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Artigos-->1050-1150 . História da Literatura do Médio Alto Alemão -- 26/06/2002 - 21:16 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Heinrich von Veldecke *1150 +1184.

texto



Original de Marcel Merling

Poemas áulicos, populares e líricos



O velho alto-alemão é o segmento mais antigo do Hochdeutsch (alto-alemão padrão, alemão-clássico). No início da Idade Média, escrevia-se formalmente somente quando se tratava de assuntos espirituais ou aristocráticos. A antiga literatura alemã e o idioma se desdobraram do seguinte modo: os primeiros escritos surgiram em 910, quando o período carleano possibilitou a germanização do mundo cristão e a Igreja centralizou a cultura. No auge da Idade Média, ocorreu a criação de uma grandiosa unidade cultural que resultou em expressiva tensão, não só entre o poder do Kaiser e o Papado, como também, entre os domínios profanos e religiosos. A formação da nobreza teve forte influência desse tempo. As Cruzadas promoveram um estreito contato entre as nobrezas européias e organizaram suas instituições culturais orientais. A poesia do médio alto alemão dessa época é essencialmente caracterizada pelas seguintes formas:

Poemas áulicos

Os poemas cavalheirescos da Corte surgiram em torno de 1140, quando os castelos dos nobres eram o centro da cultura e os cavalheiros começaram a escrever suas poesias, uns para os outros. Eles primaram por dar pureza e rítmo aos versos e, por consequência disso, criaram um ideal para se alcançar uma linhagem nobre.

O legítimo fundador da época cavalheiresca foi Heinrich von Veldecke (1140-1204), cuja obra Eneida foi escrita em torno de 1180. O que esse homem começou foi continuado por Hartmann Von Aue (1200) com suas obras ‘Erec’, ‘Gregorio’ e ‘O pobre Henrique’. O mais conhecido autor dessa época foi Gottfried von Strassburg (falecido em 1200), que ficou conhecido com sua obra Tristão e Isolda.

Poemas populares

Como segunda forma de poesia da Idade Média figuram os Poemas populares que tratavam das sagas alemãs. Apesar do nome, Poemas Populares, não se tratava de poemas do povo para o povo mas, sim, de obras escritas pelos nobres para os nobres. Fazem parte dos mais famosos poemas populares:

a. Poemas de Nibelung- Poema épico de autor desconhecido (Séc. 13)

b. Gudrunlid

c. Dietrich von Bern

Poemas líricos

A terceira fase da poesia do alto médio alemão foi a dos poemas líricos. O poema lírico dedicou-se às relações entre o homem e a mulher. O contéudo era constituído em sua maioria de mensagens amorosas e de diálogos entre damas e cavalheiros. Expressava a separação dolorosa entre amantes ou a morte de um príncipe. Cada artista lírico compunha seus próprios textos e melodias, cuja propriedade intelectual era rigorosamente observada. Os cantores tocavam violino ou rabeca ou, simplesmente, cantavam as canções. As canções líricas eram então muito apreciadas. Primeiramente, expandiram-se de boca em boca, antes que fossem registradas em tiras de pergaminhos. Nas canções líricas mais antigas (antes de 1175) a dama era a figura central. A partir de 1175, falava-se de canções líricas mais modernas, onde o cavalheiro era cortejado pela dama. O maior poeta lírico da Idade Média foi Walther von der Vogelweide, cujas obras mais famosas surgiram no auge das canções líricas. Esse autor foi o mais completo e o mais significativo lírico da Idade Média. Ele escreveu canções sobre as jovens, exaltando como genuínos a feminilidade e o encanto delas, e também versos e provérbios sobre questões políticas.

Dietrich von Bern

Nos tempos em que os germânicos viviam como senhores do Império Romano (Século III a V), governava a cidade de Verona, também chamada de Bern, o poderoso Dietrich, rei dos godos. Ele assumiu seu reino por herança paterna do rei Dietmar e foi educado por Hildebrand, um valente guerreiro, que o instruiu sobre todas as virtudes das lutas. Já se sabia, por ocasião do nascimento de Dietrich, que ele seria capaz de grandes feitos. Como sinal da verdade desse vaticínio deveria saltar fogo da sua boca, tão logo ele se enervasse. Quando essa previsão realmente aconteceu, todos acreditaram na futura fama de Dietrich. Com Hildebrand, o velho mestre das armas, educou-se o jovem guerreiro para aventuras, e afirmou-se na luta com Grim e Hilde, uma dupla de bandidos gigantes, que aterrorizava a região. Portava o jovem herói, desde então, uma arma invencível, a magnífica espada Nagelring, que habilidosos anões forjaram. Desde quando Dietrich assumiu o trono de seu pai, vieram de longe valentes heróis para Bern, a fim de servir à corte, pois sua fama ultrapassou os limites da pátria. Lá estava o forte Heime, que desde cedo não se preparou para o serviço das armas e teve que reconhecer a superioridade de Dietrich na luta. Também, o temido Witege tornou-se seguidor de Dietrich, apesar de ser considerado o mais forte de Bern com sua preciosa espada Mimung, herdada de seu pai, o ferreiro Wieland. Outros heróis vieram para Bern, a fim de medir forças com Dietrich. Entre eles estava o gigante Ecke que adquiriu urbanidade e hábitos sociais e que se esforçava para ganhar honrarias e fama. Três jovens princesas o instigaram à luta e uma delas prometeu sua mão a ele, se ele subjugasse o poderoso de Bern e lhe trouxesse sua cabeça. Ecke não encontrou seu adversário em Bern e não descansou até que o encontrou na floresta. Apesar da escuridão, Dietrich teve que se apresentar para a luta; e tão violenta se seguiu a contenda que o fogo que soprava dos seus elmos iluminou toda a arena. Finalmente, Bern conseguiu derrubar o gigante e, como Ecke pretendia matá-lo, conforme o combinado antes, Dietrich teve de matá-lo. Triste, Dietrich enterrou o valente adversário que ele havia derrotado. Ele ainda deveria se colocar à prova, em seguida, numa outra luta difícil, com Fasolt, o irmão de Ecke, e toda a família de gigantes que queria vingar a morte de Ecke. Então, dirigiu-se ele para o castelo das três princesas irmãs, a fim de levar-lhes a cabeça de Ecke, cuja morte elas promoveram.

Como protetor dos aflitos viveu Dietrich em Bern, ninguém mais lhe pediu ajuda em vão, e espalhou-se por todos os rincões a fama dos seus feitos. Um dia informou-lhe o velho Hildebrand sobre uma população de anões que habitava as profundezas da montanha e cujo rei Laurin, apesar de medir apenas três palmos de altura, era tão forte que ninguém poderia derrotá-lo. “Ele possui um jardim de rosas com um portão dourado”, informou o sábio mestre de armas, “e em lugar de muro cercou-o de fios de seda. Quem ousar rompê-los experimenta a terrível vingança de Laurin, pois ele toma as mãos e os pés sacrílegos como troféus." Então, Dietrich resolveu imediatamente partir com seus homens para medir forças numa luta com o rei dos anões, Laurin. Eles foram para Tirol e encontraram, também, o jardim de rosas. O perfume das rosas ia ao encontro deles, à medida em que penetravam a floresta. Witege foi o primeiro que adentrou pelo jardim e, descuidadamente, pisoteou as rosas. Enfurecido, arremessou-se contra ele o anão Laurin, armado de lança-dardos e espada, e o herói não pôde contê-lo, se não tivesse tido a ajuda de Dietrich. “Batei com o punho da espada”, aconselhou Hildebrand ao seu Senhor. Então, o rei dos anões tirou sua capa mágica e cobriu-se com ela. Invisível para o oponente, esquivava-se, golpe por golpe, dos açoites de Bern, importunando-o duramente. “Apertai a barriga dele e puxai-lhe o cinto!”, gritou bem alto o velho mestre de armas e Dietrich seguiu como sempre o seu conselho. Assim conseguiu ele dominar e jogar ao chão o terrível adversário pelo cinto, que tinha a força de doze homens. Então, Laurin pediu misericórdia, no que foi atendido; e, tendo convidado todos os cavalheiros para o seu reino, estes o seguiram pelo interior da montanha. A alegria predominava no reino do rei Laurin. Os hóspedes foram bem servidos e divertiram-se muito com canções e danças e conversaram sobre nobre jogos de lutas que o povo anão demonstrava conhecer. Mas, Laurin não se esqueceu da vingança que ele em silêncio contra os nobres havia jurado. Com uma bebida entorpecente deixou todos em profundo sono. Então mandou algemar os indefesos e lançá-los em um cárcere muito escuro. Sobre tal traição sentiu Dietrich, quando acordou do seu sono profundo, uma indomável fúria. Chamas saltavam da sua boca e queimaram as algemas. Assim, ele ficou livre e pôde livrar das amarras os seus companheiros. Porém, não era possível aos heróis abrir o cárcere. Dietleib, companheiro de arma de Dietrich, estava preso em uma cela especial. Sua irmã Künhild fora sequestrada na floresta pelo rei Laurin que queria esposá-la. Künhild que nada mais desejava a não ser livrar-se do rei Laurin, libertou o irmão e trouxe-lhe armas. Pouco tempo depois, Dietleib libertou Dietrich e seus companheiros dos seus cárceres. Em vão, armaram-se os anões aos milhares. Foram abatidos pela força dos heróis. O Rei Laurin foi aprisionado e Dietrich pensou em matá-lo, por causa da sua traição. Mas Künhild, Dietleib e Hildebrand pediram misericórdia por ele, no que foram atendidos. Ele levou o rei dos anões consigo até Bern.Mais tarde reconciliou-se com Laurin e mandou-o de volta à montanha.

Sigfrid e Kriemhild na corte dos Worms

Às margens do Reno, na terra da Borgônia dos Worms, reinava Gunther com seus irmãos Gernot e Giselher. Eles tinham uma irmã, chamada de Krimhild, que vivia com sua mãe, Ute, na corte. Muitos heróis cortejavam a bela Kriemhild; porém, ela recusava a todos, pois jamais quis experimentar o sofrimento por causa do amor, como um sonho havia lhe anunciado. Entretanto, vivia em Xanten, no Baixo Reno, Sigfried, filho do rei Sigmund. Ainda adolescente, o jovem herói já ganhara fama de homem forte e audaz nos seus feitos. Ele havia abatido um peçonhento dragão com o qual lutara e, banhando-se no seu sangue, ficou com sua pele calcificada de tal modo que nenhuma arma podia feri-lo. Dos povos anões de Nibelungen ele conquistou um incomensurável tesouro em ouro e pedras preciosas e, nessa luta, ele capturou uma capa mágica, que o deixava invisível, além da esplêndida espada Balmung. Quando Sigfrid ouviu falar da bela Kriemhild, não demorou muito na corte do pai. Com doze companheiros de luta, partiu para Worms, am Rhein, a fim de tomar a bela jovem como sua esposa. Quando chegaram ao castelo do rei, ninguém sabia nem do séquito de Gunther, nem dos homens, nem do comandante. Então, o rei Gunther mandou chamar o viajado Hagen, pois ele não sabia quem eram os recém-chegados. “Quero saber quem é Sigfrid”. Finalmente, ficou sabendo de Hagen: “Herói dos Países-Baixos, o que abateu o rei dos pigmeus e que se apossou de Nibelung. Aconselho que o recebamos bem. "Com honrarias foram recebidos os hóspedes e Sigfrid ficou um ano na corte dos Worms. Mas, sem chegar a ver a bela jovem, por cuja causa ele viera. Kriemhild, entretanto, observava-o dissimuladamente da janela do seu aposento, quando o guerreiro saía do castelo para praticar suas lutas, e louvava intimamente o magnífico herói. Sigfrid era bem visto por todos os nobres da corte bolonheza, e a hospitalidade que lhe era prestada era retribuída com assistência na arte do combate nas expedições militares do rei. Quando os reis da Saxônia e da Dinamarca ameaçaram os domínios da Borgonha, Gunther rendeu graças pela sua vitória ao seu forte hóspede dos Países-Baixos, que terminou com a prisão de ambos os reis inimigos, depois de duas ardentes lutas. Quando Gunther promoveu uma suntuosa festa para comemorar as vitórias na volta de Sigfrid, Krimhild também estava presente. Pela primeira vez, Sigfrid viu a bela jovem, o que tanto ansiava. Quando a mãe, a rainha Ute, conduzida pela mão de sua jovem filha, adentrou ao salão seguida de mais de cem cavalheiros, Sigfrid inclinou-se prestando profunda reverência a ambas. Nunca em sua vida Sigfrid havia sentido tanta satisfação como naquele momento, pois Kriemhild deu-lhe a mão e caminhou com ele pelo palácio.

