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Erotico-->23. ANUÊNCIA -- 20/06/2003 - 07:24 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não precisou de muito tempo para acatar a idéia de que estes escritos possam fornecer excelentes elementos para a reflexão dos encarnados, não tanto pela fluidez do relato nem pela perfeição dos conceitos nem, ao menos, pela novidade dos temas, mas, dizia-nos, pela proximidade psicológica com as pessoas que não têm certeza da destinação da vida.

Julgou os dizeres muito complexos, até mesmo quando traduzimos em estilo livre indireto as falas ou pensamentos. Considerou que o médium deveria decifrar algumas expressões com muita dificuldade e quis avaliar como é que os capítulos estavam sendo transpostos para a linguagem humana, mui particularmente para o português.

Nesse ponto, lembrou-se de que não falava absolutamente nada em inglês e que pouco estudo tivera, conquanto, em outra encarnação o fizera correntemente. Aliás, inclusive a língua do berço lhe provocara problemas, quando se lembrava dos arrevesados de antanho. Seria a falência da tese do conhecimento inato?

Não lhe foi difícil perceber que cada pessoa possui personalidade distinta, sendo mais fácil para uns que para outros assimilar conhecimentos em todos os campos. Não quereria isso dizer que as pessoas que melhor aprendessem tivessem cabedal mais substancioso, senão que teriam maior facilidade de filtrarem do perispírito para o processo cerebral de encarnados os elementos necessários para a utilização em momento oportuno.

Curioso, quis saber se havia deficiências de entrosamento entre o perispírito e o corpo denso da matéria, a promover maior ou menor filtragem. Ouvira dizer que as criaturas mais precoces teriam incríveis fissuras nos tecidos cerebrais, de modo que seriam capazes de ler diretamente nas ondas perispirituais.

Sem querer transformar estes apontamentos em lições de espiritismo, podemos afirmar que lhe passamos a idéia de que as suspeitas eram perfeitamente cabíveis. Entretanto, não haveria que generalizar, pois a vestimenta carnal é bem capaz de conter ingredientes físicos, energéticos, vibratórios, celulares, bioquímicos ou de qualquer outra ordem, para facultar a aproximação dos neurônios de maneira ordenada, própria para o desenvolvimento das idéias e a fixação dos conceitos e dos conhecimentos.

Se quisesse mesmo saber, teria de avaliar como é que as pessoas conduzem o procedimento, em função da melhor aplicação possível desses dons, no favorecimento dos semelhantes, conforme a pregação cristã. Tudo se resume, finalmente, na moral evangélica.

Mas não nos esquecemos de trazê-lo perante o médium para verificar o trabalho de transmissão das mensagens. Impressionou-se, sobremodo, com os aparatos de que dispõem os integrantes da “Escolinha de Evangelização” encarregados da imantação, bem ainda com a facilidade com que se dão os ditados. Particularmente, intentou seguir a datilografia na tela do computador, imaginando como é que o cérebro do encarnado não se atrapalhava com tantos dados fornecidos em seqüência, ao mesmo tempo em que controlava, com segurança, os aspectos gramaticais.

Pedimos-lhe que lesse dois ou três capítulos já transmitidos, para assegurar-se de que não se justificavam os temores do outro dia.

Advertiu-nos para o fato de que alguns nomes se mantivessem dentro da realidade, mas não temeu a descoberta das identidades, uma vez que as personagens principais estavam devidamente camufladas através de nomes fictícios.

Interrogou-nos longamente a respeito de inúmeros fatos, buscando entender os liames psíquicos para o efeito das aparências, na contextura de realidade que seria absurda, se acontecesse exatamente da maneira pela qual lhe parecera na primeira oportunidade.

Sugerimos-lhe que evitasse comentar os aspectos pendentes de resgate, de forma que deveria restringir-se a um ou outro caracterizadamente técnico.

Quis saber sobre os processos de hipnose ou magnetização. Se eram semelhantes aos aplicados aos médiuns para a incorporação, intuição ou inspiração. Demos-lhe prática demonstração, levando-o a centro espírita, justamente no momento em que se dava a manifestação de espíritos obsidiados.

Em seguida, trouxemos um dos amigos em tratamento para pequena sessão de regressão, momento em que as diferenças de técnicas de imantação se evidenciaram. Contudo, duas observações seriam imprescindíveis naquela oportunidade. A primeira é que tais conhecimentos ficariam obscurecidos, se voltasse a freqüentar a companhia dos encarnados. A segunda é que não teria condições de aplicação, não sem antes passar por cursos de aperfeiçoamento no etéreo, o que só poderia acontecer depois da morte e se adquirisse merecimentos.

Lourival aproveitou o momento de lucidez para aprovar a divulgação da história, mas pediu para que nunca, durante a encarnação, pudesse suspeitar de que tais textos se referissem à sua pessoa, caso viesse a tomar contacto com a obra.

Fizemo-lo ver que dificilmente haveria publicação do relato, dado que o interesse dos encarnados por tais temas era muitíssimo restrito. Além do mais, sabíamos dos critérios utilizados para a editoração espírita, de forma que se tranqüilizasse quanto a tais aspectos mundanos. Por outro lado, não temesse a descoberta de algumas verdades, dentre as quais a mais importante era o despertar dos familiares para a possibilidade do suicídio, conforme ele mesmo tivera oportunidade de verificar durante a alucinação, quando as suspeitas seriam de Isabel em relação ao marido.

Por que não temeria? Porque o plano espiritual não no deixaria desamparado, mas forneceria muitos elementos para a descoberta das verdades, dentre as quais avultava o fato de que iria partir para as investigações relativas à adoção, o que terminaria por dar-lhe a idéia de adotar várias crianças. Mas estes seriam trabalhos futuros, que se delineavam agora, mas que precisariam de inúmeras confirmações relativas a eventos que os antecederiam. Se nem ainda havia recobrado os sentidos...

Ler na obra que poderia ser ele seria fato consumado, desde que a informação de tão longo coma permanecesse fiel à realidade. E isto era fundamental para o entendimento das providências da aplicação da hipnose e para os processos regressivos da memória.

Tivesse paciência, mas ainda lhe restava saber a razão de ter permanecido tanto tempo lúcido durante o coma, até que permitisse a atuação dos benfeitores. Não fora isso que lera na primeira suspensão do relato?

Lourival titubeou quanto a querer ou não saber as causas reais que o levaram a rejeitar o auxílio da primeira hora. Por certo (raciocinava pelo avesso), era porque não desejava a revelação das intenções de abandonar o campo da matéria.

Suavemente, deixou-se imantar, esperando despertar junto à esposa, para os competentes exercícios fisiológicos preliminares, para volver a utilizar-se dos membros.

Mas as surpresas psíquicas não haveriam de terminar porque assim o desejasse.

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