LABAREDAS DE AMOR
J.B.Xavier
Guarda-nos os silêncios,
Temerosos de que o dia nos encontre insones,
Embebedados pelo vinho desse nosso amor...
Pulsam meus beijos, ateando fogo ao teu corpo,
Que sucumbe lascivo,
Consumido pelas labaredas
Desse desejo que explode em arrepios...
Sorriem os delírios,
Encantados pela voracidade com que me devoras...
Goteja a lua pingos de luz
Que espiam pela fresta da cortina
Nessa madrugada de amor irrefreável...
Percorre os relevos de meu corpo
E constrói tua própria estrada de beijos,
Desliza teus dedos em minha pele,
Eriçando o mais profundo de meu ser...
E deixa acontecer...
Deixa que essa torrente de lava fervente
Deslize de meus vulcões interiores,
E mergulha na profundidade desses teus amores,
Enquanto te perdes no mapa de minha paixão...
Deixa-me multiplicar-me em mil carícias,
Deixa-me te explorar com mil malícias,
Até que mergulhemos nesse incêndio,
Onde nos fundiremos numa só alma...
Deixa que te domine essa calma
Só possível após a explosão do amor,
E derrama-te sobre mim,
Que faço de ti o meu profano,
Enquanto te dedico minhas consagrações...
Deixa-te ficar em paz, assim,
Com os braços ao meu redor,
Enquanto faço de ti meu altar mor,
Buscando-te como um reinício em cada fim...
* * *
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