A viagem para Islândia

Longe, sobre o mar cinzento, na ilha Island morava a bela rainha Brunhild. Muitos pretendiam seu amor e a cortejavam, mas Brunhild impunha duras condições. Quem quisesse esposá-la deveria superá-la em três provas: lançamento de dardo, estilingue e salto. Quem fracassava em somente uma dessas disputas perdia sua vida.O rei Gunther não queria de modo algum ganhar nada mais, a não ser a desejável rainha como esposa. “Se você me ajudar a conquistá-la”, disse ele a Sigfrid,"então arriscarei também vida e honra por você”. Então, Sigfrid respondeu: “Quero arriscar contigo na jornada até à rainha Brunhild; em troca, quero a mão de tua irmã Kriemhild. Outra recompensa não ambiciono!” Então, prometeu-lhe Gunther a bela Kriemhild como esposa, caso Brunhild se tornasse rainha da Borgônia. Somente o forte Hagen e seu irmão Dankwart foram como acompanhantes de Gunter e Sigrid ao embarcarem, pois eles deveriam de Worms se dirigir para o castelo Isenstein, de Brunhild. Durante doze dias e noites navegaram por mar os companheiros. Quando finalmente desembarcaram, Sigfrid direcionou as rédeas do cavalo do rei, a fim de que os vassalos o segurassem. Eles montaram seus cavalos e galoparam para o castelo, com armaduras negras e suntuosas armas. Os portões foram se abrindo e os cortesãos de Brunhild se apressaram em ir ao encontro deles, a fim de recebê-los. Brunhild, alegremente, desejou-lhes boas vindas. O audaz Sigfrid já a conhecia, e cumprimentou-a antes do rei Gunther. No dia seguinte começariam as disputas. Gunther não estava forte o bastante para manusear as difíceis armas que Brunhild colocara para as disputas. Mas, dava ares de quem as conhecia bem. Com força sobrehumana Brunhild segurou o escudo que quatro homens haviam trazido para a arena, pegou o pesado lança-dardos e arremessou-o contra seu adversário. A arma penetrou o escudo de tal modo que fez Gunther tropeçar e da boca de Sigfrid saiu sangue. Mas Sigfrid logo se refez, arrancou o dardo e lançou-o de volta com tal força que Brunhild caiu. Logo que Brunhild saltou e ficou novamente de pé, ela agarrou uma pesada pedra e arrastou-a para as doze fendas da catapulta e saltou sobre a parte trazeira desta. De novo, Sigfrid, cobriu-se com sua capa mágica e ficou invisível. Ele armou de volta a pedra sobre Brunhild e saltou sobre a prancha. Com a capa mágica ele tinha a força e saltou junto com o rei Gunther. Isso obrigou Brunhild a reconhecer a vitória do adversário.“Subi até aqui, senhor varão", pediram-lhe os cavaleiros dela, "e sede homenageado como nosso novo senhor!” Assim, pôde Gunther tomar a pomposa Brunhild como sua esposa, e com grande pompa festejou o duplo acontecimento em Worms. Mas, quando Brunhild viu que a amável Kriemhild, durante o banquete, estava assentada ao lado de Sigfrid, derramou lágrimas amargas. “Aflige-me muito”, replicou à pergunta de Gunther,“que a mão de sua irmã seja dada a um vosso vassalo". Em vão, o rei procurou acalmá-la. Mas, ela não queria ser tomada como esposa logo, antes que soubesse de tudo que acontecera. Quando Gunther, certa tarde, quis abraçar sua esposa, Brunhild esquivou-se, enlaçando seus pés e suas mãos com sua cinta e dependurou o indefeso numa forte haste no alto da parede. Assim ficou até as primeiras horas da manhã. No dia seguinte, Sigfrid ficou sabendo do indigno tratamento a que Gunther teve que se submeter. “Vou te ajudar”, prometeu ao amigo, e com o auxílio de sua capa mágica ficou ao lado de Gunther, a fim de superar aquela rejeição. Ele tomou a cinta de Brunhild e um anel que ele em segredo tirou do seu dedo, quando a deixou.

Não muito tempo depois, mudou-se Sigfrid com Kriemhild, sua jovem esposa, para sua casa, em Xantem, no Baixo Reno, e subiu ao trono de seu pai, Sigmund.

A discussão das rainhas

Dez anos se passaram no país, mas Brunhild continuava cismada com tudo. Perguntava sempre ao esposo: “Por quê Sigfrid, sendo vosso aquinhoado na Corte, não vos presta nenhum serviço?” “Por quê ele ficou sempre tão longe e nunca mais frequentou vossa corte?” Em vão, Gunther procurava evasivas. Impondo porém sua vontade, persuadiu o rei-esposo para que, no verão seguinte, promovesse uma grande festa. Sigfrid e Kriemhild, seguidos pelo velho Sigmund, também, foram convidados, além dos muitos fortes guerreiros da sua terra. Apesar do ambiente alegre que todos sentiam, notou Brunhild, cheia de inveja da comitiva de Sigfrid e Kriemhild, e pasmou-se ao ver que um vassalo do rei Gunther tivesse alcançado tão grande prestígio. Indignada, ouviu as palavras de Kriemhild, quando ambas as rainhas almoçavam, no décimo primeiro dia antes dos serviços eclesiásticos. “Vê só”, exclamou feliz Kriemhild, “como o magnífico Sigfrid é acompanhado por todos os heróis e como nenhum deles a ele se compara nos combates.” “Ele é somente um súdito de meu marido”, respondeu-lhe Brunhild, “e, por isso, você deve dar a primazia a Gunther!” Kriemihild não quis dar valor àquela censura; cada vez mais veemente ficou a discussão e ambas se despediram iradas. Quando aconteceu a hora das orações, cada uma das rainhas que, de comum acordo, sempre eram vistas juntas, foram em separado para a catedral, acompanhadas de suas damas de honra.“Espere aqui, Kriemhild!”, vociferou Brunhild. “Eu tenho o privilégio! A mulher de um súdito nunca deve entrar antes da sua rainha!” Isso incendiou de ódio o coração de Kriemhild. Ela censurou Brunhild por ter sido vencida, não por Gunther, mas por Sigfrid. Com amargas lágrimas Brunhild ficou ali e, de cabeça erguida, Kriemhild passou por ela e entrou na catedral. Depois da missa exigiu a deprimida rainha que Brunhild apresentasse provas das suas palavras ofensivas. Então, ela lhe falou sobre a cinta e o anel que Sigfrid havia lhe tomado na noite de núpcias. Mas, Hagen von Tronje, vendo sua senhora a chorar, procurou acalmá-la e prometeu vingar-se de Sigfrid pela vergonha que ela passara, por ele ter revelado o segredo do noivado de Gunther a sua esposa. Boatos corriam e chegaram a Worms, anunciando uma nova guerra contra dinamarqueses e saxões. Sigfrid ofereceu-se para marchar com os borgonheses. Quando a tropa estava pronta para partir, Hagen veio despedir-se de Kriemhild.“Não deixa que Sigfrid pague pelo que fiz a Brunhild”, pediu-lhe a jovem mulher, “há muito me aflige o arrependimento.”Então, Hagen prometeu zelar pela vida de Sigfrid. “Ele tem um ponto vulnerável”, disse Kriemhild, confiando em Hagen e, sem malícia, revelou-lhe o que ninguém sabia até então. Quando Sigfrid banhou-se com o sangue do dragão que abateu, uma folha de tília caiu-lhe entre os ombros, de tal modo que ele ficou vulnerável nesse lugar, pois só ali sua pele não formou calosidade. Então, Hagen pediu à rainha que marcasse com uma cruz sobre as vestes o lugar vulnerável, a fim de que ele pudesse proteger corretamente o seu marido.A morte de SigfridLogo que Sigfrid partiu com seus homens para a luta, vieram novas notícias, de que a guerra havia sido revogada. Depois do retorno para o castelo dos Worms, decidiu-se disputar uma grande caçada, na floresta de Wasgen. Em lágrimas despediu-se Kriemhild de seu amado esposo. Ela havia sonhado que dois porcos selvagens atacaram Sigfrid e o gramado avermelhou-se de sangue. Sigfrid acalmou Kriemhild com amáveis palavras, abraçou-a e beijou-a e partiu despreocupado com as consequências daquilo. Durante a caçada, Sigfried conquistou o mais rico troféu; ele, com suas próprias mãos, agarrou um urso e levou-o vivo e amarrado para o ponto de encontro, quando a corneta anunciou o fim da caçada. Depois do esforço na caçada, assentaram-se para comer. Diversas espécies de comidas foram preparadas, mas faltou a bebida. Por engano, desculpou-se Hagen, o vinho ficara guardado na dispensa. “Mas eu conheço muito uma fonte por aqui, onde há uma tília sob uma sombra”, continuou. “Vamos apostar uma corrida até lá?” Gunther e Sigfrid concordaram. Como panteras correram pela floresta. Sigfrid levou consigo armadura e armas e, ainda assim, chegou primeiro à fonte. Mas ele não bebia antes do rei Gunther. Ao rei deixava o privilégio. Então, curvou-se ele primeiro sobre a fonte para matar a sua sede. Então, Hagen armou o dardo, quando Sigfrid sem malícia encostou-se na tília, e atirou nas costas do herói. Com cuidado, atirou bem no lugar onde Kriemhild havia demarcado com uma cruz. O sangue saltou da ferida, rapida e tão fortemente que, também, Hagen ficou manchado. Então, deixou o dardo espetado nas costas de Sigfrid e fugiu.Quando Sigfrid sentiu a grande ferida, saltou com desesperada fúria e correu atrás do assassino. Hagen quase que voava, correndo como nenhum homem havia corrido antes. Mas Sigfrid alcançou-o e com o escudo - Tronjer havia escondido, de propósito, todas as armas na tília - ele atingiu Hagen fazendo com que este caísse no chão. Mas, então, escaparam todas ascores do semblante do moribundo herói. Suas forças se esvairam e, morrendo, estendeu-se no gramado.

