20 usuários online |
| |
|
Poesias-->Loucos noturnos -- 23/05/2004 - 20:04 (Ernane Calado de Souza Melo) |
|
|
| |
Janela aberta na noite
Fechada para os noviços
Frios cortando em açoite
Promíscuos meios cortiços
Tremores tombos na areia
Promessa tímida desfeita
Boca vazia mão cheia
Livre de qualquer suspeita
Mala pesada e vazia
Risos murmúrios distantes
Marcas na lama macia
Tudo cair em instantes
Não mais que de repente
Passo largo escalada
Risco que tão somente
Termina enfim na calçada
Fardo pesado às costas
Marcas traçadas no chão
Sapatos sujos e botas
Restos de vícios na mão
Os atalhos que são poucos
Serão muitas as estradas
Gritos fortes risos loucos
Sonoras noites baladas
Segue fria fluida coroa
Lentamente cobre a face
Alegre solto rindo à toa
Como leve alma lavasse
Dobra esquinas madrugada
Tragédias ciúmes paixão
Temas tangos alma penada
Somam acordes na canção
São muitos os caminhos
Os atalhos que são poucos
Fanfarras, festas e vinhos
Baladas para um louco |
|