Na cela escura,
Dividindo o silêncio,
Dividindo espaço...
Por ordem da lei,
Bebi a loucura.
Na cela escura,
Divididos por muros,
Ouvindo os gemidos...
Vivi em apuros.
Por ordem do rei me calei,
Mas transformei os meus medos
Em luzes puras.
Acredite quem quiser...tudo que foi contra mim, Nasceu de uma injuria,pois a casa pública,na sua boa intenção, fez do amor terraço de balbúrdia.
Um dia na cela,
Uma noite no inferno,
Um dia no paraíso,
Uma tarde de adeus.
Me vi tão só, mas me vi tão acompanhado, quando Os filhos do rei calaram os direitos diante dos meus olhos e me pediram para escolher...viver ou morrer.
Desse passo só o meu cadaço é capaz de dizer.
Não é fazer de conta, ou fazer diferente do que falou a boca,é se preservar dessa extinsão, dessa imposição que o sistema nos coloca.É se desigualar, dessa desigualdade que nos impõe miséria.
Um dia esse tempo passa, a gente vota, a sociedade muda,se consciêntiza, fiscaliza e trabalha para então sair as janelas, descer dos muros para comer as mesas fartas, com o riso satisfeito na cara, com os filhos ganhando independência nas escolas.
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