A tristeza de Kriemhild

À noite levaram de volta o forte guerreiro assassinado pelo Reno para Worms. Hagen levou o cadáver para a frente dos aposentos de Kriemhild e lá deixou-o no chão. Quando soavam os sinos para a missa, nas primeiras horas da manhã, veio o tesoureiro para iluminar o caminho da catedral para Kriemhild, ele descobriu primeiro o falecido. “Senhora," disse a ela horrorizado, "lá fora há um guerreiro morto!” Kriemhild entrou logo em alta lamentação, pois ela pressentia a espantosa verdade, mesmo sem ter visto o marido abatido. Quando o morto lhe foi mostrado, ela desmaiou de tanta fraqueza e foi ao chão. De total consternação tomou-se o velho rei Sigmund e logo todo o castelo lamentava o fabuloso herói. Os homens de Sigfrid exigiram vingança e, também, o rei Sigmund ficou pronto para a luta. Mas, Kriemhild pediu que não assumissem tal compromisso e que aguardassem um melhor momento. Ela não quis que os homens de Sigfrid se sacrificassem contra o poder dos borgonheses inutilmente. O cadáver de Sigfrid ficou exposto num ataúde da catedral. Quando Gunther veio com Hagen ao velório, manifestou alta lástima. “Ladrões mataram o herói na floresta”, disse ele. “Quereis nos provar vossa inocência?”, replicou Kriemhild, “Então, aproximai-vos um pouco mais!” Gunther aceitou o desafio. Mas, quando Hagen entrou no velório, abriu-se a ferida do morto e começou a sangrar. Agora, tinha Kriemhild a confirmação de quem era o assassino. Três dias e três noites ela velou o corpo de Sigfrid;mas em vão ela esperou que o morto voltasse para ela. Com grandes honrarias Sigfrid foi transportado para o enterro. Antes do morto baixar à tumba, Kriemhild mandou que o caixão fosse novamente aberto, de tanto pesar que sentia com a separação do amado marido. Depois que tudo terminou, o rei Sigmund voltou ao reino órfão. Mas, Kriemhild ficou em Worms, pois ela queria visitar todos os dias o túmulo do seu querido esposo. Por muitos anos ela não trocou uma palavra com o rei Gunther, seu irmão, e Hagen, seu inimigo, ela não viu nunca mais. Somente Gernots e Gisela aconselharam-na a terminar sua amizade com Gunther. A pedido de Gunther a rainha levou o tesouro dos anões, que Sigfrid havia ganho do rei destes, e que por herança foi transferido a ela, levando-o para Worms. Generosamente, Kriemhild dividiu sua incomensurável herança com os pobres. Então, Hagen, receoso de que ela pudesse alcançar uma grande popularidade conseguiu roubar a chave da câmara do tesouro. Kriemhild ficou muito enraivecida com isso e reclamou amargamente do seu irmão sobre a violência que ele teria feito. Mas, Hagen tomou o cofre fechado do tesouro e afundou-o no rio Reno.

Casamento de Kriemhild

Durante treze anos Kriemhild lamentou a morte de Sigfrid. Então, um dia apareceu no reino dos Worms o margrave Rüdeger de Bechelaren, com suntuosa escolta, trazendo uma mensagem do rei Etzel. “Venho em nome do rei Etzel de Hunnelande”, disse ele para Kriemhild. “A senhora Helche morreu, e agora, nobre Senhora, ousa o poderoso rei cortejar-te. Em nome dele peço-te tua mão”. Gunther e, também, seus irmãos, eram de opinião de que tal proposta era muito bem-vinda. Eles desejavam muito que sua jovem irmã pudesse modificar o seu modo de vida. Somente Hagen levantou objeção e advertiu contra o casamento de Kriemhild com o rei Etzel; pois, ele receava que Kriemhild iria aproveitar do seu novo poder e que se vingaria dos borgonheses por seu intenso sofrimento. Por muito tempo, a bela Kriemhild recusou a proposta de casamento: “O que convém é só chorar e nada mais”, dizia ela. Mas, como Rüdeger lhe prometera vingar-se de cada sofrimento que lhe sucedera, ocorreu-lhe uma longa dúvida quanto ao sim que deveria dar para o novo casamento com o rei Etzel. Com sua comitiva e sob a proteção do Margrave Rüdeger viajou Kriemhild para Hunnenlande. O rei Etzel veio recebê-la em Tulln com todos os cavalheiros, heróis e cristãos que serviam ao seu reino. Num dia de Petencostes aconteceu em Viena o suntuoso casamento, que foi comemorado por dezessete dias e então navegou o casal, Danúbio abaixo, rumo ao reino de Etzel. Kriemhild viveu um matrimônio feliz com o poderoso rei dos hunos e presenteou-lhe logo com um filho que se chamou Ortlieb. Mas, mesmo feliz, ela nunca deixou de lembrar da morte de Sigfrid e de pensar na vingança que ela havia jurado cumprir. Muitos anos foram passados. Então, certa noite, Kriemhild em conversa íntima com seu esposo reclamou nunca ter podido rever seus parentes. Prazeirosamente, o rei Etzel prometeu satisfazer seu desejo. Assim, compareceu o enviado do rei Etzel à casa real dos Worms e convidou o rei Gunther e seus homens para uma festa no próximo dia em que se daria o solstício de verão no castelo de Etzel.

Os borgonheses no castelo dos hunos.

Tronjer desaconselhou que se aceitasse o convite do rei dos hunos, pois ele sabia que Kriemhild era irreconciliável em seu ódio. Mas, como seu irmão Gernot e o jovem Giselher censuraram seu medo, declararou-se pronto para acompanhá-los e prometeu-lhes mostrar o caminho.Pelo leste da França se fez a longa viagem, via Danúbio, passando pela Bavária, depois Passau, até Bechelaren, onde o margrave Rüdeger vivia. Com sua Gotelind, a dona de casa, manteve ele afetuosa amizade com os borgonheses e presenteou-lhes ricamente. Giselher, o jovem, ficou noivo de Dietlind, a linda filha do margrave. O próprio Rüdeger, com quinhentos homens, escoltou os borgonheses à festa no castelo dos hunos.Dietrich von Bern, que vivia no castelo de Etzel, com seus cavalheiros, foi receber os convidados. Quando ele estendeu a mão para cumprimentar Hagen, cochichou-lhe: “Seja cauteloso, pois Kriemhild, nossa rainha, ainda chora todas as manhãs por Sigfrid.” Então, os irmãos de Kriemhild ficaram conscientes de que o perigo era iminente. Teimosamente marcharam os borgonheses rumo ao castelo de Etzel. Kriemhild cumprimentou em primeiro lugar o jovem Giselher, seu irmão preferido, o único a quem abraçou e beijou. “Trouxestes consigo o tesouro dos anões para mim ?” Perguntou ela a Hagen, sem lhe dar as boas vindas. “Trouxe apenas um escudo, a couraça, um elmo e uma espada”, respondeu-lhe o guerreiro ironicamente. E quando ela pediu aos convidados que se despojassem de suas armas, Hagen escarneceu-se. Então ela percebeu que os borgonheses estavam avisados. “Gostaria de saber quem fez isso, pois ele deve pagar isso com a morte”, exclamou ela com profunda ira. Mas, do mesmo modo irado, Dietrich von Bern ficou prevenido. Então, a rainha sentiu-se envergonhada e calou-se. Pois ela temia muito a Dietrich. Enquanto os cansados guerreiros borgonheses descansavam, Hagen de Tronje e Volker, o habilidoso cantor, ficaram como sentinelas. Ambos os guerreiros ficaram observando os aposentos de Kriemhild subindo em um banco. Quando a rainha os viu da janela, lembrou-se do semblante de Hagen em sua aflição, e suplicou aos homens de Etzel com insistentes pedidos que a vingassem de Hagen. 60 deles se prepararam. “Vós sois muito poucos”, exclamou Kriemhild. “Não é tão fácil assim a tarefa”. Então, armaram-se quatrocentos. Com a coroa na cabeça, marchou Kriemhild com seu grupo castelo abaixo. Hagen, quando viu a rainha chegando, deixou sobre os joelhos sua espada cuja empunhadeira tinha uma pedra preciosa brilhante. Kriemhild sabia que aquela era a espada de Sigfrid. Sem medo assentaram-se os dois guerreiros. Ninguém levantou-se quando a rainha chegou em frente a eles. Ela perguntou a Hagen por quê ele veio ao castelo dos hunos sem ser convidado. Logo o tenebroso guerreiro deu-lhe resposta sem sentir-se culpado: “Três reis estão aqui hospedados, eles são meus senhores. Quando meus senhores saem, não me ausento deles, e quem os convida, convida a mim também.” Então, tergiversou Kriemhild: “ Dizei-me, o que vós fizestes que faz com que vos odeie? Vós abatestes Sigfrid, meu amado, um nobre homem!” “Chega de conversa!”, retrucou o irado Tronjer. “Eu sou Hagen, o que o abateu. Ele tinha que pagar o insulto que a Senhora Kriemhild fez à bela Brunhild. ”Sem medo, deu ele uma olhada em volta, como se desafiasse os humos para a luta. Estes olharam um para o outro e recuaram, pois estavam muito temerosos da violência do guerreiro. O rei Etzel não sabia nada desse conflito e entreteve os hóspedes na terra da Borgonha nosdias seguintes do melhor modo. Para distração noturna, encaminhou-os para um grande salão, onde haviam confortáveis camas à disposição deles. De novo, Hagen e Volker montaram guarda em frente à casa. O espadachim-cantor pegou seu violino e começou a tocar, a fim de que os guerreiros no salão mergulhassem em um refrescante sono, apesar de toda a preocupação.No meio da noite viram os guardas brilharem helmos e armas no palácio, à frente do salão. Eram os homens de Kriemhild que planejavam tomar de assalto os que dormiam. Mas, como eles mantinham a porta em segurança, voltaram. Amargas palavras de censura foram dirigidas a eles por Volker, o cantor, pelo caminho.

