Caros usineiros, há uma guerrinha sendo travada na Usina entre dois respeitáveis senhores. Peço que os demais membros não se envolvam diretamente nela e continuem escrevendo...não importa o quê nem se tem pouca ou muita qualidade.
Liberem seus pensamentos, sejam honestos, sinceros; não busquem a promoção pessoal à custa da humilhação de outros. Não usem as pessoas como trampolins para suas promissoras carreiras literárias.
Tenham consciência de que estamos em um nação livre, de pessoas em plenas condições de manifestar com liberdade de discurso aquilo que crêem, amam, odeiam, aspiram, deploram, ignoram, desprezam... Enfim, somos livres.
Se há algo com que se preocupar, caros usineiros, é com a dignidade humana - essa sim não pode ser desprezada sob nenhum aspecto, por quaisquer pretextos, mesmo aqueles ocultos sob o manto da liberdade.
Essa afirmação não é contraditória. Um dos que contendem na guerrinha à qual me referi acima, adotou como pseudônimo o nome de Adolf Hitler, e no seu currículo faz referência aos judeus e negros como sendo aberrações da humanidade.
Em se tratando de uma brincadeira irresponsável de alguém cujas convicções estão sendo impressas subliminarmente em textos aparentemente inocentes ou extrovertidos, sem a intenção de afirmar sua concordância com a execrável ideologia nazista, pode-se até desculpar a irresponsabilidade. Se não, sendo exatamente o oposto, ou seja, exaltar o nazismo, cabe a todos os usineiros, em estado de alerta, não alimentar a fama de um possível fã daquele verme alemão, repudiando veementemente tais tentativas.
E terá êxito o combate indireto, com textos que acolham e respeitem os valores da vida humana - e não o ataque raivoso e grosseiro aos instrumentos de propaganda de quem lhe são contrários.
Um dia quem sabe teremos do nosso lado aqueles que antes nos combatiam.
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