312 usuários online |
| |
|
Poesias-->O meu grito -- 08/06/2004 - 10:24 (MARIA PETRONILHO) |
|
|
| |
Tal como um raio revela
A solerte cobardia
Que perfidamente intenta
Emaranhar a lisura
Em jogos de alvar intriga
Mas o meu grito desvenda
O pérfido estratagema
Do calculista na sombra
Que o meu grito estraçalha
A caverna onde se acoita
A insensível luxúria
Rasgo a mudez do silêncio
E o meu grito se faz eco
E esse eco se faz canto
Alastrando no céu limpo
Verso à nítida brancura
O meu grito desabrocha
Em flor, borboleta que voa
Transluzindo na evidência
O isento esplendor da alma
Lisboa (Almada), 8/6/2004
|
|