A luta decisiva

Pela manhã, quando soarem os sinos para a missa, aconselhou Hagen aos seus companheiros a se armarem, vestindo suas couraças, em lugar de usar suas roupas de seda, pois eles deveriam estar preparados para a luta. Etzel, sempre ingênuo, perguntou já mal humorado, ao ver seus hóspedes em armas, se alguém havia sido molestado. Então, Hagen tergiversou. “Meus Senhores têm este costume”, disse ele, em todas as festas ficamos armados por três dias.” Em vão suplicou Kriemhild, antes de se sentar à mesa, a ajuda de Dietrich; o honrado guerreiro sabia de há muito que havia perdido o direito de hospitalidade. Mais ouvido encontrou em Blödelin, o irmão de Etzel, a quem ela havia prometido rica recompensa. Com mil guerreiros invadiu ele a casa dos hóspedes, onde se refaziam à mesa o irmão de Hagen, Dankwart, Oficial-Maior do rei Gunther, e seus servos. “Finalmente podemos vingar os borgonheses! Deveis pagar agora o que Hagen fez da vida de Sigfrid!”, disse ele avançando, de repente, sobre Dankwart. Este saltou da mesa e deu um golpe tão pesado de espada que a cabeça de Blödelin rolou aos seus pés. Deu-se início a uma assombrosa luta. Mais da metade dos hunos encontraram a morte. Quando os cavaleiros de Etzel souberam da morte de Blödelin, armaram-se sem que o rei nada soubesse, e o furioso morticínio não terminou tão cedo, até que todos os servos borgonheses caíssem mortos no chão. Dankwart abriu uma passagem entre os guerreiros hunos e alcançou o salão, onde os Senhores estavam banqueteando. Com a ensanguentada espada em punho, adentrou ao salão: “Todos os cavaleiros e servos foram abatidos em seu abrigo!” Os borgonheses receberam suas palavras com espanto. “Guardai a porta!” ordenou Hagen, olhando para a saída e dando início a uma terrível matança. O Tronjer assassinou Ortlieb, filho de Kriemhild, de tal modo que sua cabeça saltou para o colo da rainha, preceptora da criança. Em vão esforçaram-se Gunther e seus irmãos para que a luta cessasse tendo eles, contudo, que se apressarem a ajudar a Hagen. Aflita, Kriemhild pediu socorro ao forte Dietrich. Ele não quis retirar-se com seus homens. E concedeu-lhe o pedido. Então, tomou Bern a rainha e o rei Etzel pelas mãos e deixaram o salão com seus seiscentos guerreiros. Também o margrave Rüdeger pediu-lhe para marchar com seus homens. No que foi louvado por Giselher, noivo da filha do margrave, com amigáveis palavras. Quem dos hunos ficasse no salão, encontraria a morte sem misericórdia. Os abatidos foram lançados escada à baixo. Em frente à casa aglomeraram-se muitos hunos armados. Hagen e Volker zombetearam, olharam com desprezo e se acovardaram. "O escudo de Etzel, todo de ouro vermelho, eu ofereço como prêmio àquele que me trouxer a cabeça de Hagen!”, proclamou Kriemhild; mas suas palavras não foram ouvidas. Nenhum guerreiro huno ousava colocar-se à prova frente ao irado guerreiro. Finalmente, ofereceram-se três guerreiros que prestavam serviços ao castelo de Etzel. Eram Hawart da Dinamarca, o margrave Iring e o barão Irnfried da Turíngia. Mas todos os três foram abatidos pelas espadas dos borgonheses. Então, deu-se um silêncio no salão. Assentados entre os mortos, os borgonheses procuravam descanso depois daquela terrível luta. Mas, logo à tarde estavam novamente muitos hunos prontos para a luta e invadiram o salão. A amarga contenda durou até à noite. Em vão tentavam os reis conseguir uma reparação. Kriemhild exigiu que lhe entregassem Hagen pois ela queria poupar a vida dos irmãos. “Ninguém vai cometer tal infidelidade. Ainda que, por isso, tenhamos que morrer. Quem quiser lutar conosco nos encontrará prontos”, disse Giselher. Então, Kriemhild mandou incendiar os quatro cantos do grandioso salão. Atiçado pelo vento, o fogo espalhou-se por todo o prédio e a fumaça ardente fez prostar os heróis. Protegeram-se com os escudos e tentaram apagar as chamas no corpo dos abatidos. Insuportável foi o sofrimento, a fumaça e o calor causavam-lhes sede. Mais de seiscentos borgonheses viram a aurora e sentiram os ventos da fria manhã, o que lhes deu alívio. Aí começou novamente a luta. Kriemhild mandou trazer ouro em barras para recompensar os guerreiros. De joelhos, o casal de reis suplicou a ajuda do Margrave Rüdeger. Kriemhild lembrou-lhe da sua palavra, amplamente divulgada, pois ele havia se alistado a ela. Em difícl situação ficou o honrado guerreiro com a dúvida no coração. Deveria ele trair os hóspedes amigos, que ele havia conduzido ao seu Senhor? Deveria ignorar o juramento que ele fez em primeiro lugar a Kriemhild, quanto a sua aliança? Rüdeger reconheceu que não poderia mais preservar igualmente sua honra, como ele havia decidido, mandando, por isso, seus homens à luta. Quando Giselher viu o margrave chegando, ele ficou muito alegre pois de modo nenhum pensava que Rüdeger viesse libertá-lo. Este, entretanto, colocou o escudo aos pés e recusou a amizade dos borgonheses. Em vão lembrou-lhe Gunther da velha amizade e camaradagem a cultuar. “Quis Deus que vós fossem para o Reno e que eu morresse honrosamente!”, respondeu Rüdeger. Nunca mais os heróis haveriam de experimentar tanta falta de um amigo. Logo ergueram-se os escudos e começou a inevitável luta, em que Hagen novamente era posto a termo. O escudo que a mulher Gotlind lhe havia dado de presente espedaçou-se. Ele pediu a Rüdeger um novo escudo e o margrave deu-lhe o seu próprio. Este era o último favor de amigo que ele poderia prestar. Hagen e Volker prometeram não se descuidariam de Rüdeger durante a luta e ele destruiria todos os borgonheses. Então, entrou Rüdeger com os seus no salão. Muitos dos borgonheses se abaixaram quando o margrave passou. Gernot não podia mais suportar aquilo por muito tempo. Ele desafiou Rüdeger para a luta e recebeu de suas mãos a ferida mortal. Mas, com suas últimas forças cravou sua espada no adversário, presente de hóspede feito por Rüdeger. Assim, ambos alcançaram igualmente a morte. Com ira selvagem os borgonheses se vingaram e nenhum homem do margrave ficou com vida. Grande clamor levantou-se no palácio de Etzel por causa da morte de Rüdeger. Um dos guerreiros de Dietrich transmitiu a triste notícia ao seu Senhor. Ele ordenou ao seu mestre de armas Hildebrand interrogar os borgonheses sobre o acontecido. Ao mesmo tempo armaram-se todos os guerreiros, sem que Dietrich soubesse, a fim de acompanhar Hildebrand. Quando Hagen confirmou o resultado da luta, os homens de Dietrich protestaram alto a morte do amigo. “Devolva-nos o seu cadáver” pediu Hildebrand. “Queremos, depois da sua morte, renovar-lhe nossa lealdade, a que ele sempre testemunhou.” Gunther queria concordar, mas os borgonheses entraram em intensa discussão sobre isso com os homens de Dietrich. “Podeis levá-lo”, respondeu Volker em tom zombeteiro, “esta seria a mais correta prova de agradecimento que vós poderíeis dar a Rüdeger. ”Então, Wolfhart, sobrinho de Hildebrand, não demorou muito e entrou no salão, seguido dos homens de Dietrich. Em vão procurou o mestre Hildebrand encerrar a luta. Durante o combate que então se reascendeu, os melhores guerreiros borgonheses morreram. Volker, que havia abatido o sobrinho de Dietrich, sentiu a espada de Hildebrand. Também Dankwart encontrou a morte. O jovem Giselher e Wolfhart cairam mortos, cada um do seu lado. Então, ninguém dos borgonheses sobreviveu, exceto Gunther e Hagen. Dos homens de Dietrich sobreviveu apenas o mestre de armas Hildebrand, que pôde se livrar das armas de Hagen. Ensanguentado, voltou aos seus senhores. “Estou totalmente só”, disse Hildebrand. Dietrich ficou tomado de horror e espanto, quando constatou a morte de todos os seus homens. Ninguém nunca havia trazido a ele uma tão péssima notícia. Em silêncio tomou ele armadura e espada, e Hildebrand ajudou-o a se armar. Então, Dietrich foi para a frente do salão para exigir o desagravo de Gunther e Hagen. “Sede meus reféns!”, asseverou ele, “Pois assim poderei escoltá-los para a Borgonha.” Hagen recusou tal exigência bruscamente e disse: “Deus não quer que dois homens livres e armados se rendam.” Então, Dietrich atacou com sua espada. A longa luta havia cansado Hagen e então ele teve que se render frente ao forte Dietrich. Ele o feriu profundamente, mas não fugia da luta mortal. Ele retorceu os braços do Tronjer, amarrou-o e levou-o para Kriemhild. Como alegrou-se a rainha, quando viu Hagen amarrado e ela prometeu nunca esquecer aquele grandioso serviço. Dietrich, porém, pediu que Hagen permanecesse vivo. A rainha concedeu-lhe o pedido e mandou que recolhessem o prisioneiro ao calabouço, enquanto Dietrich voltava rápido ao salão, para desafiar para a luta o rei Gunther. Depois de ardente luta subjugou-o e levou o rei, também, amarrado para Kriemhild. "Tratai bem a ambos e concedei-lhes vossa clemência”, recomendou Dietrich à rainha e novamente ela o prometeu. Mas seu coração permaneceu frio. Ela entrou no calabouço de Hagen, com duro olhar e perguntou ao herói sobre o tesouro dos anões. Ela prometeu-lhe conservar a sua vida, embora com palavras hostis, se ele lhe restituísse o tesouro. Mas Hagen recusou-se. Nunca mais iria ele rever a região do Reno e entregar o tesouro enquanto um dos seus senhores vivesse. Então Kriemhild cortou a cabeça do seu irmão e trouxe-a pelos cabelos para Hagen. Pela primeira em sua vida mostrou-se alquebrado o irado guerreiro: “Agora, por tua vontade, estão mortos o honrado rei Gunther, Giselher e Gernot. O tesouro, ninguém sabe dele, a não ser Deus e eu. E de ti ele deve ficar oculto para sempre, diabo de mulher!” Então Kriemhild desembainhou a espada que Hagen usava e que pertenceu a Sigfrid. Ela a levantou bem alto e com ela cortou a cabeça de Hagen. O velho Hildebrand, o mestre de armas, saltou espantado. Quando ele viu que o melhor guerreiro, a quem ele uma espada havia dado, foi abatido pelas mãos de uma mulher, entrou em profunda ira e golpeou Kriemhild que já caiu sem vida ao chão. Assim terminou a festa no castelo dos hunos e em dor incomum ficaram Etzel e Diretrich entre todos. A tristeza espalhou-se por todo o reino de Etzel e enraizou-se fortemente por toda a Borgonha. A orgulhosa linhagem real de Worms pagou o festejo delituoso com a sua própria ruína. O fogo selvagem que alastrou com a morte do valente Sigfrid, arrebatou igualmente sem piedade culpados e inocentes.



Fonte: www.udoklinger.de



Mittelhochdeutsche Literatur (1050-1150) von Marcel Merling Ritterlich höfisches EposVolksepos



Minnegesang Die Althochdeutsche Sprache ist der älteste Abschnitt der hochdeutschen Sprache. Im frühen Mittelalter schrieben in der Regel nur Geistliche und Adelige. Die altdeutsche Literatur und Sprache gliedert sich wie folgt auf: Die ersten Überlieferungen entstanden um 910, als die Karolinger ein Eindeutschen der christlichen Welt ermöglichten und die Kirche im Mittelpunkt der Kultur stand. Dem hohen Mittelalter gelang die Schöpfung einer großartigen Kultureinheit, die sich aus den prägnanten Spannungen zwischen Kaisermacht und Papsttum, also zwischen weltlichem und geistlichem Regiment ergab. Die Bildung des Rittertums hat prägenden Einfluss auf diese Zeit. Die Kreuzzüge bringen die europäische Ritterschaft in engen Kontakt und vermitteln ihr orientalisches Kulturgut. Die Mittelhochdeutsche Dichtung dieser Epoche ist wesentlich gekennzeichnet durch folgende Formen: Ritterlich höfisches epos

Das ritterlich höfisches Epos entstand erst um 1140, als die Ritterburgen nun Mittelpunkt der Kultur waren und die Ritter anfingen, sich untereinander Standesdichtungen zu schreiben. Sie achteten auf Reinheit und Rhythmus der Verse und schafften somit ein Idealbild, nach dem sich das ritterliche Leben ausrichten sollte.Der eigentliche Begründer des deutschen Ritterepos war Heinrich von Veldecke (1140-1204), der sein Hauptwerk Eneide etwa um 1180 verfaßte. Was dieser Mann begann, führte Hartmann von Aue (1200) mit seinen Werken, Erec, Gregorius und Der Arme Heinrich weiter. Der bekannteste Autor aus dieser Epoche war Gottfried von Straßburg (gestorben um 1200), der mit seiner Bearbeitung von Tristan und Isolde bekannt wurde. VolkseposAls zweite Dichtungsform des Mittelalters gilt das Volksepos, das, dass deutsche Sagengut behandelte. Trotz seines Namens war das Volksepos nicht eine Dichtung aus dem Volk für das Volk, sondern es handelte sich wiederum um von Rittern für Ritter gedichtete Werke.Zu den berühmtesten Volksepen gehören: a. das Nibelungenliedb. das Gudrunlidc.

