Os povos se congregam num espaço físico definido. Essas fronteiras geográficas, quando estabelecidas historicamente, querem dizer que naquele espaço habita um povo com identidade própria, com traços culturais que lhe são únicos, específicos, uma nação. Essa nação demanda governantes que mantenham a harmonia e a paz entre os homens que a formam, no plano interno, e os defendam dos ataques de povos inimigos, no externo. Esses governantes, a priori, são aqueles que preenchem alguns requisitos fundamentais para uma liderança segura, produtiva e eficaz, como inteligência, sobriedade, capacidade de enfrentar e contornar as crises internas e externas. Além de sempre procurar fazer bons negócios para o seu país.
Esse é o esboço geral do papel da política, financiada pelo dinheiro dos ricos, na vida de um povo.
Ora, não podendo um país sobreviver isolado no mundo, ele precisa estabelecer relações com outros povos, a fim de negociar, trocar, firmar parcerias comerciais e também militares, para a defesa dos pontos comuns de suas relações.
Nenhum país pensa no bem estar de outro sem antes e prioritariamente pensar no seu próprio bem estar. Essa vontade dos governantes é o eco dos desejos individuais. Portanto, aquilo que um governo realiza no plano externo, é exatamente a expressão da vontade de cada indivíduo quando pensa em suas necessidades básicas: roupas, remédios, alimentação, segurança, etc.
Por isso é perfeitamente cabível (não aceitável) o comportamento de um indivíduo como Ted Nugent, que, traduzido aqui na USINA por Milla Kette, vociferou toda sua compreensão de como devem ser tratados os que não são iguais, as minorias, os latino-americanos, os drogados, as mães solteiras, os negros (que, aliás, nos EUA não são minoria a não ser no sentido sócio-político do termo).
O que não é cabível é que uma pessoa supostamente lúcida, atribua à esquerda nacional absurdos de intolerância como os defendidos por Ted.
A forma como ele trata os que fogem ao modelo de estado e comportamento (ser e estar) que sua mente perversa e intolerante elegeu como ideal, por isso o único aceitável, é a perfeita tradução de como seu país trata as nações pobres do mundo, sempre visando seus interesses imperialistas.
Se a chamada esquerda nacional é burra, então não há adjetivos no mundo que possam revelar quanta inteligência falta em Ted Nugent e Milla Kette!