É hora de balanço. Balanço em verde-amarelo.
Repensando os últimos trinta dias vividos no Planeta Terra – ou Planeta Bola ? – no evento esportivo da 17ª Copa do Mundo.
O futebol, uma invenção inglesa do final do século XIX, tem suas origens na Antiguidade, em várias civilizações e tempos diversos. Mas foi de lá, que o futebol foi se popularizando em todos os continentes, profissional ou de forma amadora e por lazer. Aqui, no Brasil, é, verdadeiramente, uma paixão nacional.
A Copa do Mundo de Futebol é realizada a cada quatro anos, desde 1930. Por conta da II Guerra Mundial, teve duas edições canceladas, naquela década de quarenta. E, a cada evento, jogadores e torcidas compartilham sonhos e frustrações, na disputa da taça, de fama, de dinheiro e de alegria.
Nesta Copa de 2002, percebi algumas peculiaridades.
O amor pátrio, o orgulho de ser brasileiro, o usar e abusar das cores nacionais, o cantar o hino se refletiam no cotidiano de pessoas de diferentes idades e condições socio-econômicas.
A cobrança da torcida de 170 milhões de brasileiros - técnicos natos – das etapas classificatórias e anteriores ao início do torneio, foi dando lugar à confiança, ao respeito. A obrigação de vencer cedia lugar a alegria de cada bom desempenho da seleção nacional, nem sempre tão convincente....
A atuação e o reconhecimento dos jogadores – individual e no coletivo. Uma humanização dos profissionais sem a preocupação de mitificá-los. E, especialmente, a referência de um nordestino – Rivaldo – quiçá o melhor jogador desta Copa.
O horário dos jogos, devido ao fuso horário, permitiu uma versão mais família, para nós, brasileiros. Talvez, contribuindo para reduzir excessos nas comemorações e contendo índices de violência e acidentes.
Do outro lado do mundo, quanto exemplo a seguir: organização, respeito e carinho às torcidas. Talvez por esses e outros valores, tradicionalmente, tão presentes na cultura oriental.
Hoje, na decisão do 3º lugar, que belo gesto! Vencidos e vencedores, literalmente, dividindo entre si, tristezas e alegrias. Irmanados pelos ideais esportivos... quem dera, que fossem permanentes...
E, faltando poucas horas, as seleções de dois povos, de histórias tão diferentes, estarão vivenciando e proporcionando emoções. Quisera que, o placar seja verde e amarelo. Para alegria de seu povo, que confessando superstições e buscando superações, não esqueceu seu dia-a-dia, a luta pela sobrevivência.
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