Dietrich von Bern Minnegesang

Die dritte Epoche in der Mittelhochdeutschen Dichtung war der Minnegesang. Der Minnegesang widmete sich der Beziehung zwischen Mann und Frau. Der Inhalt befaßte sich meist mit Liebesbotschaften und dem Gespräch zwischen Dame und Ritter. Man drückte die schmerzliche Trennung der Liebenden aus oder den Tod eines Fürsten. Jeder Minnesänger verfaßte seine Texte und Melodien selbst, wobei das geistige Eigentum streng beachtet wurde. Die Lieder wurden mit der Geige oder der Fidel vorgetragen oder nur vom Sänger gesungen. Die Minnelieder waren damals sehr beliebt. Man verbreitete sie erst von Mund zu Mund, bevor man sie auf Pergamentstreifen aufschrieb. Im älteren Minnegesang (vor 1175) trat gewöhnlich die Dame als Werbende auf. Ab 1175 spricht man vom jüngeren Minnegesang, in dem der Ritter die Dame umwirbt. Als größter Minnesänger des Mittelalters gilt Walther von der Vogelweide, dessen berühmteste Werke in der Blütezeit des Minnegesangs entstanden. Dieser Autor ist der vollendentste und vielseitigsteLyriker des Mittelalters. Er schrieb Mädchenlieder, in denen er echte Weiblichkeit und Anmut preiste, aber auch Spruchdichtungen über politische Angelegenheiten.

Dietrich von Bern

In den Zeiten, da Germanen als die Herren im Römerreich lebten, regierte in der Stadt Verona, die auch Bern genannt wurde, der mächtige Gotenkönig Dietrich. Er hatte sein Reich als Vatererbe von König Dietmar übernommen und war von Hildebrand, einem tapferen Recken, erzogen und in allen Tugenden des Kampfes wohl unterwiesen worden. Schon bei Dietrichs Geburt war geweissagt worden, daß er zu großen Taten berufen sei. Als Zeichen der Wahrheit dieses Spruches sollte Feuer aus seinem Munde sprühen, sobald er zornig wurde. Als diese Vorhersage wirklich eintraf, glaubten alle an Dietrichs künftigen Ruhm. Mit dem alten Waffenmeister Hildebrand zog der junge Recke aus Abenteuer auf und bewährte sich im Kampfe mit Grim und Hilde, einem räuberischen Riesenpaar, das im Lande ringsum Schrecken verbreitete. Als unüberwindliche Waffe trug der junge Held seither das herrliche Schwert Nagelring, das kunstfertige Zwerge geschmiedet hatten. Seit Dietrich den Thron seines Vaters übernommen hatte, kamen von weit her tapfere Helden nach Bern gezogen, um dem König als Gefolgsleute zu dienen; denn sein Ruhm war weit über des Landes Grenzen gedrungen. Da war der starke Heime, der sich nicht eher zum Waffendienst bereit erklärte, als bis er Dietrichs Überlegenheit im Kampfe anerkennen mußte. Auch der kühne Witege wurde Dietrichs Gefolgsmann, obwohl er sich mit seinem kostbaren Schwerte Mimung, das sein Vater, Wieland der Schmied, ihm vererbt hatte, stärker als der Berner gezeigt hatte. Noch andere Helden kamen nach Bern, um sich mit Dietrich im Kampfe zu messen. Unter ihnen war der Riese Ecke, der Gesittung und Lebensweise der Menschen angenommen hatte und bestrebt war, Ruhm und Ehre zu erwerben. Drei königliche Jungfrauen, von denen eine ihm ihre Hand versprochen hatte, wenn er den mächtigen Berner bezwinge und ihr Kopf zuführe, hatten ihn zum Kampfe aufgestachelt. Ecke fand seinen Gegner nicht in Bern und ruhte nicht, bis er ihn zu später Nachtstunde im Walde traf. Trotz der Dunkelheit mußte Dietrich sich zum Kampfe stellen, und so heftig folgten nun Streich auf Gegenstreich, daß das Feuer, das sie aus ihren Helmen schlugen, weithin leuchtete. Endlich gelang es dem Berner, den Riesen zu Boden zu zwingen, und da Ecke eher sterben als sich gefangen geben wollte, mußte Dietrich ihn töten. Traurig bestattete Dietrich den tapferen Gegner, der ihn zum Streite gezwungen hatte.Er mußte bald darauf noch weitere schwere Kämpfe bestehen, mit Eckes Bruder Fasolt und dem ganzen Riesengeschlechte, das Eckes Tod rächen wollte. Dann zog er zur Burg der drei grausamen Königstöchter, um ihnen das Haupt des toten Ecke zu bringen, den sie in den Tod getrieben hatten.Als Wohltäter der Bedrängten lebte Dietrich zu Bern, niemand bat ihn vergebens um Hilfe, und weithin verbreitete sich der Ruhm seiner Taten. Eines Tages berichtete der alte Hildebrand von einem Zwergenvolk, das tief im Innern der Berge hause und dessen König Laurin, obwohl nur drei Spannen groß, so stark sei, daß niemand ihm widerstehen könne. "Er besitzt in Tirol einen Rosengarten mit goldener Pforte", sprach der kundige Waffenmeister, "und statt der Mauer umspannt ihn ein Seidenfaden. Wer diesen zu zerreißen wagt, den läßt Laurin furchtbare Rache spüren, denn er nimmt dem Frevler Hand und Fuß als Pfand." Da beschloß Dietrich, sogleich mit seinen Mannen aufzubrechen, um sich mit dem Zwergenkönig Laurin im Kampfe zu messen. Sie kamen nach Tirol und fanden auch den Rosengarten, die Rosen dufteten ihnen entgegen, als sie aus dem Walde traten.Witege war der erste, der in den Garten einbrach und unbekümmert die Rosen zerstampfte. In wildem Zorn stürmte der Zwerg Laurin, mit Speer und Schwert gewaffnet, heran, und der Held hätte sich des Zwerges nicht erwehren können, wenn nicht Dietrich ihm zu Hilfe gekommen wäre. "Schlagt mit dem Schwertknaufe drein!" riet Hildebrand seinem Herrn. Doch der Zwergenkönig zog seine Tarnkappe hervor und streifte sie über. Unsichtbar für den Gegner, ließ er nun Schlag auf Schlag auf den Berner niedersausen und bedrängte ihn hart. "Faßt ihn um den Leib und entreißt ihm den Gürtel!" rief der alte Waffenmeister in der höchsten Not, und Dietrich folgte, wie immer, seinem Rat. So gelang es ihm, den furchtbaren Gegner, dem der Gürtel die Stärke von zwölf Männern verliehen hatte, zu Boden zu zwingen.Da bat Laurin um Gnade, die ihm auch gewährt wurde, und als er die Recken in sein Reich einlud, folgten sie ihm in das Innere des Berges. Fröhliches Leben herrschte in König Laurins Reich. Die Gäste wurden bewirtet und mit allerlei Kurzweil, mit Gesang und Tanz und ritterlichen Kampfspielen, die das Zwergenvolk zeigte, unterhalten. Laurin aber hatte die Rache nicht vergessen, die er im stillen den Recken geschworen hatte. Mit einem betäubenden Trank senkte er sie alle in tiefen Schlaf; dann ließ er die Wehrlosen fesseln und in einen finsteren Kerker werfen. Über solchen Verrat geriet Dietrich, als er aus dem Zauberschlaf erwachte, in unbändigen Zorn. Flammen sprühten aus seinem Munde und verbrannten die Fesseln. So ward er frei und konnte die Bande seiner Gefährten lösen. Den Kerker vermochten die Helden jedoch nicht zu öffnen.Dietrichs Waffengefährte Dietleib, dessen Schwester Künhild, König Laurin in den Berg entführt hatte, um sich mit ihr zu vermählen, lag in einer besonderen Kammer gefangen. Künhild, die nichts sehnlicher wünschte, als Laurins Reich zu verlassen, befreite den Bruder und trug ihm Waffen zu. Kurze Zeit später half dann Dietleib dem König Dietrich und seinen Mannen aus ihrer Haft heraus. Vergeblich rüsteten sich die Zwerge zu Tausenden, sie erlagen der Kraft der Helden, König Laurin wurde gefangengenommen, und Dietrich gedachte, ihn wegen seiner Treulosigkeit zu töten. Aber Künhild, Dietleib und Hildebrand baten für ihn, so daß Dietrich ihm Gnade gewährte. Er führte den Zwergenkönig mit sich nach Bern. Später versöhnte sich Dietrich mit Laurin und ließ ihn in den Berg zurückkehren.

Sigfrid und Kriemhild

Am Hofe zu Worms Im Lande der Burgunden zu Worms am Rhein herrschte König Gunther mit seinen Brüdern Gernot und Giselher, sie hatten eine Schwester namens Kriemhild, die mit ihrer Mutter Ute am Hofe lebte. Viele Helden warben um die schöne Kriemhild; doch sie wies alle ab, weil sie durch Liebe niemals Leid erfahren wollte, wie ihr ein Traum verkündet hatte. Damals lebte zu Xanten am Niederrhein Sigfrid, der Sohn des Königs Sigmund. Schon in früher Jugend hatte der junge Held sich durch Kühnheit und Kraft Tatenruhm erworben. Einen giftigen Drachen hatte er im Kampfe besiegt, und als er in dessen Blute badete, war seine Haut hörnern geworden, so daß nun keine Waffe ihn verwunden konnte. Dem Zwergenvolke der Nibelungen hatte er einen unermeßlichen Schatz an Gold und Edelsteinen abgewonnen, und in diesem Kampfe hatte er auch eine Tarnkappe erbeutet, die ihn unsichtbar machte, dazu das herrliche Schwert Balmung. Als Sigfrid nun von der schönen Kriemhild hörte, hielt es ihn nicht länger mehr an des Vaters Hof. Mit zwölf seiner Kampfgefährten zog er nach Worms am Rhein, um die liebliche Jungfrau zum Weibe zu gewinnen. Als sie vor die Königsburg kamen, erkannte niemand in Gunthers Gefolge weder die Mannen noch ihren Führer. Da ließ König Gunther den weitgereisten Hagen kommen, doch auch der wußte nicht, wer die Ankömmlinge seien. "Ich möchte wohl glauben, daß es Sigfrid ist", meinte er schließlich, "der Held aus Niederland, der die Söhne des Zwergenkönigs Nibelung erschlagen hat und den Nibelungenhort besitzt. Ich rate, wir sollten ihn gut empfangen."In Ehren nahm man die Gäste auf, und Sigfrid blieb ein Jahr am Hofe zu Worms. Doch die Jungfrau, um deretwillen er gekommen war, bekam er nicht zu Gesicht. Kriemhild aber blickte oft heimlich aus dem Fenster ihres Gemachs, wenn die Recken auf dem Burghofe ihre Kampfspiele trieben, und lobte in vertrautem Kreise den herrlichen Helden. Sigfrid war gern gesehen bei jedermann am Burgundenhofe, und die Gastfreundschaft, die man ihm erwies, entgalt er nach Reckenart, indem er demKönig auf seinen Kriegszügen Beistand leistete. Als die Könige von Sachsen und Dänemark das Land der Burgunden bedrohten, verdankte Gunther seinen Sieg allein seinem starken Gast vom Niederrhein, der beide feindliche Könige nach heißem Zweikampf gefangennahm.Als Gunther nach Sigfrids Rückkehr ein prächtiges Fest zur Feier des Sieges veranstaltete, war auch Kriemhild anwesend. Zum erstenmal sah Sigfrid die schöne Jungfrau, der sein ganzes Sehnen galt. Als sie an der Hand ihrer Mutter, der Königin Ute, geleitet von ihren Jungfrauen und hundert Mannen, in den Festsaal trat, verneigte sich Sigfrid in tiefer Ehrerbietung vor den Frauen. Nie in seinem Leben hatte Sigfrid solche Freude empfunden wie in diesem Augenblick, da er Kriemhild an seiner Hand führen durfte und mit ihr durch den Palast schritt.

