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Erotico-->1. A MINHA FAMÍLIA -- 23/06/2003 - 05:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Meu nome é Cláudio. Tenho trinta e dois anos. Sou casado com uma jovem a quem amo, Ana Paula, que me deu dois filhos lindos: Lucas e Mateus. Quando nos casamos, eu tinha vinte e dois anos e Ana, vinte. Nós éramos muito novos e precisávamos muito um do outro, porque ambos perdemos os nossos pais muito cedo.

A nossa história de amor não contém muitos lances dramáticos. Conhecemo-nos na faculdade, quando cursava o último ano de Administração de Empresas, enquanto ela estava apenas se habilitando para o curso de Farmácia.

Foi um encontro casual no ônibus mas tudo agora me parece haver sido combinado por nossos anjos da guarda, porque, naquela tarde, o meu carro ficou na oficina e eu precisava muito ir fazer uma prova.

Assim que entrei no ônibus, ela também entrou mas, quando foi passar pela borboleta, a linda mocinha verificou que haviam tirado todo o dinheiro da sua bolsa.

— Pelo amor de Deus, disse ela em voz alta, alguém pode me ajudar?

Eu logo me prontifiquei, porque vi que estava realmente aflita.

— Não se preocupe. Eu pago a passagem.

Ela mal me olhou e agradeceu:

— Deus lhe pague!

O ônibus estava cheio mas deu para nos acomodarmos juntos, eu dando proteção a ela, quando algum passageiro passava esfregando-se na gente.

Eu sentia que ela não gostava da proximidade das pessoas e fazia de tudo para evitar que alguém relasse nela. Eu mesmo guardei distância e pude defendê-la dos mais atrevidos.

Aos poucos, o ônibus foi esvaziando e pudemos sentar lado a lado. Ela estava muito nervosa e aproveitou para remexer na bolsa, a ver o que estava faltando. Tinham levado a carteira com o dinheiro e com os documentos.

Então, ela me disse:

— Meu tio sempre me pede pra tomar cuidado nos ônibus. Por isso, os documentos não vão fazer falta, porque eram em “xerox”. O dinheiro dava só pra ir e vir da faculdade. Ainda bem que não me levaram os tíquetes-restaurante.

— Como é seu nome? Eu me chamo Cláudio.

— Desculpe! Ana Paula. É que estou muito atrapalhada. O pessoal me dizia que os “bichos” eram... Chi! Dei um fora!

Esse foi o nosso primeiro contato. É claro que não me aproveitei do fato de ser caloura na faculdade. Eu mesmo não gostava dos trotes, porque fiquei muito bravo quando foi a minha vez.

Tornamo-nos bons amigos, passamos a freqüentar o mesmo restaurante e ir à quadra de esportes nos mesmos horários.

Foi assim que não olhei para nenhuma outra colega, as quais me cercavam de atenções, até que um dia apareci com uma aliança.

Ana Paula me achava muito simpático mas nunca me disse que era bonito. Era jovem e saudável, de forte tez morena, porque tomava muito sol, já que meus irmãos mais velhos é que dirigiam os negócios. Mais tarde, dois anos depois de me haver formado, quando nos casamos, eles me deram de presente a direção de uma das lojas e me estabeleci no ramo dos materiais de construção.

Permiti que Ana Paula terminasse o curso. Ela mesma, porém, decidiu que deveria cuidar da casa, porque o que eu ganhava era suficiente para manter com muito conforto uma família de dez pessoas, deixando a faculdade ao final do quarto semestre.

Preciso dizer que construí, a preço de custo, uma bela residência? Pois os meus irmãos, um deles engenheiro civil e outro advogado e dono de imobiliária, facilitaram a aquisição do terreno e a aprovação do plano de construção do sobrado, onde nos perdíamos os dois nos primeiros tempos em que para lá nos mudamos, carregando no colo o nosso Lucas, hoje com oito anos, enquanto dava pontapés na barriga da mãe o Mateus, agora com seis.

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