisbaixo
Entrelaçado às estrelas
Se esvai fugaz do pomar
Plantado na tua face
Véu de musa, impaciente
N adega d alma, retido
Vaga de melancolia...
Tua distância a me tocar
Entrego ao violão meu Sol
Evadindo tua lembrança
Cigana de mil silêncios
Cavouco, entorpecido
Meu nicho, entre galáxias
Cadente, feito teus cílios |