Die Fahrt nach Island

Fern über der grauen See, auf der Insel Island, wohnte die schöne Königin Brunhild.Viele begehrten ihre Liebe und freiten um sie, doch Brunhild stellte harte Bedingungen. Wer sich mit ihr vermählen wollte, mußte sie dreifach besiegen: im Speerwurf, im Steinschleudern und im Sprung. Wer auch nur in einem dieser Wettkämpfe unterlag, hatte sein Leben verwirkt.König Gunther wünschte nichts sehnlicher, als die begehrenswerte Königin zum Weibe zu gewinnen. "Wenn du mir beistehst, sie zu erringen", sagte er zu Sigfrid, "so werde auch ich Leben und Ehre für dich wagen." Da antwortete Sigfrid: "Die Fahrt zur Königin Brunhild will ich mit dir wagen, so du mir deine Schwester Kriemhild zum Weibe gibst. Anderen Lohn begehre ich nicht!" Da gelobte ihm Gunther die schöne Kriemhild zur Frau, wenn Brunhild als Königin ins Burgundenland einzöge.Nur der starke Hagen und sein Bruder Dankwart fuhren als Begleiter mit, als Gunther und Sigfrid das Schiff bestiegen, das sie von Worms den Rhein hinab zu Brunhilds Burg Isenstein führen sollte. Zwölf lange Tage und Nächte fuhren die Weggefährten über See. Als sie endlich an Land gingen, führte Sigfrid des Königs Roß am Zügel, damit man ihn für Gunthers Lehnsmann halte. Sie bestiegen ihre Rosse und ritten, in schwarzen Rüstungen und in prächtiger Wehr, zur Burg. Die Tore wurden ihnen weit aufgetan, und Brunhilds Mannen eilten ihnen entgegen, sie zu empfangen. Brunhild hieß sie freundlich willkommen. Den kühnen Sigfrid, den sie bereits kannte, begrüßte sie vor König Gunther. Am nächsten Tage begannen die Kampfspiele. Gunther war nicht stark genug, die schweren Waffen, die Brunhild ihm den Wettkampf, während Gunther zum Schein die Gebärden ausführte. Mit übermenschlicher Kraft faßte Brunhild den Schild, den vier Männer in die Kampfhahn getragen hatten, nahm den schweren Wurfspeer und schleuderte ihn auf ihren Gegner. Die Waffe drang durch den Schild, so daß Gunther strauchelte und Sigfrid das Blut aus dem Munde brach. Trotzdem ernannte sich Sigfrid sogleich, er faßte den Speer und warf ihn mit solcher Wucht zurück, daß Brunhild zu Boden stürzte. Doch schnell sprang Brunhild wieder auf die Füße, sie ergriff einen mächtigen Stein und schleuderte ihn an die zwölf Klafter weit, und in voller Waffenrüstung sprang sie über den Wurf hinaus. Doch wieder zeigte sich Sigfrid, unter der Tarnkappe verborgen, ihr überlegen. Er warf den Stein noch weiter als Brunhild und sprang über das Ziel hinaus. Durch die Tarnkappe hatte er die Kraft, König Gunther dabei mit sich zu tragen. Da mußte Brunhild sich besiegt bekennen. "Tretet herzu, ihr Mannen", gebot sie ihren Recken, "und huldigt eurem neuen Herrn!" So konnte Gunther die stolze Brunhild als seine Gemahlin heimführen, und mit großem Prunk wurde zu Worms die Doppelhochzeit gefeiert. Aber als Brunhild die liebliche Kriemhild beim festlichen Mahle an Sigfrids Seite sitzen sah, vergoß sie bittere Tränen. "Es betrübt mich sehr , versetzte sie auf Gunthers Frage, "daß du deine Schwester einem deiner Dienstmannen zur Frau gegeben hast!" Vergeblich suchte der König sie zu beschwichtigen. Aber nicht eher wollte sie ihm als Gattin angehören, als bis sie genau wüßte, wie alles sich zugetragen habe. Als Gunther am Abend sein Weib umarmen wollte, wehrte sich Brunhild, fesselte ihm mit ihrem Gürtel Füße und Hände und hängte den Wehrlosen an einen starken Nagel hoch an der Wand. Dort mußte er bleiben bis in die Morgenstunden. Tags darauf erfuhr Sigfrid von der unwürdigen Behandlung, die Gunther hatte auf sich nehmen müssen. "Ich werde dir helfen", versprach er dem Freunde, und mit Hilfe seiner Tarnkappe stand er Gunther bei, um die Widerstrebende zu bezwingen. Er nahm Brunhilds Gürtel und einen Ring, den er ihr heimlich vom Finger zog, mit sich, als er sie verließ. Nicht lange danach zog Sigfrid mit Kriemhild, seinem jungen Weibe, in seine Heimat nach Xanten am Niederrhein und bestieg den Thron seines Vaters Sigmund. Der Streit der KöniginnenZehn Jahre gingen ins Land, Brunhild aber sann über vieles nach. "Warum leistet Sigfrid, der doch dein Lehnsmann ist, dir keine Dienste?" fragte Brunhild ihren Gatten immer wieder. "Warum weilt er ständig in der Ferne und stellt sich niemals an deinem Hofe ein?" Vergeblich suchte Gunther Ausflüchte. Um ihren Willen dennoch durchzusetzen, beredete sie den königlichen Gemahl, zur nächsten Sonnenwende ein großes Fest zu bereiten. Auch Sigfrid und Kriemhild, begleitet von dem greisen Sigmund, folgten der Einladung König Gunthers, zusammen mit vielen Recken ihres Landes. Trotz der Festesfreude aber, die alle erfüllte, sah Brunhild voll Neid auf Sigfrids und Kriemhilds großes Gefolge, und sie wunderte sich, daß ein Lehnsmann König Gunthers zu so großem Ansehen gelangen könne. Unwillig hörte sie Kriemhilds Worte, als beide Königinnen am elften Tage vor dem Vespergottesdienst zusammensaßen."Sieh doch nur", rief Kriemhild glücklich, "wie herrlich Sigfrid vor allen Helden einherschreitet und wie niemand ihm im Kampfe ebenbürtig ist! "Er ist doch nur meines Gatten Eigenmann, unterbrach Brunhild sie, "und deshalb mußt du Gunther den Vorrang geben!" Kriemhild wollte solchen Vorwurf nicht gelten lassen; immer heftiger wurde der Wortstreit, und die Frauen trennten sich im Zorn. Als die Stunde des Gottesdienstes gekommen war, ging jede der beiden Königinnen, die sonst stets einträchtig beisammen gesehen wurden, allein mit ihren Jungfrauen zum Münster. "Bleib stehen, Kriemhild!" rief Brunhild scharf. "Ich habe den Vortritt! Die Frau eines Dienstmannes darf niemals vor ihres Königs Gattin gehen!"Da entbrannte wilder Haß in Kriemhilds Herzen. Sie warf Brunhild vor, nicht Gunther, sondern Sigfrid habe sie bezwungen.In bitteren Tränen stand Brunhild da, während Kriemhild erhobenen Hauptes an ihr vorbei ins Münster schritt. Nach dem Messedienst verlangte die tiefgekränkte Königin Beweise für Kriemhilds beleidigende Worte. Da zeigte diese ihr Gürtel und Ring, die Sigfrid ihr in der Nacht der Vermählung genommen hatte. Hagen von Tronje aber, der Brunhild weinen sah, suchte seine Herrin zu beruhigen und gelobte, die bittere Schmach, die ihr angetan war, an Sigfrid zu rächen, der das Geheimnis von Gunthers Brautwerbung an seine Gattin preisgegeben hatte. Falsche Boten, die man bestellt hatte, erschienen in Worms, um neuen Krieg der Dänen und Sachsen anzusagen. Sigfrid erbot sich, mit den Burgunden in den Kampf zu ziehen. Als das Heer zum Aufbruch bereitstand, begab sich Hagen zu Kriemhild, um Abschied von ihr zu nehmen. "Laß Sigfrid nicht entgelten, was ich Brunhild angetan habe", bat ihn die schöne Frau, "längst quält mich die Reue. "Da versprach Hagen, über Sigfrids Leben zu wachen. "An einer Stelle ist er verwundbar", sagte Kriemhild in arglosem Vertrauen, und sie verriet Hagen, was sonst niemand wußte. Als Sigfrid sich im Blute des erschlagenen Drachen gebadet hatte, war ihm ein Lindenblatt zwischen die Schultern gefallen, so daß er an dieser Stelle verwundbar blieb, weil nur hier seine Haut nicht hörnern geworden war. Da bat Hagen die Königin, die verwundbare Stelle durch ein auf das Gewand genähtes Kreuz zu bezeichnen, damit er ihren Gatten recht schützen könne. Sigfrids Tod Kaum war Sigfrid mit seinen Mannen zum Kampfe ausgezogen, da kamen neue Boten, die den Krieg widerriefen. Nach der Rückkehr an den Hof zu Worms beschloß man, in den Wasgenwald zu ziehen, um eine große Jagd abzuhalten. Unter Tränen nahm Kriemhild Abschied von dem geliebten Gatten. Sie hatte geträumt, wie zwei wilde Eber Sigfrid anfielen und das Gras sich vom Blute rötete. Sigfrid tröstete die schöne Kriemhild mit freundlichen Worten, umarmte und küßte sie und ritt unbekümmert mit dem Gefolge davon. Auf der Jagd machte Sigfrid von allen die reichste Beute, er fing sogar mit eigener Hand einen Bären und brachte ihn, als das Horn das Ende der Jagd verkündete, lebend und gefesselt zum Sammelplatz. Nach den Mühen der Jagd setzte man sich zum Mahle. Speisen in reicher Auswahl standen bereit, doch es fehlte der Trank. Irrtümlich, so sagte Hagen entschuldigend, sei der Wein in den Spessart geschickt worden. "Doch ich weiß hier ganz in der Nähe eine Quelle, die im Schatten einer Linde liegt", fuhr er fort. "Wollen wir nicht dorthin um die Wette laufen?" Gunther und Sigfrid waren einverstanden. Wie Panther liefen sie durch den Klee. Sigfrid trug Wehr und Waffen bei sich, und dennoch erreichte er den Brunnen als erster. Doch er trank nicht vor König Gunther. Dem König ließ er den Vortritt. Dann erst beugte er sich selbst über die Quelle, um seinen Durst zu löschen. Da ergriff Hagen den Speer, den Sigfrid arglos an die Linde gelehnt hatte, und stieß ihn dem Helden in den Rücken. Mit Bedacht traf er ihn genau an der Stelle, die Kriemhild durch das aufgenähte Kreuz kenntlich gemacht hatte. Das Blut sprang sogleich so heftig aus der Wunde, daß auch Hagen befleckt wurde. Da ließ er den Speer im Rücken Sigfrids stecken und wandte sich zur Flucht. Als Sigfrid die schwere Wunde fühlte, sprang er, rasend vor Wut, auf und stürzte dem Mörder nach. Hagen floh davon, wie er noch vor keinem Manne gelaufen war. Doch Sigfrid erreichte ihn, und mit dem Schilde - der Tronjer hatte mit Vorbedacht alle Waffen an der Linde entfernt - schlug Sigfrid auf Hagen ein, so daß dieser zu Boden stürzte. Doch dann entwich alle Farbe aus dem Antlitz des todwunden Helden. Seine Kraft verließ ihn, und sterbend sank er ins Gras.

