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Poesias-->Correntes -- 16/07/2004 - 16:38 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou só...E não há lugar no mundo que eu me sinta acompanhado.

Não há uma palavra que me deixe aliviado.Não há uma cor.

É uma dor, que qualquer alma penada, por si, não condicionaria esse mal a uma outrém.

Não há o que sorrir.A voz fica presa e os olhos vidrados, catatônicos...letárgicos.

É um fim, cujo sabor a boca amarga e a cabeça,mergulhada num emaranhado de nós, parece explodir latejando lentamente.

Procura-se portas,mas não há saídas.Procura-se ar, mas não há oxigênio. Procura-se a luz, mas é a escuridão que não te abandona.

Enclausurado nesse submundo, procuras ouvir no silêncio desse absurdo, o ranger da realidade, procuras falar a verdade, mas o pulso.O pulso que pulsa é de um coração atormentado.

Falta-lhe fé no que tem de pecado.

Falta-lhe amor no que tem de descalabro.

A noite em dias é vazia,é um deserto que a morte imagina para nossas culpas.Enquanto tudo ao redor desaba.

Estou só...E tudo o que construi foi feito em terras, por isso se acabou.



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