Kriemhilds Trauer

In der Nacht brachte man den erschlagenen Recken über den Rhein nach Worms zurück. Hagen ließ den Leichnam vor Kriemhilds Kammer tragen und dort niederlegen. Als beim Messeläuten in früher Morgenstunde der Kämmerer kam, um Kriemhild auf ihrem Wege zum Münster zu leuchten, entdeckte er als erster den Toten. "Herrin", meldete er ihr entsetzt, "draußen liegt ein toter Recke!" Kriemhild begann sogleich laut zu klagen; denn sie erkannte die grausige Wahrheit, noch ehe sie den erschlagenen Gatten gesehen hatte. Als man ihr den Toten wies, sank sie ohnmächtig zu Boden. Voller Bestürzung eilte der greise König Sigmund herbei, und bald hallte die Burg wider von der Klage um den herrlichen Helden.Sigfrids Mannen verlangten Rache, und auch König Sigmund war bereit zu kämpfen. Doch Kriemhild bat, von diesem Vorhaben abzustehen und einen besseren Zeitpunkt abzuwarten. Sie wollte nicht, daß Sigfrids Mannen sich gegen die Übermacht der Burgunden nutzlos opferten. Sigfrids Leichnam wurde im Münster aufgebahrt. Als Gunther mit Hagen an die Bahre trat, erhob er laute Klage. "Räuber haben den Helden im Walde erschlagen", sagte er. "Wollt ihr eure Unschuld erweisen", erwiderte Kriemhild, "so tretet nahe herzu!" Gunther folgte der Aufforderung. Doch als Hagen an die Bahre trat, brach die Wunde des Toten auf und begann zu bluten. Jetzt hatte Kriemhild die Bestätigung, wer der Mörder war. Drei Tage und drei Nächte wachte sie an Sigfrids Leiche; aber vergebens hoffte sie, daß der Tod sie zu sich nehmen würde. Mit großen Ehren wurde Sigfrid zu Grabe getragen. Bevor der Tote ins Grab gesenkt wurde, ließ Kriemhild den Sarg noch einmal öffnen, so schwer fiel ihr die Trennung von dem geliebten Gatten. Nachdem alles vollbracht war, kehrte König Sigmund in sein verwaistes Königreich zurück. Kriemhild aber blieb in Worms; denn sie wollte täglich am Grabe des geliebten Gatten sein. Jahrelang sprach sie kein Wort mit König Gunther, ihrem Bruder, und Hagen, ihren Feind, sah sie niemals. Erst Gernots und Giselhers Zureden konnten sie bestimmen, mit Gunther Frieden zu schließen. Auf Gunthers Bitte ließ die Königin später den Nibelungenhort, den Sigfrid einst dem Zwergenkönig abgewonnen und ihr als Morgengabe übereignet hatte, nach Worms bringen.Freigebig teilte Kriemhild nun aus ihrem unermeßlichen Schatz Gaben aus unter die Armen. Da Hagen fürchtete, sie könne dadurch einen zu großen Anhang im Volke gewinnen, erwirkte er es, daß man ihr die Schlüssel zur Schatzkammer wegnahm. Kriemhild zürnte sehr darüber und beklagte sich bitter bei ihrem Bruder über die Gewalt, die ihr angetan ward. Hagen aber nahm entschlossen den Schatz an sich und versenkte ihn in den Rhein.Kriemhilds VermählungDreizehn Jahre hatte Kriemhild um Sigfrids Tod getrauert. Da erschien eines Tages am Hofe zu Worms der Markgraf Rüdeger von Bechelaren mit prächtigem Geleite und überbrachte eine Botschaft von König Etzel. "Ich komme von König Etzel aus dem Hunnenlande", sprach er zu Kriemhild. "Frau Helche ist gestorben, und nun wagt es der mächtige König, um dich, edle Herrin, zu werben. In seinem Namen bitte ich um deine Hand. Gunther und auch seinen Brüdern war dieser Antrag hoch willkommen; sie wünschten sehr, ihre schöne Schwester möchte sich dem Leben wieder zuwenden. Nur Hagen erhob Widerspruch und warnte, Kriemhild mit König Etzel zu vermählen; denn er fürchtete, Kriemhild werde ihre neue Macht ausnützen und für das ihr angetane Leid an den Burgunden Rache nehmen. Lange widerstrebte die schöne Kriemhild der Werbung: "Mir geziemt nur zu weinen und weiter nichts , sagte sie. Doch als Rüdeger ihr gelobte, jedes Leid, das ihr widerfahre, blutig zu rächen, gab sie nach langem Zögern ihr Jawort zum neuen Ehebund mit König Etzel. Mit ihrem Gefolge und unter dem Schutze Markgraf Rüdegers zog Kriemhild ins Hunnenland. König Etzel kam ihr bei Tulln entgegen mit allen Rittern, Helden und Christen, die an seinem Hofe dienten. An einem Pfingsttage wurde in Wien die prunkvolle Hochzeit, die siebzehn Tage währte, gefeiert, und dann fuhr das Paar die Donau hinab in Etzels Reich. Kriemhild lebte in glücklicher Ehe mit dem mächtigen Hunnenkönig und schenkte ihm bald einen Sohn, der Ortlieb genannt wurde. Aber auch im Glück verließ sie nie der Gedanke an Sigfrids Tod und an die Rache, die sie geschworen hatte. Viele Jahre waren vergangen, da klagte Kriemhild eines Nachts in vertrautem Gespräch ihrem Gatten, daß sie nie ihre Brüder und Verwandten bei sich sehen könne. Gerne versprach König Etzel, ihren Wunsch zu erfüllen. So erschienen denn Etzels Sendboten am Königshofe zu Worms und luden Gunther und seine Mannen auf die nächste Sonnenwende zum Fest an Etzels Hof.Die Burgunden am HunnenhofeDer Tronjer riet ab, der Einladung des Hunnenkönigs zu folgen, da er wußte,daß Kriemhild unversöhnlich war in ihrem Hasse. Doch als ihre Brüder Gernot und Doch als ihre Brüder Gernot und der junge Giselher ihm Furcht vorwarfen, erklärte er sich zur Mitfahrt bereit und versprach, ihnen den Weg zu weisen.Durch Ostfranken ging die riesige Fahrt bis an die Donau, sodann durch Baiernland über Passau nach Bechelaren, wo der Markgraf Rüdeger lebte. Mit seiner Hausfrau Gotelind nahm er die Burgunden in herzlicher Gastfreundschaft auf und beschenkte sie reichlich. Giselher, der Junge, verlobte sich mit Dietlind, der lieblichen Tochter des Markgrafen. Rüdeger selbst geleitete mit fünfhundert Mannen die Burgunden zum Feste an den Hunnenhof. Dietrich von Bern, der an Etzels Hofe lebte, ritt mit seinen Recken den Gästen entgegen. Als er Hagen die Hand zum Gruße bot, raunte er ihm zu: "Seid auf der Hut; denn Kriemhild, unsere Königin, weint noch jeden Morgen um Sigfrid! Da wußten auch die Brüder Kriemhilds, daß den Burgunden schwere Gefahr drohte. Trotzig ritten die Burgunden an Etzels Hof ein. Kriemhild begrüßte zuerst den jungen Giselher, ihren Lieblingsbruder, der als einziger sie umarmte und küßte. "Habt Ihr mir den Nibelungenhort mitgebracht?" fragte sie Hagen, ohne ihn willkommen zu heißen. "Ich hatte an Schild und Brünne, an Helm und Schwert genug zu tragen", versetzte der Held in bitterem Hohn. Und auch als sie ihre Gäste aufforderte, die Waffen abzulegen, gab Hagen ihr höhnische Antwort. Da erkannte sie, daß man die Burgunden gewarnt hatte. "Wüßte ich, wer es getan hat, der sollte es mir mit dem Tode büßen!" rief sie voller Zorn. Doch ebenso zornig bekannte Dietrich von Bern sich als Warner. Da schämte die Königin sich und schwieg. Denn sie fürchtete Dietrich sehr. Während die wegmüden burgundischen Recken sich ausruhten, übernahm Hagen von Tronje mit Volker, dem wehrhaften Sänger, die Schildwacht. Die beiden Recken setzten sich Kriemhilds Kemenate gegenüber auf eine Bank. Als die Königin die beiden vom Fenster aus sah, wurde sie durch Hagens Anblick an ihren Kummer gemahnt, und sie flehte Etzels Mannen mit dringenden Bitten an, sie an Hagen zu rächen. Sechzig von ihnen rüsteten sich. "Ihr seid zu wenige!" rief aber Kriemhild. "So leicht ist das Spiel nicht!" Da wappneten sich vierhundert. Die Krone auf dem Haupte, schritt Kriemhild mit dieser Schar hinab in den Hof. Hagen legte, als er die Königin kommen sah, sein Schwert, an dessen Knauf ein Edelstein glänzte, über dieKnie. Kriemhild wußte, es war Sigfrids Waffe. Ohne Furcht saßen die beiden Recken da. Keiner erhob sich, als die Königin vor sie hintrat. Sie fragte Hagen, warum er ungeladen an den Hunnenhof gekommen sei. Doch der finstere Recke blieb ihr die Antwort nicht schuldig: "Drei Könige hat man hierher zu Gaste geladen, das sind meine Herren. Wenn meine Herren ausziehen, so fehle ich nie, und wer sie einlädt, der lädt auch mich ein!" Da fuhr es aus Kriemhild heraus: "Sagt an, warum habt Ihr die Tat vollbracht, um die ich euch hasse? Ihr habt Sigfrid erschlagen, meinen geliebten, edlen Mann!" "Genug des Geredes!" rief der grimme Tronjer. "Ich bin es, Hagen, der ihn erschlagen hat. Er mußte entgelten, daß Frau Kriemhild die schöne Brunhild schmähte." Furchtlos blickte er sich im Kreise um, als fordere er die Hunnen zum Kampfe auf. Doch diese sahen einander an und zogen sich zurück; so sehr fürchteten sie den gewaltigen Helden. König Etzel wußte nichts von diesem Zusammenstoß und bewirtete die Gäste aus dem Burgundenland am nächsten Tage aufs beste. Zur Nachtruhe ließ er sie in einen weiten Saal führen, wo man ihnen bequeme Lager bereitgestellt hatte. Wieder hielten Hagen und Volker vor dem Hause Wacht. Der schwertgewaltige Sänger nahm seine Fidel und ließ dieSaiten erklingen, daß die Recken im Saale trotz aller Sorgen in erquickenden Schlummer sanken. Mitten in der Nacht sahen die Wächter vor dem Saal Helme und Waffen im Hofe blinken. Es waren Kriemhilds Mannen, die einen Überfall auf die Schlafenden planten. Doch als sie die Tür in sicherer Hut sahen, kehrten sie um; bittere Scheltworte gab Volker, der Sänger, ihnen mit auf den Weg.Der Entscheidungskampf In der Frühe, als die Glocken zur Messe läuteten, riet Hagen seinen Waffen gefährten, statt der seidenen Gewänder den Harnisch anzulegen und sich zu wappnen; denn auf Kampf müsse man vorbereitet sein. Etzel, der immer noch arglos war, fragte, als er die Gäste in Waffen sah, unwillig, ob man ihnen etwa ein Leid zugefügt habe. Da verschwieg Hagen seinen Argwohn. "Meine Herren haben die Sitte", versetzte er, "bei allen Festen drei Tage gewappnet zu gehen." Vergeblich wandte sich Kriemhild, ehe man sich zu Tische setzte, an Dietrich um Hilfe; der edle Held wies es weit von sich, das Gastrecht zu verletzen. Mehr Gehör fand sie bei Etzels Bruder Blödelin, dem sie reichen Lohn versprach. Mit tausend Mann drang er in das Gästehaus ein, wo Hagens Bruder Dankwart, König Gunthers Marschalk, mit seinen Knechtenbei Tische saß. “Endlich können wir an den Burgunden Rache nehmen! Ihr müßt nun entgelten, daß Hagen Sigfrid erschlagen hat", begann er unvermittelt und drang auf Dankwart ein. Da sprang dieser vom Tische auf und führte einen so schweren Schwertschlag, daß Blödelin,s Haupt ihm vor die Füße rollte. Ein furchtbarer Kampf hub an. Mehr als die Hälfte der Hunnen fanden den Tod. Als Etzels Ritter von Blödelins Tode hörten, wappneten sie sich ohne Wissen des Königs, und nicht eher endete das wütende Morden, als bis alle Knechte der Burgunden tot am Boden lagen. Dankwart allein bahnte sich eine Gasse durch die Hunnenkrieger und gelangte in den Saal, wo die Herren beim Festmahl saßen. Das blutige Schwert in der Faust, trat er in den Saal: "Alle Ritter und Knechte liegen erschlagen in ihrer Herberge!" rief er laut. Entsetzt vernahmen die Burgunden seine Worte. "Verwahret die Tür!" rief Hagen, als er den Hergang vernommen hatte, und nun erhob sich ein grausiges Gemetzel. Der Tronjer erschlug Ortlieb, Kriemhilds Sohn, daß sein Haupt in den Schoß der Königin sprang, dazu den Erzieher des Kindes. Vergeblich mühte sich Gunther mit seinen Brüdern, den Streit zu schlichten; dann mußten sie jedoch Hagen zu Hilfe eilen. In ihrer Not bat Kriemhild den starken Dietrich um Beistand. Doch der wollte nichts als freien Abzug für sich und seine Mannen. Man gewährte ihm die Bitte. Da nahm der Berner die Königin und König Etzel bei der Hand und verließ mit seinen sechshundert Recken den Saal. Auch Markgraf Rüdeger bat, ihn mit seinen Mannen ziehen zu lassen. Das gestand ihm Giselher, der mit des Markgrafen Tochter verlobt war, mit freundlichen Worten zu. Wer dann noch von den Hunnen im Saal verblieb, fand erbarmungslos den Tod. Die Erschlagenen warf man über die Stiege hinab. Vor dem Hause drängten sich viele bewaffnete Hunnen. Hagen und Volker spotteten verächtlich über ihre Feigheit. "Etzels Schild voll von rotem Golde biete ich dem als Preis, der mir Hagens Haupt bringt!" rief Kriemhild; doch ihre Worte fanden kein Gehör. Kein Hunne wagte den grimmen Helden im Kampfe zu bestehen. Schließlich ließen sich drei Recken, die an Etzels Hofe dienten, erbitten. Es waren Hawart von Dänemark, sein Markgraf Iring und der Landgraf Irnfried von Thüringen. Aber alle drei erlagen nacheinander dem Schwert der Burgunden. Dann wurde es still im Saale. Auf den Toten sitzend, suchten die Burgunden Ruhe nach dem furchtbaren Kampf. Doch noch vor Abend standen wiederum viele Hunnen zum Kampfe bereit und stürmten den Saal. Bis in dieNacht hinein dauerte die erbitterte Schlacht. Vergeblich versuchten die Könige, noch Sühne zu erlangen. Doch Kriemhild verlangte, daß Hagen ihr ausgeliefert werde. Dann wollte sie den Brüdern das Leben schenken. "Niemand wird solcher Untreue fähig sein.", antwortete Giselher,"Deshalb müssen wir sterben. Wer mit uns kämpfen will, der findet uns bereit!" Da ließ Kriemhild den mächtigen Saalbau an allen vier Ecken anzünden. Vom Winde entfacht, ergriff das Feuer das ganze Haus, und glühende Asche fiel dicht auf die Helden nieder. Mit den Schilden schützten sie sich und versuchten, die Feuerbrände in dem Blut der Erschlagenen zu löschen. Unerträglich war die Qual, die Rauch und Hitze und Durst ihnen zufügten. Noch sechshundert Burgunden sahen die Morgenröte und spürten den kühlen Morgenwind, der ihnen Linderung gab. Dann begann der Kampf von neuem. Kriemhild ließ Gold in Schilden herbeitragen, die Streiter zu entlohnen. Auf den Knien flehte das Königspaar den Markgrafen Rüdeger um Hilfe an. Kriemhild mahnte ihn an sein Wort, das er ihr bei der Werbung gegeben hatte. Schwere Not war für den ehrlichen Recken der Zwiespalt im Herzen. Durfte er an den Gastfreunden, die er seinem Herrn zugeführt hatte, Untreue üben? Mußte er nicht den Schwur halten, den ereinst Kriemhild bei seiner Werbung geleistet hatte? Rüdeger erkannte, daß er seine Ehre nicht mehr retten könne, gleichviel, wie er sich entschied; da ließ er seine Mannen sich zum Kampfe rüsten. Als Giselher den Markgrafen kommen sah, war er voller Freude; denn nicht anders dachte er, als daß Rüdeger den Frieden brächte. Dieser stellte jedoch den Schild vor die Füße und kündigte den Burgunden die Freundschaft auf. Vergeblich mahnte ihn Gunther, der alten Liebe und Treue zu gedenken. "Wollte Gott, ihr wäret am Rhein und ich wäre in Ehren tot!" antwortete Rüdeger. Noch nie hatten Helden von einem Freunde solche Not erfahren müssen! Schon hoben sie die Schilde zu dem unausweichlichen Kampf, da gebot Hagen noch einmal Einhalt. Der Schild, den Frau Gotlind ihm als Gastgeschenk überreicht hatte, war zerhauen. Er bat Rüdeger daher um einen neuen, und der Markgraf gab ihm den eigenen. Das war der letzte Freundesdienst, den er leisten konnte. Hagen und Volker gelobten, Rüdeger im Streite nicht zu berühren, und wenn er alle Burgunden erschlüge. Dann stürmte Rüdeger mit den Seinen in den Saal. Viele der Burgunden sanken von den Streichen des Markgrafen dahin. Das konnte Gernot nicht mehr länger mit ansehen. Er forderte Rüdeger zum Kampfe und empfing von dessenHand die tödliche Wunde. Doch mit letzter Kraft streckte er den Gegner mit dem Rüdegers Gastgeschenk, nieder. So ereilte beide zugleich der Tod. In wilder Wut Schwerte, übten die Burgunden ihre Rache, und nicht einer von Rüdegers Mannen kam mit dem Leben davon.Laute Klage erhob sich in Etzels Palast über Rüdegers Tod. Einer von Dietrichs Recken überbrachte seinem Herrn die traurige Kunde. Der gebot seinem Waffenmeister Hildebrand, die Burgunden nach dem Hergang zu befragen. Sogleich rüsteten sich ohne Dietrichs Wissen alle seine Recken, um Hildebrand zu begleiten. Als Hagen ihnen den Ausgang des Kampfes bestätigte, beklagten Dietrichs Mannen laut den Tod des Freundes. "Gebt uns seinen Leichnam heraus!" bat Hildebrand. "Wir wollen ihm nach seinem Tode die Treue entgelten, die er uns stets bezeugt hat." Gunther wollte zustimmen, doch die Burgunden gerieten darüber in einen Wortwechsel mit Dietrichs Mannen. "Holt ihn euch doch!" rief Volker voller Spott, "das wäre erst der richtige Dank, den ihr Rüdeger erweisen könnt!" Da ließ sich Wolfhart, Hildebrands Neffe, nicht länger halten und drang in den Saal, ihm folgten Dietrichs Mannen. Vergeblich suchte Meister Hildebrand den Streit zu schlichten. In dem Kampfe, der nun entbrannte, fanden die besten der burgundischen Recken den Tod. Volker, der Dietrichs Neffen erschlagen hatte, fiel von Hildebrands Schwert. Auch Dankwart fand den Tod. Der junge Giselher und Wolfhart töteten sich im Kampfe gegenseitig. Nun lebte von den Burgunden niemand mehr als Gunther und Hagen. Von Dietrichs Mannen war nur noch der starke Waffenmeister Hildebrand, der sich vor Hagens Waffe retten konnte, am Leben geblieben. Blutüberströmt trat er vor seinen Herrn. "Ich ganz allein bin übrig ", sagte Hildebrand. Von Gram und Entsetzen wurde Dietrich ergriffen, als er vom Tode all seiner Mannen erfuhr. Noch niemals in seinem Leben war ihm so schlimme Kunde geworden. Stumm nahm er Rüstung und Schwert, und Hildebrand half ihm, sich zu wappnen. So ging Dietrich vor den Saal, um von Gunther und Hagen Sühne zu verlangen. "Ergebt euch mir als Geiseln", forderte er, "so werde ich euch selber heimgeleiten ins Burgundenland." Hagen lehnte solches Verlangen schroff ab und sprach: "Das wolle Gott im Himmel nicht, daß zwei gewappnete, freie Männer sich dir ergeben." Da griff der Berner mit dem Schwerte an. Der lange Kampf hatte Hagen ermattet, und so mußte er dem starken Dietrich erliegen. Der verwundete ihn schwer; aber den Todesstreich führte er nicht. Er umschlang den Tronjer mit den Armen, band ihn und führte ihn zu Kriemhild. Wie freute sich die Königin, als sie Hagen gebunden vor sich sah, und sie versprach, Dietrich diesen Dienst nie zu vergessen. Der Berner aber verlangte, daß sie Hagen am Leben lasse. Die Königin sagte es zu und ließ ihren Gefangenen in den Kerker führen, während Dietrich in den Saal zurückeilte, um Gunther zum Kampfe zu stellen. Nach heißem Ringen bezwang er ihn und führte auch ihn, den König, gebunden zu Kriemhild. “Handelt gut an den beiden und gewährt ihnen Eure Gnade" mahnte Dietrich die Königin, und sie versprach es wieder. Aber kalt blieb ihr Herz. Sie trat in Hagens Kerker, mit stählernem Blick, und fragte den Helden nach dem Nibelungenhort. Sie gelobte ihm, wenn auch mit feindseligen Worten, sein Leben, wenn er den Schatz herausgebe. Doch Hagen wehrte ab. Niemals werde er die Stelle im Rhein verraten und den Hort ausliefern, solange einer seiner Herren am Leben sei. Da ließ Kriemhild ihrem Bruder das Haupt abschlagen und trug es an den Haaren zu Hagen. Zum ersten Male in seinem Leben zeigte sich der grimme Held gebrochen: "Nun ist nach deinem Willen der edle König Gunther tot und ebenso Giselher undGernot! Den Schatz, den weiß nun niemand als Gott und ich. Und dir soll er auf ewig, du Teufelin, verborgen bleiben!"Da zog Kriemhild aus der Scheide das Schwert, das Hagen trug. Es war Sigfrids Schwert Balmung. Sie hob es hoch empor und schlug Hagen das Haupt ab. Der alte Hildebrand, der Waffenmeister, sprang herzu. Als er sah, daß der beste Held, der je ein Schwert getragen hatte, von Weibes Hand erschlagen war, zog er in jähem Zorne sein Schwert und durchbohrte Kriemhild, daß sie entseelt zu Boden sank. So endete das Fest am Hunnenhofe, und in einsamem Schmerze blieben Etzel und Dietrich unter allen zurück. Trauer breitete sich aus in Etzels Reich und pflanzte sich fort bis ins Land der Burgunden. Das stolze Königsgeschlecht zu Worms bezahlte den begangenen Frevel mit dem eigenen Untergang. Der wilde Brand, den der Mord an dem tapferen Sigfrid entflammte, hatte schonungslos Schuldige und Unschuldige zugleich hinweggerafft.



















































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